capítulo dois

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Se passaram mais dois meses, Mark empurrando com a barriga sua situação matrimonial. Ele estava com medo de terminar, medo de recomeçar sozinho e do zero. Então ainda estava pensando sobre planos futuros. Além do mais, os flertes com Neo estavam cada vez mais ousados, chegando até a apertar sua cintura às vezes e sussurrar em seu ouvido. Até o momento, eles não tinha feito nada além disso.

– Que tal aumentarmos o peso hoje? – Neo falou, arrumando os pesos na barra do agachamento livre.

Mark fez um biquinho.

– Mas eu já faço com 30kg cada lado. – falou com tom de voz manhoso.

Neo riu e passou a mão no cabelo do mais novo, bagunçado um pouco os fios.

– Pois hoje fará com 40kg.

– 40? – arregalou os olhos. – Você quer que eu morra?

– Será progressão de carga. Começaremos com 30, depois 35 e por fim 40. Você vai ver que não é tão difícil.

Mark se posicionou e fez a primeira, foi tranquilo, já que estava acostumado com aquele peso. Então eles aumentaram e Neo se posicionou atrás de si.

– Vou ajudar você, ok?

Mark acenou e observou Neo se aproximar do seu corpo, praticamente o encoxando. Ele estendeu os braços embaixo dos seus e pediu para que ele começasse, toda vez ambos agachadavam juntos. O menor estava até mais ofegante que o normal de tão nervoso, aquilo parecia tão sexual. Se fosse qualquer outro já seria estranho, mas sendo alguém que ele estava flertando foi ainda pior.

Na última série, quando aumentaram pra 40kg, Neo voltou a se posicionar atrás dele e repetiram o que fizeram na anterior. Quando ele fez a última e guardou a barra, sentiu a mão de Neo na cintura, apertando com certa força. Um arrepio passou por todo o seu corpo, aquela era uma área sensível sua. O seu olhar encontrou o do outro através do espelho.

– Você foi muito bem, Mark. – ele sussurrou, a boca colado em seu ouvido. – Eu gostei muito de te ajudar.

Ele quase soltou um gemido quando o aperto em sua cintura ficou mais forte e ele foi puxado para trás, sua bunda encaixando no pau do instrutor. Ele estremeceu e soltou um suspiro quando sentiu que ele estava duro. O olhar deles se intensificou, até que Neo soltou um sorriso cheio de malícia.

– Bom, esse foi o último exercício. Estou indo ao banheiro resolver um problema, aconselho você a ir também.

Neo foi abaixando o olhar pelo seu corpo, até chegar no seu short, onde já estava se formando uma barraca. Ele teria que resolver aquilo antes de sair por aí como um tarado. A sorte era que eles estavam numa área que os outros aparelhos tampavam um pouco a visão.

O instrutor simplesmente largou sua cintura e se afastou, indo em direção ao banheiro. Mark ficou ali, refletindo sobre o que deveria fazer. Ele também precisava ir ao banheiro, mas e se Neo estivesse planejando que eles se ajudassem? Mark queria tanto aquilo, mas o queno impedia era a culpa por estar traindo Papang.

Ele respirou fundo e andou rápido até o banheiro, torcendo para não esbarrar em ninguém. Ao entrar viu que Neo estava ali, encostado na pia, e quando o viu soltou um sorriso malicioso. O mais alto começou a andar em sua direção e o seu batimento cardíaco aumentou. Precisava dizer que não estava ali para fazer nada sexual com ele, pena que não deu tempo, já que seu pulso foi agarrado e quando ele se deu conta estava dentro de uma das cabines com a boca do seu instrutor colada na sua.

A mente de Mark desligou e ele retribuiu o beijo, sua mão segurando o pescoço do outro, enquanto sentia as dele agarrarem a sua cintura com força. Um gemido saiu da sua garganta e ele escutou o maior rir baixinho, o que o trouxe de volta a realidade.

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