🗯˚ Você estaria lá?

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  A vida é geralmente cheia de reviravoltas e encontros inesperados. Mesmo quando pensamos que fechamos certos capítulos do nosso passado, eles encontram uma maneira de reaparecer e nos forçar a confrontar sentimentos não resolvidos. A presença da Ji-Yeon naquele dia não apenas agitou minhas emoções, mas também trouxe à tona questões pendentes em minha amizade com Whee-In.

  Amizades antigas carregam memórias e emoções profundas. Em alguns momentos, o passado e o presente colidem, trazendo novos desafios. É essencial se comunicar abertamente e entender os sentimentos e expectativas uns dos outros para manter a amizade intacta.

  O reencontro com Ji-Yeon trouxe um dilema: revisitar o passado e os sentimentos antigos ou focar no presente e na relação com Whee-In. A hesitação em recusar o convite de Ji-Yeon reflete as incertezas que ainda sinto. Mas, às vezes para provarmos que estamos certos, cruzamos limites ao desafiar outra pessoa. Deixo avisado que isto não passa de um sentimento ilusório que você pode evitar!

  Seja sensato, ambos precisam conversar e esclarecer seus sentimentos e expectativas para evitar mal-entendidos e construir um futuro juntos, seja como amigos ou algo mais, não seja infantil e competitivo de forma alguma! Isso só irá adiantar o processo de quebrar a cara.

  Não seja tosco, quebre seu próprio ego, antes que ela faça isso, porque uma coisa é clara mais do que água: a vida sempre nos surpreende quando menos esperamos.

  Chegamos em casa, mas a tensão do momento ainda pairava no ar como um peso que estávamos fadados a carregar durante este tempo, nem foi tão grave, mas parecia um pecado. Estar em um ambiente familiar era confortável, mas alho parecia ter mudado dentre nós dois e isso incomodava. Saber que minha sombra continuava a afetar tanto a mim quanto Whee-In, ela era inocente na história, mas nunca tivemos a coragem necessária para conversar sobre tudo o que ocorreu naquele dia.

  No interior do apartamento, a atmosfera era palpável. Whee-In preparou chá para nós, eu sabia que ela estava tentando criar um ambiente mais relaxado mesmo que meus pensamentos não ajudavam em nada naquele momento, com um misto de tentar entender meus próprios sentimentos em relação a Ji-Yeon e minha amizade com Whee-In. Parecia um monstro de sete cabeças, e mesmo com a Jung se esforçando para manter uma atitude tranquila, a tensão ainda estava lá.

  O chá estava pronto, e nós nos acomodamos na sala de estar, mantendo uma conversa superficial para dissipar a tensão. No entanto, era evidente que algo estava diferente entre os dois, e ambos estavam conscientes disso.

  O apartamento, que antes era um refúgio acolhedor e cheio de personalidade, agora parecia carregar a sombra do maldito encontro. Era um momento delicado em que precisávamos lidar com nossos próprios sentimentos e a complexidade da situação em que nos encontrávamos.

  — Então, Tae-Hyung, você gostaria que eu mostrasse o seu quarto agora? Depois de assinar o contrato de aluguel, é claro. — Whee-In tentou mudar um pouco o foco da situação.

  — Ah, sim, claro. Vamos fazer isso depois. — falei de forma distraída.

  A resposta que dei fez com que Whee-In percebesse que algo estava incomodando profundamente a minha pessoa. Assim, ela decidiu abordar a situação com cautela.

  — Está tudo bem? Você parece preocupado desde que encontramos Ji-Yeon no supermercado.

  — Eu só não consigo compreender como você pode estar tão calma depois do que Ji-Yeon fez com você.

(Não) Escrevendo sobre Elɑ Onde histórias criam vida. Descubra agora