Exposure

Abertura

Seus sonhos estão fragmentados. Você corre por uma floresta feita de galhos grossos e trepadeiras. Eles envolvem seu pescoço, desafiando você a se afastar de seu abraço reconfortante. Quanto mais você se contorce, mais eles se apertam ao seu redor. Seus braços se agitam ao seu redor, seu rosto fica quente e você percebe quanto ar está enchendo seus pulmões. Você tenta gritar, gritar por socorro, mas um farfalhar atrás de você é sua única resposta. Você implora, implora, mas a criatura apenas rosna e bufa. O hálito quente está em seu pescoço antes de uma dor horrível. As vinhas ficam mais apertadas, negando adiamento, e de repente-

Você começa debaixo das cobertas, deixando escapar um soluço sufocado. A luz do sol penetra na sala desconhecida, mas você mal consegue ver enquanto as lágrimas ousam cair de seus olhos. Você respira profundamente, controlando a respiração, e inclina a cabeça para cima. Seus olhos estão fechados e lentamente, lentamente, sua mente volta para você.

“Maldito pesadelo”, você repreende.

Você esfrega o pescoço e estremece. Um curativo cobre um ferimento à direita da garganta e uma dor surda percorre seu corpo quando você o toca. Você levanta a sobrancelha, se perguntando de onde veio antes de perceber que definitivamente não está na Pousada da Luiza. Você está em uma cama macia que parece uma nuvem, e a filigrana dourada, as paredes brancas e o mármore de alabastro limpo confirmam que você certamente não está mais na vila. Passando os dedos pela têmpora, você sente o cheiro salgado do bacon e sente seu estômago roncar.

Olhando em volta desesperadamente, você encontra um prato de comida em uma mesa de cabeceira branca ao lado da cama. Sem pensar, você avança em sua direção, balançando as pernas sobre a cama comicamente grande com algum esforço. Praticamente inalando a comida, você rasga os ovos estrelados, o bacon, os tomates e uma forma de pão que aprendeu que se chama “tara paine”. É preciso tudo o que você tem para não lamber o prato. Ao colocá-lo na mesa, você percebe uma pequena tigela de iogurte branco e engole também. Você fecha os olhos, saboreando o banquete antes de cair de costas. Os acontecimentos da noite anterior voltam à sua mente e você dispara novamente.

Respirando pesadamente, você desce da cama apenas para gritar de dor. Certo, sim, seu tornozelo! Gemendo de aborrecimento, você se segura na cama e equilibra mais peso no lado esquerdo. Caminhando lentamente até a ponta da cama, seus dedos envolvem a cabeceira da cama e você olha pela grande janela. Qualquer que seja o lado do castelo em que você esteja, você terá uma vista maravilhosa da cidade abaixo. Parece tão pequeno, e você se pergunta como não percebeu realmente sua vasta extensão quando o atravessou na noite anterior.

Olhando para o seu tornozelo, você finalmente percebe que ele está coberto por um curativo e uma gaze. É proibir muito movimento para que possa curar adequadamente, mas a presença dele nega tudo o que você passou. O que diabos aconteceu? Ok, vamos repassar de cima: três mulheres um pouco mais altas, uma mulher muito alta. Insetos. Muitos bugs. Você estremece com isso, não sendo um grande fã de pequenos insetos, mas já passou tempo suficiente no deserto para superar isso se a situação for difícil. E definitivamente parece que isso vai te empurrar para baixo e continuar empurrando.

Você se dirige até uma penteadeira no canto da sala, em frente à janela, com algum esforço. Seu pé coopera um pouco melhor agora que o sangue flui por ele. Quando você chega à penteadeira, fica feliz com seu rápido progresso e olha, quase hipnotizado, para o curativo em seu pescoço. Apesar do seu despertar bastante duro, não há novas marcas de sangue que indiquem que a ferida foi aberta. Suspirando feliz, você pula para o banco que também é um pouco alto para você. Leva algum tempo, mas o pé esquerdo faz a maior parte do trabalho no tornozelo torcido. Estranhamente, seu corpo não se sente tão mal. Você se lembra da queda do corrimão e pondera por que não se sente mais abatido. Foi a comida? Certamente foi resistente, mas-