Nosso realidade

226 38 16
                                    

Mew estava confuso quando acordou e olhou em volta.

Tudo ao seu redor era preto, e parecia não haver nada além de terra, ele sentia a textura do que parecia ser grama, mas não conseguia ver.

Ele se levantou do chão confuso, devagar, olhando para todos os lados.

Ele franziu a testa.

Um uivo atrás dele o fez se virar, arregalando os olhos quando viu um enorme lobo atrás dele.

Ele deu um passo para trás em estado de choque, mas o animal deu um passo em sua direção.

Ele inclinou a cabeça, observando o lobo fazer o mesmo, fazendo suas orelhas escuras balançarem para o lado.

Ele olhou nos olhos do animal, vendo os mesmos que encontrou no espelho.

– Você é meu lobo? – murmurou o Moreno.

Um barulho um pouco mais distante o fez se virar, o lobo levantou as orelhas, olhando mais longe, um barulho parecido com um choro veio do animal, e Mew pôde sentir isso em seu peito também, fazendo-o baixar os olhos em sua direção.

Sentindo que seu lobo queria ir até lá, ele começou a avançar, não foram necessários muitos passos para distinguir um corpo, deitado de lado, de costas para ele e com cabelos pretos e quentes.

Seu coração começou a acelerar.

Alguns passos depois ele já estava correndo, parando e se aproximou do corpo caído no chão.

– G~ Gulf.

Sua mente ficou bloqueada por um segundo e o medo começou a inundá-lo.

Tentando se acalmar, relembrando suas aulas de primeiros socorros e o que deveria fazer caso encontrasse alguém inconsciente, ajoelhou-se ao lado dele, aproximou a bochecha do rosto do outro, para sentir sua respiração enquanto via o batimento de seu peito, absorvendo embaixo do pulso para sentir a pulsação sob os dedos.

Quando teve certeza de que seu pulso e sua respiração estavam normais, que Gulf estava apenas dormindo, ele se permitiu movê-lo. Quando uma gota caiu na camisa que Gulf vestia, ele percebeu que estava chorando.

Ele o virou para segurá- lo nos braços, movendo o corpo e tocando seu rosto, chamando-o.

Ele viu o ômega piscar os cílios antes de abrir os olhos.

Mew sorriu, Gulf demorou um segundo para fazer a mesmo.

O moreno queria falar alguma coisa, mas ele não tinha palavras nem voz, então apenas o abraçou, pressionando-o contra si, e então começou a deixar beijos por todo o seu rosto até chegar aos lábios de Gulf, concentrando-se neles.

As mãos de Mew desceram da mandíbula de Gulf,encontrando a pele de seu pescoço. Ele quebrou o beijo para olhar, tentando acreditar.

– S ~ Sua coleira.

Gulf apenas sorriu, balançando a cabeça, com algumas lágrimas nos olhos.

Eu disse que te avisaria —  ele murmurou, seu rosto muito próximo do de Mew, fazendo seus lábios se tocarem enquanto ele falava.

O mais velho sorriu, beijando seus lábios novamente e depois descendo até o pescoço, beijando e mordiscando um pouco sua pele, fazendo Gulf rir.

Mew se afastou um pouco para olhar nos olhos escuros do cachorrinho do outro.

"Eu quero marcar você agora —  ele murmurou.

O rosto de Gulf mudou, apagando o sorriso para deixar uma expressão lamentável.

DELTA Onde histórias criam vida. Descubra agora