Descansa

220 32 23
                                    


Sua avó vai acordar às cinco da manhã?-Tong perguntou sem entusiasmo, apoiando a bunda no capô do carro, cruzando os braços, tremendo um pouco com o frio que penetrava em seu casaco.

Os dois ficaram um pouco impressionados com a mansão da família de Gulf, embora o menino não tenha feito nada além de digitar um código de seu celular que abria o portão, e ignorasse o caminho até a mansão para guiá-los em direção a uma pilha de árvores no escuro, passando por um espaço apenas o suficiente para não danificar o carro, até encontrar o local desejado.

Com o carro estacionado a poucos metros da entrada de uma casa modesta, com janelas grandes e largas mas que apenas mostram algumas cortinas bordadas.

Só preciso bater forte – murmurou Gulf, começando a caminhar em direção à porta, seguido por Mew.

O ômega bateu os nós dos dedos na madeira escura.

Ele esperou alguns momentos, levantando a mão para bater novamente, mas a porta se abriu, revelando uma mulher de cabelos brancos, ainda ajustando um roupão rosa, franzindo a testa até que seu olhar se concentrou no rosto de Gulf.

Então seu rosto se iluminou, sorrindo amplamente, os olhos escondidos atrás das bochechas enrugadas:

Mew ergueu as sobrancelhas, um tanto impressionado ao ver o mesmo sorriso de Gulf na senhora.

Kana! -A senhora abriu os braços, recebendo o neto com um abraço.

Ele olhou por cima do ombro do omega para Mew, parado um metro mais atrás, o menino lhe deu um sorriso, achou adorável quando a avó fez um leve "o" com os lábios, como se o reconhecesse.

– Esse é o seu alfa, Kana?- Ele ouviu a senhora murmurar.

Mew corou ao ser chamado assim, ele ouviu Gulf rir.

O ômega assentiu, separando-se do abraço.

Desta vez, a avó abriu os braços para ele, Mew se aproximou e a senhora o abraçou com o mesmo entusiasmo que havia feito com o neto.

Um pouco surpreso com a força dos braços finos e enrugados da avó, Mew sentiu o cheiro de mel e caramelo da senhora.

Com a idade, quando os ômegas perdiam a capacidade de ter filhos, seu cheiro quase desaparecia, em maior ou menor grau, dependia de cada ômega.

Mas Mew se sentia confortável com o cheiro da vovó, talvez porque fosse bastante parecido com o de Gulf.

Se você deixar meu netinho , eu vou ter a espingarda pronta com o seu nome numa bala – Vovó falou docemente,fazendo Mew engolir em seco.

Ele ouviu Gulf rir, quando rompeu o abraço viu Tong também com uma expressão divertida com as palavras da senhora.

Mesmo assim, a vovó deu-lhe um sorriso doce.

Não tenha medo – disse Gulf, agora ao seu lado. Ela é um pouco paranoica com alfas." O garoto suspirou um pouco. Vovô a trocou por outro ômega, ele não confia muito neles desde então.

Mew encolheu os ombros, sem culpá-la, embora ele tenha ficado surpresa quando falou.

A avó deu um abraço em Tong ao vê-lo e apesar de recusar,a senhora não fez caso.

Depois os fez entrar, acendendo as luzes da sala e cozinha, começando a oferecer bebidas quentes e comidas.

Tong olhou com uma careta para todos os artesanatos da casa, desde mantas tecidas nas poltronas, almofadas bordadas, uma estante cheia de vários animais esculpidos em madeira, e muitos retratos, de diferentes épocas, com fotos em preto e branco e coloridas.

DELTA Onde histórias criam vida. Descubra agora