CAPÍTULO 04

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— Ela não vai ficar com a casa em Santa Mônica! — Ditei bravo — Aquela mulher não vai me tirar uma herança de família

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— Ela não vai ficar com a casa em Santa Mônica! — Ditei bravo — Aquela mulher não vai me tirar uma herança de família.

Cerrando os punhos na mesa de madeira lisa bem a minha frente seguro toda fúria que sentia naquele momento. Quem Larissa pensa que é para tomar as minhas coisas? Ainda mais me manda um palhaço de terno para roubar-me cada tostão.

— Podemos resolver isso de um jeito fácil, mas você insiste em complicar as coisas — Diz o homem recolhendo o papel que tinha me entregado colocando de volta na pasta cor de terra — Terei o prazer de pegar todo patrimônio que lhe pertence e entregá-los a minha cliente.

La puta madre... (puta que pariu) — Fixo meus olhos no centro facial daquele filho da puta que insiste em sorrir achando que sairá desse prédio com todos os dentes — Majadero, deja de joder... (Otário, deixa de encher o saco)Peço sabendo que ele não entenderia.

— Vou relevar seu comentário e fingir que não foi algo pejorativo. — Lança um olhar enojado para mim.

— Então me deixe ser mais claro. — Ponho-me de pé dando a volta na mesa o encarando frente a frente — Pegue esses papéis e vá para puta que pariu, aproveite e leve sua cliente junto.

— Isso foi uma possível ameaça a sua ex-esposa? — Provoca olhando-me de baixo, o que só melhora meu ego. Amo ver as pessoas erguendo seus rostos para ter que encarar um homem que pode facilmente pisa-los.

— Ameaça? — Não poupo o escárnio no tom. — Pouco me importa se ela mo...

— Chefinhoooo! — Paula interrompe a, pequena e incomoda, reunião, tentando salvar minha pele. Que se foda, eu quero arrancar os dentes dele! E dessa vez não seria difícil enfiar uma bala no crânio dele — A sala de reunião está pronta, vamos!

Sem tempo para recusar, a morena segura meu antebraço forçando a minha abrupta saída. Suas unhas perfuram a camisa social e logo a olho com uma feição fechada que não é percebida por ela. Sua preocupação atual era me tirar dali e sorrir dizendo "está tudo bem" para o engomadinho de merda. Já não bastava aguentar aquele filho da puta, agora vou ter que obedecer às ordens de uma secretária? Nem fodendo!

Solto-me de seu aperto caminhando para a sacada de vidro. Daquele local, eu podia ver tudo que acontecia em Downtown, o fato de termos um prédio bem no centro, provia uma vista admirável. O heliporto era encontrado há alguns andares acima e sem sombras de dúvidas, era meu lugar preferido para pensar. A sensação de ter o mundo na palma da mão extasiava minha alma, provocando a querer sempre manter aquela posição.

A empresa crescia a cada dia, todos os meses nós observamos um crescimento absurdo de clientes que contrataram nossos serviços. Com o tempo os valores disponíveis tiveram que ser ajustados pela grande procura. Confesso que o dinheiro é algo que gera bastante apreço, principalmente quando se tem necessidade. Nunca quis saber qual era o maior valor que a empresa disponibiliza, nem mesmo qual categoria era a mais escolhida, na hora de preencher os formulários. A única coisa que me preocupava, era receber o meu pagamento corretamente.

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