Dizer que as coisas estavam tensas em casa seria um grande eufemismo. Mario me deixou em casa com Cody para que ele pudesse procurar Brady. Já se passou quase uma hora e ele não tinha ligado, então presumi que ele ainda não o tivesse encontrado.
"Mamãe, televisão." Cody apontou para a tela preta. Sentei-o perto de seus brinquedos, liguei a TV e deixei-o assistir a qualquer desenho animado que estivesse passando. Ele alegremente prestou atenção aos personagens de desenhos animados e me ignorou enquanto eu andava pela sala. Poucos minutos depois, eu estava pronto para arrancar os cabelos quando ouvi a porta da frente abrir e bater. Espiei atrás da pequena parede que escondia a porta e suspirei de alívio quando Brady ficou ali segurando seu skate com uma expressão de raiva no rosto. Ele me viu, mas nenhum de nós disse uma palavra até que Cody apareceu ao meu lado, não mais interessado em seu programa de TV.
"Amorzinho!" Ele sorriu para Brady, chamando-o pelo apelido que tinha para ele.
"Oi Cara." Brady perdeu a carranca e deixou suas feições suavizarem enquanto cumprimentava seu sobrinho. Ele bagunçou o cabelo escuro de Cody antes de passar.
"Quer assistir TV comigo?" Cody seguiu Brady até as escadas, sorrindo amplamente para ele. Eu sabia que se Brady dissesse não a ele, isso iria partir seu coração. Brady era a pessoa favorita de Cody. Ele o admirava e gostava quando brincava com ele.
"Agora não, amigo." Brady balançou a cabeça, dando tapinhas em sua cabeça. "Talvez mais tarde." Cody não seguiu Brady escada acima, em vez disso voltou para a sala com um pequeno beicinho no rosto. Ouvi a porta de Brady bater lá em cima e antes que eu pudesse ir ver Cody, Mario entrou pela porta da frente.
"Ele voltou para casa?" Foi a primeira coisa que ele me perguntou.
"Ele está lá em cima." Ele assentiu e pendurou o casaco na porta. Ele colocou as chaves no bolso e caminhou em minha direção. "Eu o encontrei na pista de skate. Ele não quis entrar no carro, então eu o segui até aqui, mas o perdi em um semáforo." Ele passou a mão pelo cabelo antes de olhar para a sala. "O que há de errado com Cody?"
"Ele pediu a Brady para assistir desenhos animados com ele, ele disse que não." Eu expliquei. Mario assentiu ao entender.
"Quer que eu tente falar com ele?" Ele sugeriu.
"Qual deles?" Eu ri levemente.
"Faça sua escolha." Ele sorriu. "Vou até Brady. Parece que sou a causa dos problemas dele, de qualquer maneira." Suspirei. Dei um passo em direção à escada, mas Mario agarrou meu pulso com delicadeza.
"Sabe, ninguém culpa você, certo?" Suas sobrancelhas subiram enquanto ele falava.
"Você não, mas ele sim." Eu respondi de volta. Ele soltou meu pulso e eu o observei sentar-se com Cody antes de subir as escadas. O quarto de Brady ficava ao lado do de Mario, mas em frente ao meu. Ele tinha uma placa de pare na porta, com um palavrão de quatro letras riscado. Bati na porta, ouvindo-o grunhir para eu ir embora. "Brady, eu só quero conversar."
"Bem, eu não." Ele respondeu.
"Brady, por favor." Minha voz falhou no final e senti meus olhos lacrimejarem. "Apenas me diga o que eu fiz." As coisas ficaram em silêncio por um segundo antes de sua porta ser aberta e ele olhar para mim. Ele ficou lá olhando para mim antes de suspirar e perder o olhar.
"Você não fez nada de errado." Ele admitiu. Ele se afastou da porta e sentou-se na cama. Entrei na sala e parei na porta. "Não é com você que estou bravo."
"Então com quem?"
"Não sei." Ele respondeu. "Eu realmente não sei. Tudo que sei é que estou com raiva e realmente não quero estar." Ele olhou para mim e meu coração se partiu ao ver seus olhos lacrimejantes. Sentei-me ao lado dele e o abracei, deixando-o soluçar em meu ombro. "Tudo me deixa com raiva e eu odeio isso." Esfreguei suas costas enquanto ele chorava. "É assim que é a puberdade?" Eu não pude deixar de rir quando disse não a ele.
"Apenas me diga o que você precisa."
"Acho que quero ficar sozinho por alguns minutos." Sua súbita necessidade de distância me chocou, mas balancei a cabeça e o deixei sozinho. Fechei a porta suavemente atrás de mim e desci as escadas. Mario estava parado no final deles, esperando pacientemente.
"Como foi?"
"Ele disse que tem estado muito bravo ultimamente. Mas não com ninguém específico. Tudo meio que o irrita e ele odeia." Suspirei. "O que isto significa?"
"Temos que ligar para Sam." Foi a única coisa que Mário disse. Observei-o pegar o celular e discar o número familiar. Ele foi até a cozinha e teve uma conversa silenciosa com Sam, sussurrando asperamente a cada poucos segundos. Voltei para a sala e sentei-me ao lado de Cody, que estava alheio às minhas preocupações.
"Sam está a caminho." Mario anunciou quando apareceu novamente. "Por quê? O que ele vai fazer?"
"Ele vai ajudar Brady. Ele vai consertar tudo."
861 palavras
Essa é uma tradução autorizada pela norasnetflix todos os créditos e direitos sobre a obra são dela! Esse trabalho não me pertence, estou apenas traduzindo.
(não revisado)
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ONLY YOU | Jared Cameron. pt-br
Random'TUDO QUE EU PRECISAVA FOI DO AMOR QUE VOCÊ DEU' Eu era uma pária na minha cidade e ter um filho de três anos não facilitava as coisas. Foi difícil, e quando eu o encontrei na casa da baba do meu filho, as coisas pioraram, não tive...