O Mal De Londres. - (Jack Estripador)

Capítulo seis

Capítulo anterior…

-Oh… se você soubesse o quanto está divina pintada de vermelho. - Jack disse admirando-a, enquanto ela ainda dormia…
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O vento gelado assoprava violentamente, junto a chuva barulhenta que caía sem parar sobre o barulho alto dos trovões que pareciam que iriam rasgar os céus… em um lugar totalmente desconhecido, e escuro e lá estava ela.

Seu suor escorria por seu rosto, sua respiração ofegante e inquieta em seu sono enquanto se virava de um lado e para o outro no colchão, ao trovão trovejar novamente, e seu barulho ecoar. Ela abriu seus olhos, assim se deparando com um teto desconhecido.

Atordoada, enquanto olhava para os lados tentando reconhecer aquele quarto que se encontrava. Passou as mãos por seu rosto assim limpando-o do suor… estreitou os olhos sentindo uma dor de cabeça, ao se lembrar do incidente… daquele incidente que aconteceu. S/n no entanto não sabia como venho parar aqui, não sabia em que lugar estava.

A mesma sentou no colchão sentindo o lençol branco se deslizando por seu corpo, levou sua mão na direção de seu pescoço sentindo o curativo que foi feito naquela região. E uma nova pergunta se fez em sua mente: “Quem fez esse curativo?”

-Onde estou…? - s/n perguntou para si mesma, enquanto olhava ao redor vendo a decoração do quarto… era bonito.

Era bonito… havia estantes de livros, tantos livros e uma lareira que iluminava o quarto com suas chamas, mas também mantinha o lugar aquecido. Era tudo tão impecável e calculadamente arrumado… não havia um único defeito, tudo era perfeito.

Apoiou sua testa nas mãos sentindo a dor de cabeça, enquanto ouvia os pingos que acertavam o vidro da janela… mas levantou a cabeça ao ouvir a maçaneta da porta se mexendo, e logo depois a porta se abrir lentamente.

-Vejo que finalmente acordou. - sua voz aveludada se fez presente no cômodo, que até então somente o som da chuva e dos trovões eram ouvidos.

A mesma levantou as sobrancelhas, e então olhou na direção da porta vendo-o encostado na porta… olhando para ela fixamente enquanto segurava uma xícara de chá.

-Jack… - s/n disse olhando para o homem de cabelos acinzentados que começava a caminhar calmamente em sua direção.

Ela o seguia com seus olhos, vendo-o se sentar na beirada da cama ao seu lado e colocando a xícara de chá em cima do criado-mudo que está ao lado da cama.

-Posso? - Jack perguntou enquanto olhava na direção da ferida que estava no pescoço dela, enquanto esperava pela autorização dela.

A mesma acenou um sim, mexendo a cabeça para cima e para baixo e então ela sentiu ele pegar suavemente em seu queixo e fazê-la levantar o rosto para cima, assim deixando-o verificar o curativo que estava em seu pescoço.

Não havia nenhuma mancha de sangue, e não havia manchas amarelas porque se esse fosse o caso, estaria infeccionando… mas só de olhar o estado das ataduras, vendo-as brancas como algodão ele já poderia adivinhar que já estava cicatrizando.

-Está se recuperando rapidamente, isso é um ótimo progresso, não? - Jack perguntou enquanto soltava o queixo dela.

-Parece que sim. - s/n respondeu sentindo suas bochechas ficando rosadas.

-Aliás, você aceitaria uma xícara de chá? É ótimo para aliviar uma dor de cabeça. - Jack disse enquanto pegava a xícara que estava em cima do criado-mudo e oferecia para ela.

A mesma sorriu e aceitou a xícara de chá, olhando para o líquido quente, e que cheirava muito bem… a mesma assoprou e logo depois bebeu um gole.

-É comum uma dor de cabeça, depois de passar por uma experiência ruim. - Jack disse desviando seu olhar para a janela, vendo a chuva forte.

-Aquele homem… provavelmente virá atrás. - S/n murmurou contra a porcelana da xícara…

-Quanto a isso, eu não tenho dúvida. - Jack respondeu se virando para encará-la novamente.

S/n olhando para o chá, levou a xícara na direção dos seus lábios tomando as últimas gotas que restava do chá e assim esvaziando a xícara, a mesma se virou para vê-lo. Jack mantinha seu olhar fixamente nela, seus olhos estreitos como se quisesse ler o que ela estava pensando… como se quisesse saber o que ela estava imaginando.

Ele apoiou sua mão no colchão, se inclinando na direção dela e com a outra mão livre levou na direção do rosto dela… assim pegando na bochecha dela, sentindo a pele macia e quente contra a palma de sua mão. Olhando nos olhos amarelados dela, vendo-os brilhar quando ela o olha… aquela cor familiar que ela emanava, que uma vez já foi falsa para ele.

-Eu não entendo. - Jack disse ainda olhando nos olhos dela, vendo-os brilhar.

A mesma que estava com os olhos levemente arregalados ao sentir a mão dele em seu rosto, um pequeno sorriso se formou em seus lábios enquanto levava sua mão na direção da dele.

-O que não entende? - S/n perguntou colocando sua mão em cima da dele, que ainda estava em seu rosto.

-Por que eu…? - Jack perguntou em sussurro, mas foi alto o suficiente para ela ouvir.

-Não sei… não podemos escolher aqueles que vamos amar, simplesmente acontece… acontece quando se menos espera. - S/n respondeu vendo-o franzir a testa… e desviar seu olhar do dela.

-O amor é como uma criança: Deseja tudo o que vê, mas nem sempre pode ter. - Jack disse…

-Só um desconfiado diria algo assim. - S/n disse vendo a expressão dele mudar para surpresa genuína… provavelmente não estava esperando por isso.

Ou seja, só alguém que teve uma experiência ruim com o amor. Diria algo assim.
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Continua…