Chemtrails over the Country Club - Peaky Blinders

05

1920
Um ano depois...

Freddie havia morrido, e agora Abby estava trabalhando como secretária de Thomas na casa de apostas junto com Lizzie Stark. As coisas iam bem até certo ponto. A Shelby Ltda rendia muito, o que gerava bastante trabalho pra a família

Abby tinha seu foco nos papéis da sua mesa quando ouviu palmas do andar de baixo. Levantou de sua cadeira deixando os papéis na mesa devendo as escadas para aplaudir a Gray também. Polly parecia confusa e atordoada, até que viu Thomas

— Quando você voltou?- perguntou a Gray para o sobrinho que se aproximava

— Eu não queria perder seu aniversário- respondeu Thomas colocando o braço envolta dos ombros de Polly

— Como sabe que é meu aniversário, ninguém sabe- falou desconfiada

— Esse ano é diferente- quando Thomas terminou de falar, Abby veio até a mulher mais velha abraçando-a, fazendo Thomas de distancia um pouco da mulher

— Feliz aniversário Sra. Gray- falou Abby

— Obrigada querida- Polly lançou um sorriso para a menina

— John, Finn, tragam o cara para cá- disse Thomas

— Onde vamos?- perguntou Polly

— Vamos ver seu presidente de aniversário

Quando os Shelbys saíram do carro entrando em uma bela casa na parte nobre de Birmingham

— Disse que ia comprar uma casa para Ada- disse Polly encarando o local

— Eu comprei, mas sobrou um pouco de dinheiro- disse Thomas

— Essa casa é nossa?

— Não, Polly. Essa casa é sua. Você merece

— O quê vou fazer com todos esses quartos?

— Bom você pode... relaxar um pouco, vir aqui nos finais de semana. Tem um jardim, olha. Você adora jardins. Você pode cultivar rosas. Você pode comprar um piano, chamar os amigos cantar com eles, que tal?- falou Thomas tentando anima-lá

— Deus ajude os pobres vizinhos- comentou John

— Os vizinhos que se fodam- disse Arthur

— Seja bem-vinda, Polly- concluiu Arthur entregando as chaves da casa para a mulher, que se sentou no sofá não aparentando felicidade

— Arthur, pode sair mas os meninos e esperar no carro- disse Thomas, fazendo Arthur apenas concordar com a cabeça e sair com os demais. Polly apenas tirou seu chapéu de cabeça

— Polly... eu sei que você não anda muito feliz. E eu sei o porquê- ele disse enquanto acendia um cigarro e entregava para Polly

— Esme e Abby são boas meninas. Elas tem bom coração. Eu falei com elas e elas me contaram

— Contaram o quê?

— O que faria você feliz. Eu falei com os meus contatos na polícia, que tem contatos com o conselho. E o conselho tem contatos com o pessoal dos registros do condado. Os registros de adoções e os de crianças levadas a força... Se você me permitir, eu posso mexer uns pauzinhos e olhar os registros que nunca te mostraram

— Polly, eu vou encontrar seus filhos e trazer os dois pra casa. Por isso eu comprei essa casa, para você trazer sua família de volta

— Estamos subindo na vida

...

Era a inauguração do Garrinson, Abby se arrumava para ir ao evento, colocou um vestido preto com detalhes prata e um colar de pérolas. Assim que adentrou o local percebeu que estava bastante movimento, também notando vários olhos sobre si.

— Abby, você veio!!Pegue- falou Arthur entregando a ela um copo de whisky

— Obrigada!- respondeu mas logo Arthur sumiu do seu campo de visão

Abby bebeu da bebida amarga sentindo seu corpo esquentar e vagou seu olhos pelo local afim de encontrar alguém na qual ela tivesse um pouco de intimidade até que ela viu Polly entrando no banheiro, então ela seguiu

— Thomas me disse o que você e Esme contaram para ele- falou Polly saindo da cabine do banheiro, enquanto Abby a olhava pelo reflexo do espelho

— Se for odiar alguém, me odeie não Esme. Eu tive a ideia de falar com Thomas. Você não estava bem...

— Eu não precisava de uma salvação, Abygail. Mas sei que fez isso porque gosta de mim, da mesma forma que eu gosto de você- ela se aproximou da menina

— Você irá encontrar seus filhos, eu sei disso- falou Abby segurando nas mãos da Gray

— A minha menina está morta Abby- Polly sentiu uma lágrima escorrendo em seu rosto

— Eu... Eu sinto muito- ela abraçou-a

— Não vamos chorar, essa é uma festa- elas se soltaram

Saindo do banheiro Polly enquanto arrumava sua bolsa viu Thomas sozinho sentado em uma mesa, que levantou quando a viu

— Polly- chamou Thomas, mas a mesma fingiu não ouvir. Abby saiu do banheiro logo em seguida observando tal situação

— Abby venha-ca- ele falou chamando ela com as mãos

— Sim- respondeu chegando perto do Shelby

— Polly está falando com você?

— conversamos, e ela não me pareceu chateada comigo

— E ela está te ignorando?- perguntou a Smith

— Sim- bufou Thomas

— Posso saber se foi pelo o que eu e Esme te dissemos?

— É complicado

— Vocês Shelbys são complicados- suspirou

— Não posso discordar- ele falo tirando o cigarro do bolso acendendo e tragando, logo em seguida ofereceu para a mais nova que recusou com a cabeça

— Ainda não fuma?

— Não- Abby sorriu. Quando a Smith sorriu algo genuíno surgiu dentro do Shelby

Como se fosse automático ele segurou o rosto da mulher na sua frente com as duas mãos e depositou um selar nos lábios dela, o que fez com que os dois sentissem um arrepio, logo o pequeno selar se tornou um beijo calmo e delicado, que acabou quando Thomas escutou seu nome sendo chamado