Rubens Dawson
"As dificuldades somos nós, os defeitos, somente eu"
Passos apressados pelo extenso centro da cidade. Um dia como qualquer outro.
O relógio de pulso, gravata branca e terno preto confirmam o fato.
Uma pessoa de olhar perdido, mesmo não parecendo estar. Como se fosse para muitos como uma pessoa Distraída, porém, não sendo uma.
Rubens Dawson está a caminho de seu trabalho. Assim como os outros, em passos firmes, se põem a apressar o passo.
Ele não está atrasado, mas deseja pensar que está. A constante auto cobrança faz se sentir confiante de que tudo saia perfeito.
"Começar cedo para ter sucesso antes mesmo do limite".
Conselhos transbordam frequentemente em seus pensamentos. Conselhos estes, aprendidos e seguidos, como uma bula de remédio que deve ser seguida na risca, mesmo com imprevistos ou distrações.
Confuso, porém firme. Seus passos aceleram ainda mais.
Rubens morava com sua mãe em Florence, um bairro rural bem distante do centro comercial. A moradia tomada pelo forte laço familiar, de contribuição e afeto mútuo. Em um lugar tão silencioso, cercado por outras casas e vegetações.
"É importante você ter uma base concreta, significativa e protetora"
"Mas..."
O recente chegou rápido, e Rubens já estava pronto para ingressar no mercado de trabalho.
"O pior sempre pode acontecer".
Ele por sua vez, temia de se profissionalizar em algo malditamente surpreendente e obviamente tentador que levassem os dois a aceitar e consequentemente, ocorrer na separação deles, sendo inegável qualquer discussão ou rodeio. O que ele temia pôs-se à tona.
"Não se abale com problemas, sempre supera-los é crucial"
Sr. Dawson seguiu o ramo administrativo, e consequentemente, despediu- se de sua mãe. Despediu -se do seu pequeno humilde recinto, de seu pequeno bairro, de seus queridos amigos.
Sua vida teoricamente, iniciava a partir daquele exato momento em que deixava o que seria para ele o simbolismo mais significativo para trás.
Prometeu a si mesmo que daria um jeito de ajustar as rédeas de sua vida e que conquistaria novamente o conforto que havia entre mãe e filho, cedo ou mais tarde. Nem que fosse preciso esquecer de tudo, de oportunidades ou de qualquer investimento para si.
"Sabe... Às vezes, é preciso fazer escolhas onde ambas parecem ser como um beco sem saída onde quer que seja decidido. Dá sensação de sufoco imediato, uma premonição de morte, destinada a não ter escapatória alguma..."
"Mas se lembre, existem diferenças minimamente perceptíveis pelas pessoas nessa situação e que muitas não sabem. O futuro é o juízo final sobre a consequência resultante de sua escolha. Esta sim sufoca, te destrói, se escolhida mal. Essa pode decidir até mesmo a sua morte."
Já se fazem 4 anos desde sua partida. O pensamento é o mesmo, porém mais revisado e planejado. Minuciosamente estudado. Diminuir e evitar porcentagens de falhas é sempre bem-vindo.
"Nunca escolha se destruir para se enquadrar nos caminhos que o destino proporcionar a sua vida... Tente evoluir com o destino ou simplesmente esqueça".
"Apenas viva...".
O semáforo projetando vermelho vivo interrompe que ele continue a seguir. Algumas continuam sem se importar, outras se atentam arduamente aos automóveis que já se preparavam para seguir e tentam estratégias mirabolantes para atravessar a rua.
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O Caso de Rosalinne Orssow
Horror"Lembro- me bem do dia traumático que vivi. Eu tinha um pouco menos de 8 anos. Como qualquer criança, eu gostava muito de brincar. Sempre em uma rua perto da minha casa, me encontrava com amigos que moravam por perto, onde em frente à essa rua havi...