Apenas Nós Dois | J.B |

|Espero que algum dia eu consiga sair daqui|

Justin

Urgente: Grávida de Justin Bieber, Lívia é levada ao hospital às pressas após ser atropelada.

Ouço a notícia perplexo, a ligação dela com o Ryan havia ficado muda, desde então orava para que nada tivesse acontecido, no entanto ouço a notícia, viro em direção a televisão vendo imagens de internautas no momento do atropelamento passar diante dos meus olhos, assistido por todos na sala, em choque. E só consigo ter aquele medo de novo, dela gelada, parada, pálida.

Não, não, não.

Tento não pensar, mas como? Sabendo que o amor da minha vida havia sido atropelada por aquele desgraçado, aquele filha da puta! Eu sabia! Sabia que ele poderia fazer algo contra ela. Tudo isso, por culpa dela. Viro meu olhar para o canto da sala, onde ela estava encolhida, pronta para ir embora dali.

- Você! A culpa é sua! – Cuspo às palavras, envolto da minha dor, da revolta. Começo a caminhar em sua direção, ela recua, Ryan e meu pai me seguram enquanto Scooter se põe na frente dela. – Saí da minha frente antes que eu passe por cima de você também.

- Você não está sendo racional agora Justin! Pare antes que piore as coisas. – Meu pai aconselha, ainda segurando meu braço. Sabendo que ele tinha razão, eu sentia que ia explodir, que ia colapsar como nunca, quando vejo, eu já havia destruído a sala.

Exausto, começo a chorar compulsivamente pensando nela, no meu filho, ela precisa de mim mais do que nunca. Desnorteado, procuro por meu celular em meio a destruição da sala.

- O que você quer? – Ryan tenta me apoiar, ele estava abatido também com tudo.

- Meu celular, preciso ir para o Brasil. – Eu tinha que fazer algo, eu precisava.

- Calma, vamos providenciar. – Jaden se solidariza.

Eu já não tinha forças nem para contestar, até mesmo para expulsar Hailey dessa casa. Eu precisava arrumar minhas coisas, precisava sair dali, precisava estar com ela.

Desço a escada em pulos com uma pequena mala em mãos, estava pronto para partir. Meu filho, o amor da minha vida, preciso que aguentem firme até eu chegar em São Paulo.

- Ryan, cadê meu celular? – Pergunto perdido.

- Aqui. – Entrega.

Sem pensar disco o número dela, mesmo sabendo que havia chances de ela não atender, mesmo assim queria deixar um recado, dizer que estava a caminho.

- Lív? – Fico surpreso ao notar que a chamada havia sido atendida.

- Não, aqui é a amiga dela, Thalita. – Entendo com certa dificuldade devido ao inglês, mas já estava bom.

- Como ela está? – Noto minha mãe e Ryan se aproximarem para ouvir a ligação.

- Na cirurgia, não tenho mais informações. – Explica agitada.

- Caso ela acorde, por favor, fala para ela que estou indo. – Imploro sôfrego.

- Pode deixar. – Concorda e desligo a chamada.

- Preciso ir agora, conseguiu ver o jato? – Questiono para qualquer um, só preciso de uma resposta positiva.

- Sim, conseguimos. – Ouço aéreo, inerte nas minhas preocupações.

- Eu vou junto. – Escuto Ryan, de prontidão. – Ela é minha amiga.

- Eu também vou. – Minha mãe se aproxima, pegando na minha mão enquanto passa sua outra mão sobre meu ombro me apoiando.