|Crepúsculo|

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Justin

Estávamos distantes da ilha, já tinha atracado a lancha em um ponto calmo. Tínhamos uma vista perfeita, apenas o mar e o céu. Vou de encontro a ela, que estava deitada na proa, me junto a Lív.

- Você vai presenciar da melhor forma o pôr do sol, considere-se privilegiada. - Ponho uma mexa de cabelo por de trás da orelha, fazendo pequenas caricias em seu rosto.

No entanto, sinto que ela está diferente, distante. Isso de certa forma me preocupa, o que está acontecendo?

- Eu fiz alguma coisa que te magoou? - A olho atento.

- Não, por quê? - Ela se ajeita em uma posição mais confortável.

- Você está diferente. – Falo, sendo sincero, por mais que eu tenha medo do que ela pode vir dizer. - Por favor, me responda com sinceridade. - Peço ficando angustiado.

- Estou com medo. - Franzo a testa, sem entender.

- Do que?

- Da gente. - Ela revela cabisbaixa.

- Como assim? - Tento compreender, estamos tão bem, não entendo por que ela se sentiria assim.

- Nós estamos muito próximos Justin.

- E qual o problema nisso? – Dou uma risada sem graça, eu estava confuso.

- Justin, seja sincero comigo. – Ela para, respira fundo e volta a falar. – O que você acha de tudo isso? De Nós dois. – Começo a compreender onde ela quer chegar. Entendo seu medo, seu receio diante desse cenário. Por coincidência, era o que havia conversado com o Ryan hoje mais cedo.

- Lív, se eu te contar que eu penso a mesma coisa, você acreditaria em mim? – Rebato.

- Por que você teria medo?

- Não está sendo fácil lidar com os meus sentimentos, essa insegurança, eu sou humano, tenho esses pensamentos também. – Desabafo, me sentando, a puxo para perto. – Vou abrir meu coração para você, eu não queria me envolver. – A olho. – Mas fui pego desprevenido, você soube me entender. De maneira única você me foi me conquistando, quando percebi eu já estava envolvido demais.

- Justin, mas... - Suspira temerosa.

- Lív, eu posso dizer com toda a certeza de que eu também supro sentimentos muito fortes por você. Não pense ao contrário disso, não questione o que sinto, apenas acredite que você também pode ser amada por mim, assim como eu sei que você me ama. – Coloco minhas mãos sobre seu rosto, a fazendo olhar para mim quando digo que a amo, quero que ela não tenha dúvidas sobre isso. – Eu nunca colocaria esses sentimentos em jogo, jamais! Quando fizemos amor ontem, eu senti algo, não tinha a certeza, mas quando nos beijamos tive a confirmação do que sinto em relação a você. – Vejo lágrimas se formarem em seus olhos, dá para ver como isso estava a deixando ansiosa. – Você pode ter criado na sua cabeça que sou inalcançável, que pode ser impossível eu te amar, mas saiba que você está enganada. – Limpo as gotas que escorrem por seu rosto. – Olha bem para mim quando digo isso, porque quero que você tenha certeza do que sinto por você. – Lívia me olha, tímida. – Nesses 8 meses que nos conhecemos, eu me apaixonei por você. Mas hoje consigo dizer sem medo algum, eu amo você. – Ela suspira, parecendo aliviada com minha confissão, como se um peso saísse sobre seus ombros.

- Eu sempre amei você. – Ela me surpreende, colocando suas pernas em volta da minha cintura e me puxando para um beijo caloroso.

Retribuo, colocando minhas mãos sobre sua cintura a puxando para mais perto. Nosso beijo fica cada vez mais intenso, mordo seu lábio e ela geme.

- Puta que pariu Lív. – Ela vai me enlouquecer a qualquer momento.

Enquanto permanecemos no beijo, sinto ela remexer sobre meu colo me deixando cada vez mais excitado, se isso fosse possível. Eu não conseguia mais me controlar com ela por cima de mim, mexendo, indo para frente e para trás. Só me instigando, quero mostrar para ela que sou dela, assim com ela é minha.

Ela para me olhando, esse olhar era diferente. Era cheio de desejo, eu não estava diferente disso. Lív desce seus beijos até meu pescoço, do meu pescoço para minha clavícula. Suas mãos são ágeis em tirar minha regata, ela continua a descer seus beijos me fazendo arfar só de imaginar para onde ela poderia ir, minha respiração vacila quando ela chega próximo ao meu quadril.

Sem prolongar, ela desamarrar minha bermuda a descendo junto com a cueca. Quando sinto seus lábios chegarem ao meu pênis e o colocando na boca, gemi de prazer.

- Caralho. – Não consigo segurar e solto o palavrão. Jogo minha cabeça para trás enquanto coloco minha mão sobre seu cabelo a guiando, mesmo que não fosse necessário. Ela sabia muito bem o que estava fazendo, mas o tesão me domina.

Se ela continuar ali, não demoraria muito. A puxo com certa força, ela não acha ruim, muito pelo contrário, ela geme. Me arrepio só de ouvir, não consigo disfarçar o quão eu estava dominado pelo desejo por ela.

A posiciono na minha frente, com as mãos e joelhos apoiados sobre proa, me dando uma visão privilegiada de sua bunda. Passo minha mão sobre ela, acariciando, a cobiçando. Estou hipnotizado, ela é maravilhosa demais e provavelmente não tem noção alguma sobre isso.

Sem conseguir segurar mais tempo, entro nela e ela geme. Seus gemidos eram combustíveis para mim, só me faz enlouquecer mais. E tudo o que era audível ali era a maresia e o barulho dos nossos corpos se encontrando freneticamente. Minha respiração altera, sinto meus músculos se tensionarem, e então gozo dentro dela. Sinto meu corpo estremecer de alívio. O êxtase, a adrenalina, percorrendo por minhas veias. A deito delicadamente enquanto a acompanho, ficando ao seu lado tentando me recompor.

- Eu te amo. – Digo.

- Eu te amo. – Lív fala enquanto a beijo novamente.

Nos ajeitamos, ela se deita sobre meu peito encaixando suas pernas com as minhas. Olhamos para frente, tendo a visão do crepúsculo. Era perfeito, nós dois ali, o pôr do sol alaranjado e rosado prestes a ser dominado pela escuridão da noite. Brincava com seu cabelo enquanto apreciava a vista.

Após alguns minutos, me levanto arrumando a mesa para nós dois jantarmos. Ligo o som, deixando a música preencher um pouco a imensidão escura, com poucos pontos de luz e a lua nova.

Don't you worry, don't you worry, child

See, heaven's got a plan for you

Ela aparece já vestida, olhando a mesa posta surpresa.

- Não sabia que tinha preparado isso. – Diz, se aproximando me dando um selinho.

- Pedi para o Marcos preparar algo enquanto se arrumava, queria fazer algo mais especial, mas foi o que deu. – Digo, ela me deixa sem jeito as vezes.

- Ficou incrível, obrigada por tudo. – Ela se senta mordiscando um morango.

- Se você gostou, é o que importa. – E era realmente isso, o resto já não importa mais.

Nós comemos e conversamos, era sempre bom partilhar esses momentos com ela. Eu não cansava ou me enjoava, sempre tínhamos assunto. Terminado, voltamos para a proa, ela atrás de mim me acompanhando. Dava para ver que ela estava radiante, estava feliz.

- Eu sou o rei do mundo! – Grito abrindo os braços como Jack fez em 'Titanic'. Ao brincar com essa referência, ela ri vindo ao meu encontro me abraçando. 

Apenas Nós Dois | J.B |Onde histórias criam vida. Descubra agora