Capítulo 4

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Eu revirei todo meu guarda-roupa em busca de alguma roupa para a festa, sentindo-me cansada e derrotada diante de todas aquelas peças espalhadas por todo canto. Finalmente, me deixo cair na cama, acompanhada por Íris, minha gatinha que ganhei de presente dos meus pais no meu aniversário passado. Faço carinho nos pelos brancos e macios dela, enquanto ela emite seus característicos miados. Essa gata é o ser mais carinhoso e mimado do mundo.

— Filha. - Ouço a voz da minha mãe e me viro para ela, que exibia uma expressão de espanto. — Passou um furacão por aqui? - Ela pergunta, e eu deito a cabeça.

— Não consigo encontrar nenhuma roupa decente. - Lamento, choramingando.

Minha mãe se aproxima, sentando-se ao meu lado na cama, e passa a mão suavemente pelos meus cabelos.

— Querida, a festa é do Eddie, não é? - Ela pergunta, demonstrando compreensão.

— Sim, mãe. - Suspiro, deixando-me relaxar um pouco sob o toque reconfortante dela.

— Vamos lá, levante-se. Eu te ajudo a escolher algo legal para vestir. - Ela me incentiva, e eu sorrio, agradecendo mentalmente pela mãe carinhosa que tenho.

Ela prende seus cabelos loiros, ressaltando o fato de que herdei todas as características possíveis da minha mãe e nada do meu pai.

Juntas, começamos a selecionar algumas opções de roupas, buscando algo que se encaixe no clima da festa e, ao mesmo tempo, me faça sentir confiante. Entre risadas e sugestões, minha mãe e eu conseguimos transformar o caos no guarda-roupa em uma experiência mais leve e descontraída. É reconfortante ter alguém que entenda e compartilhe esses momentos, tornando a tarefa de se vestir para a festa muito mais agradável.

Diante do espelho, encaro-me para garantir que tudo esteja conforme meu desejo. Deslizo a mão pelo vestido de cetim preto, que abraça com perfeição as curvas do meu corpo. Nos pés, um salto alto preto com brilhos que dançam harmoniosamente com o vestido. Opto por um rabo de cavalo, um toque que destaca ainda mais a elegância do traje.

Ao descer as escadas, deparo-me com rostos familiares, como Chloe e Alex.

— Você está deslumbrante. - Alex elogia, depositando um beijo em meu rosto antes de me rodar. Alex é, sem dúvida, meu melhor amigo, e seu estilo próprio sempre se destaca. Ele veste uma camisa preta de manga longa, seu cabelo castanho está levemente úmido, e seu perfume sutil preenche o ar.

— Uau, você está maravilhosa. - Chloe complementa.

Chloe, com seu estilo único, está deslumbrante. Ela está com uma camisa de banda metálica, combinando-a com uma saia de couro e um coturno. Seus cabelos cacheados exalam um aroma suave, e a forma como ela escolhe cada peça do seu visual reflete sua personalidade esponjada e autêntica.

— Vocês estão incríveis, não posso negar que tenho os amigos mais estilosos de Riverside. - Sorrio, apreciando a presença do meu grupo.

— Então, sem demora. - Chloe, com sua impaciência característica, cruza nossos braços e nos arrasta para fora de casa em direção ao jeep de Tyler.

Chloe é a inimiga declarada dos atrasos e daqueles que ousam deixar uma festa boa cedo. Sua lista de critérios para uma festa ser considerada boa é meticulosa:

primeiro, o ambiente deve ter um aroma agradável, sem vestígios desagradáveis de mijo ou vômito;

em segundo lugar, a qualidade das bebidas é fundamental, mesmo que nossa cota legal para consumi-las seja aos 21 anos;

por último, e talvez o critério mais importante para Chloe, a presença de Sofia. Ela nutre uma admiração imensa por Sofia, mas até hoje não reuniu coragem para iniciar uma conversa com ela.

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