CAPÍTULO 2

11 1 0
                                    

Eu devo ser a pessoa mais sem sorte do mundo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu devo ser a pessoa mais sem sorte do mundo. O que eu fiz? Quebrei um espelho? Ofendi algum deus? Com certeza eu já ofendi muitos deuses, mas eram tempos de guerra e eu era uma semideuses desesperada.
Mas por mais dura que possa ter sido com aqueles que ditam as regras do meu mundo. Porque eles fariam algo que prejudicaria eles também?

Não valia a pena.

Sentada no sofá da tribo de Hórus meu olhar estava longe de tudo à minha volta, mas ao mesmo tempo prestava atenção a todos os detalhes ao meu redor.

Sabia que Cassian estava esparramado no tapete felpudo a frente do sofá, que tinha seu rosto enfiado no colo de Nupili meu irmão adotivo, o menino pálido de cabelos pretos afagava os fios escarlate do filho da guerra em seu colo. Mas Nupili tinha seus olhos pretos opacos sem brilho e sua mente distante.

Kalef estava sentado ao meu lado, igualmente com as mesmas posições. Ele me encarava e eu fazia o mesmo,
Nefera estava sentada no braço do sofá atrás de Nupili e Cassian, a filha da morte estava focada no livro em suas mãos, desde que minha irmã havia ouvido sobre Apepe, ela não disse nada, apenas se enviou em seus livros. Eu tinha fé que a sacerdotisa descobrisse algo.

O restante de meu esquadrão estava espalhado pelo instituto, digerindo de sua própria maneira a notícia do fim do mundo.

Sentia o olhar do loiro ao meu lado, o filho de Bastet tinha suas verdes orbes como a pedra de jade focados em minha pessoa.

—Akila. — Me chamou um pouco receoso.  —O que a gente vai fazer? –Perguntou em busca de respostas.

Me virei na  direção do loiro , pude perceber que Cassian se levantou do colo de Nupili. Meu irmão voltou a si com seus olhos tendo foco. Nefera tirou seus olhos do seu livro e me olhou junto de Kalef. Todos ansiavam por respostas, que eu não tinha.

—Eu não sei o que a gente vai fazer.  —Respondi quase em um sussurro.

Eu era a pessoa que sempre tinha as respostas, as soluções para os problemas,  e lá estava eu, sem nenhuma solução, e com medo do futuro.

—Mas não vamos ficar aqui sofrendo com algo que ainda não aconteceu, tentaremos fazer o possível para impedir o inevitável — Disse com firmeza. — Néfera vá até a biblioteca dos sacerdotes e veja se descobre algo por lá. — Disse olhando para a filha de Anúbis. 

—Nupili e Cassian vocês vão até o arsenal e vejam o estado do nosso armamento. Passem na tribo de Orion e pesam para Cobra ajudar vocês.  — Mandei os mesmos se levantaram do chão e logo concordaram saindo da tribo.

—Você — Olhei para Kalef —Fale com a Amy , para que ela fale com Alex, e talvez só talvez aquela egoísta semideusa imortal ajude seu próprio povo. — Disse com certa raiva.

Alex era um semideus que já havia lutado guerras contra os deuses, e havia se tornado imortal de uma forma perversa e mal vista por todos, como punição pelos seus crimes.
Alex sendo poderoso como é  conseguia mudar  seu próprio gênero com sua magia, e por mais cruel que elu pudesse ser, sempre respeitamos seu gênero .

Alex tem que ensinar as novas gerações de sacerdotes o ofício da magia, Elu ama seus pupilos, e odeia todos os outros guerreiros.

Isso inclui Kalef e eu, por isso mandaria Amy  e não Kalef. Alex tem um amor quase maternal ou paternal veja como quiser pela filha mais velha da deusa gato.

E isso facilitaria a conversa.

—E o que você vai fazer? — Perguntou Kalef para mim.

—Eu não sei, mas ver todos vocês definhando  na minha frente não iria me ajudar a descobrir — Disse com sinceridade,  era fácil dizer a verdade a ele, Kalef nunca poderia me julgar.

Ele se levantou, deu um olhar de incentivo para mim, e saiu pela porta dourada do lugar.















𝐀 𝐆𝐮𝐞𝐫𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐅𝐚𝐥𝐜𝐚̃𝐨 [ 𝐞𝐧𝐞𝐦𝐢𝐞𝐬 𝐭𝐨 𝐥𝐨𝐯𝐞𝐫𝐬]Onde histórias criam vida. Descubra agora