Já estava tudo pronto para a viagem em destino a Florence. Em destino ao único e verdadeiro vínculo familiar, sua mãe.
Sua mãe não era uma pessoa estressada, vivia determinada a ter uma vida tranquila, motivo disso, sendo o bairro em que mora. Não é tão perto do centro comercial, em Columbia, EUA, e para ela não é importante. Dependente de si mesma, Margo há atrás de seu lote uma colheita para a auto sustentação dela e de seu filho. Com a ausência dele, os recursos existentes com certeza se multiplicaram e em sua solitude, muitas começaram a apodrecer com o tempo.
Sua mãe brincava com Rubens sobre a sua fome insaciável, mas sempre acrescentava que era um período onde estaria em fase de crescimento e que logo não aguentaria ver mais nem um prato de comida se quer.
Segurando a mala nos ombros em uma das alças, Rubens foca em guardar nela o mais importante. Os bilhetes recém escritos de Luanne. Eram uma espécie de post-it, dados a ele com o mesmo motivo de sempre, para caso se esquecer e se perder em seguida.
Outros apresentavam frases motivacionais, com objetivo claro de trazer leveza aos pensamentos frequentes de Rubens, e fazê- lo lembrar das coisas boas em momentos delirantes ou crises de pânico.
Todos esses, escritos minuciosamente e periodicamente por Luanne, de acordo com cada resultado analisado em cada consulta. Ela estava realmente disposta a resolver todos os problemas de Rubens, e mais rápido do que ele esperava.
Mas haviam algumas falhas e uma delas seria: Rubens poderia perdê-los a qualquer momento e fazer de tudo ser em vão, mesmo nas diversas cores florescentes que cada bilhete apresentava que chamavam a atenção.
Um evento próximo fez essa falha se tornar perceptível. O evento que aconteceu durante o acidente da suposta morte de Rubens, dando a perda deles no processo.
Rubens não descansa, não consegue parar de lembrar sobre o dia de ontem. Luanne olhava a bolsa de alça com espanto. Os bilhetes que deveriam estar ali estavam em sua maioria rasgados e outros extremamente amassados, compactos como uma pedra. Os bilhetes que estavam ali no momento não eram nem metade do que realmente tinham.
Uma mensagem automática soa como um grito para Rubens , que o faz pular da cama o mais rápido possível.
-Oi Rubens, Bom dia! Como passou de ontem para hoje? Preparado para um dia incrível? O melhor de sua vida?
Luanne parece ter acordado de muito bom humor.
Mas conhecendo-a , Não seria novidade se Luanne começasse a acompanha-lo a partir de agora, em todo lugar por onde ele for. Não descarta até mesmo as ideias bobas de que já esteja sendo observado todas as noites ou que já é observado a um bom tempo enquanto dorme.
Rubens retorna a chamada um tempo depois.
- Luanne, tem certeza que quer ir mesmo?
- É óbvio que sim. Se acha que a minha agenda de atendimentos nessa semana está cheia, pode ficar despreocupado.
Um Silêncio desconfortante tomou conta da linha telefônica.
- Você quer que eu vá?
- Bem... esperava reencontrar a minha mãe sozinho. Mas quem sou eu, eu dependo de ajuda. Claro que quero.
Ele está deslizando o dedo sobre um armário enquanto conversa com Luanne no telefone, como se estivesse desenhando algo. Apenas para se entreter.
- Além do mais, você faz parte da família. Diga o que quiser, que não é de sangue ou coisa do tipo, mas saiba que para mim você é.
Ele consegue ouvir uma risadinha no outro lado da linha.
- Sendo assim, tudo bem. Fico feliz em ouvir isso. Te espero onde combinamos às 13:25. O transporte sai nesse horário.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Caso de Rosalinne Orssow
Horror"Lembro- me bem do dia traumático que vivi. Eu tinha um pouco menos de 8 anos. Como qualquer criança, eu gostava muito de brincar. Sempre em uma rua perto da minha casa, me encontrava com amigos que moravam por perto, onde em frente à essa rua havi...