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Os Peaky Blinders adentraram a casa, John, Arthur, Thomas e Michael ambos conversando. Polly levantou da cadeira para receber o filho

— Aqui está seu garoto Polly, são e salvo- disse Thomas

— Abby, que bom te ver- falou John a Smith que ofereceu sua bebida para ele, e o mesmo é claro aceitou

— Obrigado John- disse indo até o Shelby para entregar o copo, ficando entre ele e Thomas. Havia uma tensão ali, e Polly podia perceber

— Passe lá em casa, Esme vai gostar da sua visita- continuou terminando de beber a bebida da jovem

— Michael, tome um banho e vá se trocar, vou preparar algo para você comer- disse Polly enquanto alinhava a roupa do filho

— Ok - falo o rapaz indo na direção do banheiro, passando por Abby dando um leve aceno com a cabeça

— Então vamos, já deixamos o garoto, quero me esbaldar hoje- falou Arthur indo em direção a porta junto com ele foram John e Thomas

— Mande um beijo para Esme- disse Abygail

— pode deixar- falou entrando no carro

Abby voltando para seu lugar, sorriu quase que impulsivamente, quando deu uma última olhada em Thomas e o pego a encarando. Assim em que ela se sentou, Polly notou o rubor no rosto dela e teve a certeza de algo estava acontecendo

— O que há entre você e Thomas?- perguntou a Gray com as sobrancelhas arqueadas

— E-eu não sei- Abby gaguejou

— Não fique nervosa, querida. Eu percebi a tensão entre vocês dois. Não sou leiga- falou encarando-a

— Aconteceu um beijo, na inauguração do Garrinson- ela não conseguiu deixar de ruborizar com a lembrança

— Pretendida esconder de mim?

— Não, quando vim ontem, pretendia conversar com você sobre o que você me aconselharia, mas...

— ele estava aqui, a aconteceu mais alguma coisa?- perguntou Polly segurando as mãos da jovem

— Nós dormimos juntos- falou envergonhada, Abby via Polly como uma figura materna

— Oh, minha filha, escute o que eu vou lhe dizer: Thomas é um homem, ele tem alguns defeitos mas é um homem bom, a guerra o mudou muito, a guerra mudou todos, porém o que eu quero dizer é que você é uma jovem, doce e ingênua, e Thomas é um homem que já viveu muito. Não se apaixone

— Então devo me afastar?

— Você quer se afastar?

— Não

— Então continue se envolvendo com ele, só não se apaixone, não é por que vocês dormem juntos que faz de vocês um casal. Não leve minhas palavras a mal, só quero aconselhar. Por que você viu o envolvimento dele com a garçonete- Polly falou tudo cuidadosamente, mas infelizmente mesmo que ela quisesse não acreditar, ela já sabia que o jovem Smith estava apaixonada

Enquanto as duas conversavam, no Garrinson Thomas e Arthur bebiam juntos. O Shelby mais velho tirou de seu bolso um pequeno vidrinho, depositou sobre a mesa um pouco de pó, cheirando em seguida. Thomas apenas o observou dando um gole da sua bebida. Arthur levantou sua cabeça sentindo-se eletrizado e olhou para o irmão

— A quanto tempo você fode Abby- falou com um sorriso no rosto, Tommy ficou surpreso com a pergunta

— Do que está falando?

— Ah Tommy, não minta pra mim, não sou um otário porra. Eu vi como ela estava ontem no seu carro, parecia uma linda porquinha indo para o abate- quando ele terminou Thomas apenas deu um gole da sua bebida tentando segurar o riso

— Eu sabia - falou Arthur rindo vendo a reação do irmão

...

No outro dia pela manhã, Abby estava na sua casa, sentada confortavelmente  em sua poltrona, com a sua atenção voltada a um livro. Foi então que ela ouviu bater em sua porta, tirando-a a sua concentração. Colocou seu livro na mesinha ao seu lado, se espreguiçando levantando e indo até a porta, tento uma leve surpresa quando a abriu

— O que faz aqui?- perguntou ela ao ver Thomas Shelby em sua porta

— Vim te buscar, tenho uma surpresa que você vai gostar- falou entrando pela porta sem a permissão da doutora da casa

— Está doente por acaso? Você não é assim

— Não sou assim como?

— De procurar no outro dia a mulher que transou uma vez- não era só isso o que ela pretendia falar. " acho que a única exceção foi a Grace" eram as últimas palavras da sua resposta ao Shelby, mas ela preferiu se calar, pois não sabia qual reação ele teria, afinal não valia a pena tocar no assunto, pois o que eles tinham era algo passageiro?

— Eu estou bonzinho hoje. Vista um vestido, vamos- assim quando ele terminou de falar. Ela foi até o quarto vestindo rapidamente um vestido

— Vamos- falou ele saindo da casa

— Para onde?- falou seguindo-o fechando a porta da casa

— Logo você saberá, Anjo- falo abrindo a porta do carro, fazendo ela franzi o cenho em desconfiança, entrando no carro

Thomas foi dirigindo até chegar em uma estrada deserta parando o carro, Abby olhou para os lados, estranhando o local que não havia nem uma casa sequer. Tommy saiu dando a volta no carro parado no lado do passageiro, abrindo a porta para que Abby saísse

— O que pensa que está fazendo? - perguntou Abygail

— Estou abrindo a porta do carro para você?

— Não- ela falou ainda sentada no carro

— Como não?- falou impaciente passando as mãos no rosto

— Não vou sair do carro no meio do nada. Não sei se você vai me abandonar aqui- ela falou, Thomas apenas sorriu incrédulo

— Acha que eu faria isso com você? Polly me mataria- ele zombou

— Você não tem a melhor fama, Tommy

— Não confia em mim?- perguntou oferecendo a mão para que ela saísse do carro. Abby respirou fundo, suspirando em seguida, saindo do carro segurando a mão do Shelby que sorriu para ela

— O quê quer me mostrar?- disse Abby

— Não vou te mostrar nada, sente-se no banco do motorista. Vou ensina-lá a dirigir- ele falou

— Sério?

— Sim- ela pulo nos braços do Shelby sorrindo beijando seu rosto em agradecimento. Correu para o lado do motorista, logo em seguida Thomas entrou no carro explicando para ela, como o veículo funcionava

Chemtrails over the Country Club - Peaky Blinders Onde histórias criam vida. Descubra agora