Eu ficava tremendo a perna devido a ansiedade, o silêncio da casa me deixava tensa, eu voltei disposta a não passar por tudo aquilo de novo, eu estava mais forte, mais confiante e não ia aceitar que André fizesse o que quiser comigo provavelmente estou me auto enganando. Eu só precisava aguentar por dois meses e enfim seria maior e poderia fazer o que quiser.
Catarina:-Bom dia mamãe! O café tá na mesa-Falei quando vi os dois saindo do quarto
André:-Olha só quem está por aqui!
Michele.-Então veio dizer que aceitou minha proposta não è?
Catarina:-Bem que você queria né!-Eu ri sarcástica-Mas sabe depois do que disse, que faria tudo contra o JV para me ter de volta eu vi o quanto sente minha falta sabe, então mamaezinha sorria sua filhinha voltou para casa.
Acho que o ódio tomou de conta de André ele veio para cima de mim com tudo jogando a
mesa que estava a minha frente longe e me jogando no chão, ele começou o me enforcar e eu sentia o ar faltando, eu tentava empurrar ele mas não havia nem comparação entre nossas forças, consegui alcançar uma faca de mesa que tinha ido ao chão junto com tudo que estava na mesa e enfiei em seu braço. Ele caiu para o lado com dor e eu levantei de pressa.Michele.-ANDRÉ !MEU DEUS!-Ela correu para ele
André:-DESGRACADA!-Ele gritava
Catarina:-Acho melhor começar a trancar a porta quando forem dormir!
Minha mãe levantou com tudo e me deu um tapa no rosto.
Michele:-Sua filha da puta!
Catarina:-Você está completamente certa, mas as putas não merecem ser comparadas com você!
Ela me bateu de novo e me pegou pelo cabelo me jogando dentro do meu antigo quarto. Eu ria tentando não mostrar medo, mas eu estava apenas fingindo mesmo.
Escutei apenas a gritaria entre os dois, André estava quebrando tudo pela casa o barulho dos gritos misturados com vidros quebrando me fazia me encolher no canto como eu sempre fiz durante toda a minha vida.
Demorou algumas horas para eu reunir forças para sair do quarto de novo. Quando abri a porta me deparei com a casa completamente destruída e minha mãe sentada no sofá engessada.
Michele:-Eu vou sair e espero que limpe essa bagunça!
Ela levantou secou a lágrima que tinha nos olhos e saiu da casa.
Dei uma olhada ao redor a casa estava uma zona de guerra, eu não devia arrumar, mas o estrago estava me deixando incomodada então coloquei o cabelo em um coque alto e comecei a faxina.
Ocupei minha mente com a faxina, além das coisas quebradas a casa estava um lixo, acho que não era limpa desde que sai daqui, não sei como alguém consegue viver nesse lixo todo.
A casa pareceu outra quando acabei, eu estava suada e cansada. Quando sentei no sofá comecei a pensar no que JV estaria fazendo ou pensando agora, já passava das 13h e eu queria que ele entrasse pela porta e me tirasse de lá mais uma vez, mas não queria também, sabia o que minha mãe faria.
Tomei um banho rápido e gelado, não me sentia mais em casa naquele lugar, me sentia perdida, não me sentia nem um pouco a vontade.
Comecei a fazer algo para comer, mas não tinha quase nada, como alguém conseguia viver naquelas condições ? Puta merda!
Escutei o barulho do portão abrindo e me deparei com André entrando para minha infelicidade.
André:-Olha só, quem diria que você ia voltar?!
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VENDIDA AO DONO DO MORRO
RomanceCatarina è uma adolescente que não leva uma vida nada fácil dentro de casa, quando uma dívida precisa ser paga ela è usada como pagamento para o chefe do morro.