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Abby Smith, quando o pai da garota morreu na guerra em 1917 quando ela tinha 16 anos, foi o início de um pesadelo na terra para a jovem sendo assim menos de um ano depois sua mãe faleceu. Após a morte de seu pai, Paul Smith, ela é sua mãe se viram em uma situação difícil, apesar de serem ajudadas pelo governo inglês, o que recebiam era muito pouco, mas o suficiente para não passarem fome. Quando Rose Smith morreu, Abby ficou desamparada, agora órfã ela viveu momentos sombrios, foi despejada, ficando na rua por alguns dias, até ser ajudada pela igreja de Birmingham, na qual ela teve que sair quando estava prestes a completar 18 anos

1919

Abby agora com dezoito anos, não tinha nada além de fome e tristeza, a pobre garota tentou arrumar emprego mas tudo que ela conseguiu foram portas fechadas. O único emprego que a jovem arrumou foi em um bordel da cidade como lavadeira, no qual ganhava pouquíssimo. A cafetina do bordel insistia para que a jovem ganhasse a vida como as outras mulheres, o que Abby sempre recusava

Até que ela adoeceu, sua má alimentação levou-a desnutrição, causando uma anemia severa na mesma, todo o seu tratamento, alimentação e remédios, foram bancados pela dona do bordel, o que é claro gerou uma dívida altíssima para Abby. Assim que melhorou, ela não estava mais tão pálida seus lábios agora tinha um rosado saudável e ela tinha ganhado um peso considerável,
a dívida foi cobrada, sendo tão alta que mesmo que se ela lavasse para a cafetina por quatro meses sem cobrar nada, ainda assim não pagaria a divida

Então ela teve que vender o seu corpo ou passaria fome novamente. A jovem foi mandada para Londres junto de outra prostitutas. Quando Abby voltou a Birmingham, ela já não era mais a mesma, o mundo já não era igual para ela

Quando anunciaram que Polly Gray, precisava de uma empregada para cuidar da casa, a Smith não pensou duas vezes em ir atrás da mulher para se oferecer para o emprego, ela viu a oportunidade de ganhar bem e esquecer o que havia acontecido. Era tudo que ela precisava. Conseguiu o emprego e junto disso ela moraria em um pequeno apartamento, perto da moradia da Grey

A primeira vista Polly não estava interessada em contratar a jovem, porém quando a garota contou sua história e pediu pelo emprego, a mais velha não viu alternativas a não ser ajuda-lá. Já Havia alguns dias que ela havia começado a trabalhar

— Abby, hoje não quero que trabalhe muito, ok? Só faça o jantar e está dispensada- disse Polly em quanto trocava de roupa

— Ok- ela assentiu pegando um sexto de roupas para lavar depois

— Sra. Grey, prefere batatas assadas ou cozidas?

— Assadas, com o molho que você fez na segunda, estava divino- Polly disse se sentando na mesa

— Quem a ensinou, cozinhar querida?- perguntou

— Minha mãe. Ela me ensinou tudo que sei- falou Abby orgulhosa

— Abby seu nome vem de que?

— Abygail, mas eu acho detestável, desde criança acho feio, mesmo sendo o nome da minha vó, Abby soa muito melhor- falo ela fazendo um careta quando disse o nome, fazendo Polly gargalhar. Abby sempre comia junto de Polly, pois a mais velha gostava da companhia da Smith

— Polly, precisamos falar com você - falou um homem, entrando na casa, com boina é sobretudo e olhos azuis

— Ok, sente-se Tommy- falou ela apontando para a cadeira perto dela

— Vou esperar Arthur e John chegar- ele fechou a boca e a porta foi aberta novamente, dessa vez dois homens chegaram um com barba aparentando ser mais velho e o outro mais jovem

— Polly, Polly, Polly, coloque juízo na cabeça de Ada, por favor- disso o barbudo. Abby estava na cozinha terminando de lavar a sua louça escutando tudo

— Quem é aquela?- perguntou o que havia chegado primeiro

— Eu à contratei, para me ajudar nos serviços. Abby venha-cá- chamou Polly. A mulher foi até a sala secando suas mãos no pano, parando ao lado da poltrona em que a Grey estava sentada

— Querida esses são, Arthur, Thomas e John meus sobrinhos, os Shelby e essa é Abygail Smith- ela cumprimentou os três com um aperto de mão

— Prazer em conhece-lá, Abygail- disse John

— Por favor me chame de Abby- disse ela

— Abby, pegue a garrafa de whisky por favor- pediu Polly. Abby voltou a cozinha pegando a garrafa junto com quatro copos, colocando sobre a mesa de centro

— Eu já vou indo- falou ela, assim que ela fechou a boca a porta se abriu novamente entrando uma mulher e um menino

— Oh vocês estão aqui- falou a mulher se sentando na mesa

— Então será uma reunião com todos da família- falou Polly

Abby que estava prestes a sair, voltou a cozinha novamente pegando mais um copo, também foi até a geladeira colocando um pouco com suco, voltou para a sala entregando o copo para a mulher e o suco para o menino

— Obrigada, quem é você? Aliás me chamo Ada Shelby e esse é Finn- falo a mulher estendendo a mão para ela

— Abby Smith- falou agarrado a mão da Shelby

— Bom, agora vou indo, até amanhã Sra. Gray- disse colocando o casaco

— Até Abby- Ela saiu fechando a a porta

— Ela é linda e jovem, onde a encontrou?- perguntou Ada

— Ele veio até mim procurando emprego, tive pena da mesma então dei esse emprego a ela. Pobrezinha perdeu os pai na guerra, passou fome e teve que trabalhar de lavadeira em um prostibulo- explicou Polly enquanto bebia seu whisky

— Lavadeira em um puteiro em?- disse Thomas com uma ironia maldosa, fazendo os seus irmãos rir

— Ela me disse que adoeceu e a cafetina pagou seu tratamento, então ela teve que se vender para pagar a divida. Fiquei tocada pela história dela por isso estou a ajudando- concluiu

— Pobre garota, trarei para ela algumas roupas que não uso mais, ela parece precisar- falou Ada

— Agora que já nos emocionamos com a história da garota que teve que se prostituir, vamos falar de outra mulher- disse Thomas

— Ada- Arthur falou chamando a atenção de todos para a Shelby que estava calada

Chemtrails over the Country Club - Peaky Blinders Onde histórias criam vida. Descubra agora