Eu estava me arrumando para o baile de hoje, e na minha cabeça ficava martelando se eu devia ou não escutar JV, era uma situação que estava cada vez pior, ele mentia de um lado e eu do outro e íamos envolvendo outros nessa mentira e eu estava particularmente cansada disso.
Além disso eu também pensava no que devia fazer com minha vida, uma hora essa mentira do Cadu ia acabar e o que e para onde eu iria ? Meu mundo estava todo bagunçado e eu preciso por as coisas em ordem
Ouvi três batidas na porta e falei para entrar, só pode ser uma pessoa.
Cadu:-Oi! Tá pronta ? - Ele disse entrando no quarto
Catarina:-Tô! Mas com clima nenhum-Revirei os olhos
Cadu:-O que você tem ?-Ele disse sentando na cama
Catarina:-Eu sei lá, minha vida tá uma bagunça-Me joguei na cama
Cadu:-Cat as coisas vão se ajustar, relaxa e você pode contar comigo
Catarina:-Valeu! Então vamos logo-Levantei da cama e fui puxar a mão dele pra fora do quarto
Entramos no carro e a aflição ficava maior, aquela sensação de que algo ruim ia acontecer, sei lá um sentimento meio doido, ficava olhando a paisagem sem falar um A até ouvir o som.
"Por favor não desliga o telefone, eu sou sua mulher e você è o meu homemm"
Catarina:-Que isso?-Eu ria dele cantando
Cadu:-Djavu e Dj Juninho Portugal, isso è que è cultura.
Catarina:-Meu Deus!Voce não è normal-Eu estava rindo que chegava a doer a barriga
Cadu:-Ok! Parei-Ele desligou o som-Só queria tirar um sorriso seu
Catarina:-Você è incrível-Me inclinei no banco e dei um beijo na bochecha dele
Cadu:-Eu não aguento ver ninguém com cara de funeral perto de mim
Catarina:-Não estou com essa cara!
Cadu:-Não! A de funeral è a minha e a sua è de cadáver mesmo!
Catarina:-Sempre tão delicado!
Ele deu um sorriso para mim e seguimos caminho conversando sobre bobagens quais quer. Estacionamos o carro e o baile já estava lotado e bombando, segurei na mão de Cadu e fomos em direção ao camarote, que continuo sem entender porque è um camarote.
Quando chegamos todos os olhares se viraram para nós, algumas pessoas vieram cumprimentar nos dois, os homens eram bem mais simpáticos do que as mulheres, que me olhavam de cima a baixo como se eu fosse um inseto que elas queriam esmagar, por sorte já me acostumei com isso.
Cadu:-Quer beber algo ?
Catarina:-Quero, obrigada!-Agradeci e ele logo saiu para buscar as bebidas
Dei uma boa olhada ao redor mas quem eu queria ver ainda não estava ali. Cadu voltou com um copo de vodka com energético e me entregou.
Cadu:-Um brinde a você!-Ele levantou o copo
Catarina:-A mim por que ?
Cadu:-Por ser a pessoa mais forte que eu conheço!-Ele sorriu e brindou comigo
Catarina:-Obrigada mas eu não me sinto assim na maioria das vezes-Tomei um bom gole da bebida
Cadu:-Por que você não se enxerga como realmente è! Tutti-frutti você tem que sair dessa deprê-Ele deu dois tapinhas nas minhas costas
Catarina:-Tutti-frutti?-Eu olhei para ele fazendo careta
Cadu:-È! Esse è seu apelido agora!-Ele riu e tomou mais um pouco da bebida
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VENDIDA AO DONO DO MORRO
RomanceCatarina è uma adolescente que não leva uma vida nada fácil dentro de casa, quando uma dívida precisa ser paga ela è usada como pagamento para o chefe do morro.