Capítulo 6 Eu quero ajuda-lo.

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Tanjiro



Ao continuar andando pelo festival, não pude deixar de reparar nas belas decorações que enfeitavam as ruas e as casas. Todas estavam todas decoradas com lanternas e fitas coloridas em formato de flores que eram estendidos nos telhados de uma casa a outra, era realmente muito bonito de se admirar. 

Me aproximei de uma barraca de lembrancinhas e enfeites para poder se avia um que eu poderia querer, eles eram todos bem simples, mas também bem variados, sorri ao cumprimentar a jovem que era dona do loca. Ela me olhou parecendo um tanto surpresa, mas logo desviou o olhar para atender uma outra pessoa, me pedindo com um murmuro para escolher o que quisesse. Olhei para cada um dos itens com intersere, vi alguns enfeites de cabelo que chamaram a minha atenção, era todos muito bem detalhados, observei. Me pergunto a Nezuko poderia gostar de alguma deles ou ate mesmo a Mitsuri, ela com certeza iria gostar de ganhar alguma lembrancinha. Estava prestes a perguntar a vendedora se ela poderia me recomendar algum, quando senti um cheiro familiar de maças, o que me fez ficar alerta. Olhei em volta rapidamente, e bem ao fundo das casas vi uma ponta de cabelos pretos, que me pareceram familiares, passar por meio as multidão, com pressa guardei o dinheiro no bolço e decidi que iria comprar algo para a nezuko depois.

Comecei a correr por meio as pessoas apressado, se esse fosse o mesmo rapaz que antes, eu precisava devolver logo para ele o grampo de cabelo. Andei pelas ruas a sua procura e quase o perderia de vista algumas vezes, se não fosse pelo doce cheiro de maçãs que ainda não tinha sumido completamente, talvez nem o tivesse o encontrado. Virei uma rua e então o vi descer rumo a uma parte mais isolada das festividades, era um local com casas mais antigas feitas em sua maioria com tetos de palha ao invés de madeira.

 O vi andar em direção a uma das casas em especifico, ela era de madeira simples com algumas partes mais antigas que as outras, mas parecia ser muito bem arrumada. Ele então sumiu pela porta e eu tive que esperar no lado de fora, não queria ser um intruso, e por mais que quisesse apenas lhe devolver o grampo de cabelo, não podia simplesmente sair entrando, então aguardei paciente até que ele saísse. Passaram se alguns minutos até que ele desse sinais de sua presença e finalmente surgisse, quando sai não pude deixar de notar que seu rosto parecendo estar bem abatido e cansado, e por um instante eu hesitei em ir até ele por não parecer ser um bom momento, mas sabia que tinha que devolver o que era dele.

Deixando o cesto de lado a entrada, ainda um pouco afastado de onde ele estava o observei se sentar em um pequeno toco de madeira cobrindo o rosto com as mãos parecendo frustrado e talvez pensativo. Seu cheiro emanando profunda angustia e tristeza, e então mais repensei se não seria melhor deixa-lo ali, mas logo decidi me aproximar, se ele quisesse ficar sozinho, eu apenas o devolveria o grampo e voltaria para o festival. 

De costas para mim ele ainda não parecia ter notado a minha presença o que não deveria ser uma surpresa.  Eu havia sido treinado pelo senhor Sakonji Urokodaki, para ser silencioso ao me movimentar para que não me perceber a minha presença, mas ao pensar que talvez isso assustar-se, fiz barulho com os pés ao me aproximar para avisá-lo de minha aproximação. E então ele me notou aproximar de si, só que quando olhou para trás e me ver,  ficou tão surpreso se não espantado, que acabou por perder o equilíbrio do tronco e cair no chão.

_ Desculpa, desculpa eu não queria te assustar._. Disse me aproximando depressa dele para ajudá-lo a se levantar o que ele negou, talvez eu apenas devesse ter dito oi.

Quando ele se sentou no chão e olhou para mim ficou parado por alguns instantes, antes de se levantar sozinho, não parecendo querer a minha ajuda.

_ Não me assustei._. Disse ele enquanto limpava as folhas secas das suas roupas, e eu ri para ele que desviou os olhos parecendo envergonhado por um momento antes de perguntar agora de forma um tanto tímida.

_ Posso te ajudar em alguma coisa?._. Sorri por ele irritado pelo susto de agora.

_ Sim, na verdade eu vim te devolver isso._. Disse lhe estendendo o grampo, ele olhou para mim e depois para a minha mão chocado.

_ O-onde achou isso? Achei que tinha perdido.

_ Você derrubou quando derrubou as maçãs, mas não consegui te devolver na hora.

_ Como sabe disso?_. Ele me lançou um olhar desconfiado, e eu o olhe confuso, ele não se lembrava de que eu o ajudei ou ...

E foi aí que eu me toquei que ele realmente não me conhecia, quem havia se batido e o ajudado a recolher as maçãs havia sido o tanjiro, no caso eu, só que sem essas vestes femininas. Olhei para ele que ficou ainda mais desconfiado com o meu silencio, e então tratei logo de inventar uma desculpa.

_ E-e q-que eu te vi perto a e-entrada ._. Respondi quase que mordendo a língua, eu não era muito bom em contar mentiras. _ Eu vi o grampo caindo e tentei te achar para te devolver, mas não te encontrei na hora.

Ele ainda me parecia meio desconfiado, mas sorriu ao pegar o pingente nas mãos, quase parecendo aliviado quando disse.

_ Muito obrigada, eu fiquei preocupado de que nunca mais fosse voltar a velo.

_ De nada, o que e seu e seu._. Respondi já dando meia volta para ir para o festival quando ele de repente segurou meu pulso e eu me virei para ele surpreso.

_ E perigoso andar sozinha por essa parte da cidade, então eu vou acompanha-la._. Disse já com o cesto de maçãs, agora puro, nas costas.

_ Não precisa eu...

_ Por favor me deixe retribuir o que você fez._. Disse soltando o meu pulso parecendo meio tímido por telo segurado .-.Eu só vou colher algumas maças antes de voltar para o festival, você pode ficar com algumas se quiser.

Olhei para ele que parecia determinado com suas palavras, e suspirei, tinha pensado em recusar pois não queria causar mais problemas, mas talvez dessa forma eu pudesse ajuda-lo, já que havia sido por minha culpa que ele tinha perdido o grampo de cabelo e, primeiro lugar,  e poderia ter retribuir de algum jeito.

Me virei para ele e sorri ao assenti, o vento soprou a as sakuras quando enquanto ele me olhou por alguns instantes, e eu podia jurar que vi um brilho em seus olhos, mas antes que pudesse confirmar ele desviou o olhar e se pois ao meu lado, com o rosto voltado para frente e tanto corado agora. Sorri, talvez estivesse feliz por poder me ajudar, pensei ao permitir que ele me guiasse.

As três damasOnde histórias criam vida. Descubra agora