Gangsta's Paradise

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Bastarda

Maldita palavra, mas as pessoas daquela “família” parecem apreciar cuspi-la na mesma frequência com que dizem “sim” ou “não”.

A face inocente da infância que tive percorre minha mente, quando não tinha noção dos olhares frios e julgadores daquelas pessoas que se dizem ser uma família, mas agora que sou uma mulher, bem....só me pergunto o que estas paredes antigas teriam a me contar se pudessem falar. O único a quem eu confiaria dar as costas sem medo de sofrer algo é Law, poderia mencionar o Diamante, mas o apreço que tem por mim não passa de uma obsessão que o homem tem pelo meu pai e seus valores, é assustador.

Não imaginei que Jora tivesse tamanho atrevimento de falar o que pensa na minha cara dessa forma, mas agora ela vai ver, todos desse família verão que não podem mais me intimidar.

Consigo driblar meu primo e correr rumo ao palco principal onde Brook tocava mais uma marcha de música clássica, seu rosto mostrava que estava quase cochilando em cima do próprio piano.

-Você, rapaz – chamo a atenção de um garçom que servia alguns petiscos a uns jogadores – Acho que você sabe quem sou, certo?

-S-sim senhora – afirma nervoso

-Você tem algum daqueles tablets grandes em que vocês apresentam o cardápio?

-S-sim se-senhora – de um compartimento oculto do seu avental ele tira um tablet dourado mais ou menos do tamanho de um caderno grande – Aqui est-tá

-Ótimo! Obrigada... – foco meus olhos em seu crachá para ler seu nome – Laertes, você foi muito prestativo

-O-o-briga-ga-do, senhorita

Deixo com que o rapaz siga em paz com seu trabalho enquanto vasculho as configurações do aparelho desativando seu módulo padrão para usar da forma que eu quero.

-Deve servir – conecto na internet para pesquisar algumas coisas que precisarei e não tardo em encontrar uma partitura específica

-Law, me faça um favor. Reúna meus amigos em frente ao palco, quero que façam bastante barulho

-Ainda não entendi o que você quer fazer?

-Mostrar pra Jora o que meu “tipinho” sabe fazer. Vou subir naquele palco, e homenagear o meu papaizinho ao mesmo tempo que vou deixar o Brook levantar a moral dessa festa.

-Você e seu jeitinho de afrontar que me deixa bobo. Vou realizar esse sacrifício de falar com o Mugiwara-ya só por isso.

-Te amo, Cry Baby – tiro meu celular da necessaire e abro no mesmo site onde fiz o download da mesma partitura do tablet entregando o aparelho para meu primo – Aqui, quero também que encontre outro tablet como este e baixe esta mesma partitura bem rapidinho, por favor.

-Deixe-me ver.... – o rapaz toma o aparelho das minhas mãos para analisar o conteúdo que quero, seu sorriso de escárnio não tardou a aparecer – estou louco para ver isso. Até mais, boboca-ya – tsundere, nem devolveu meu “te amo”  mas eu sei que ele me ama também

Subo no palco pela entrada lateral e discretamente me aproximo do músico cuja cabeça pendia lentamente para frente.

-BROOK! – grito seu nome para assustá-lo intencionalmente

-TÔ ACORDADO! – grita mais alto ainda chamando atenção do público já que estava próximo ao microfone – Meu deus, perdão a todos.... – após se desculpar tenta encontrar-se em suas partituras novamente, mas sua tentativa foi falha quando removo e amaço o monte de papéis descartando em um canto – Senhorita Mazu, o que você está fazendo?

Anestesia - One Piece x OC [AU Moderna]Onde histórias criam vida. Descubra agora