Palavras, assim como a violência
Quebram o silêncio
Chegam colidindo
Contra o meu mundinho
Dolorosas para mim
Me atravessam diretamente
Você não consegue entender?
Oh, minha garotinha
Tudo o que sempre quis
Tudo o que sempre precisei está aqui em me...
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Pela primeira vez em muito tempo, Sam estava realmente de volta com vontade de ler um bom e velho livro. Duas horas de silêncio direto e uma cama quente faziam isso com uma pessoa - retornando aos seus desejos mais profundos (bem, não os mais profundos, mas certamente os mais relaxantes).
Foi um livro muito interessante também, cheio de reviravoltas na trama e personagens profundos. Sam havia percebido a primeira grande traição e estava chegando à parte interessante quando alguém bateu à sua porta.
Típica. Ele colocou o dedo entre as páginas. "Entre."
"Aí está você!" Dean empurrou a porta com o cotovelo, duas cervejas em cada mão e um raro sorriso no rosto. "O que você acha de uma boa e velha noite de cinema?"
"Uhm," sua primeira reação foi recusar. Ele estava bastante confortável aqui.
Mas então, Sam cometeu o erro de realmente olhar para o irmão. As olheiras ainda não haviam se uniformizado completamente, nem mesmo a presença de Cas havia apagado todas as suas preocupações.
A noite de cinema foi claramente uma tentativa de normalidade. E Sam estaria condenado se não lhe desse isso. "Parece ótimo. Vamos fazer o resto."
"Incrível." Dean largou duas garrafas de cerveja. Ele acenou para que Sam obedecesse e se levantasse da cama. Ugh, o colchão estava praticamente chamando por ele.
No corredor, Dean apontou para a porta de Jack. Não estava totalmente fechado, o que Sam achou estranho. Jack sempre manteve tudo fechado. "Você vai pegar as crianças e eu, Cas, ok- o que foi isso?"
Uma vida inteira de perigo deixou Sam em alerta imediatamente.
O barulho novamente.
"Isso são molas?" Dean parecia um pouco assassino, "do quarto de S/N?"
Havia exatamente uma pessoa no bunker que frequentava o quarto de S/N além de seus irmãos.
Jack.
Dean já estava no meio da sala quando Sam o alcançou e por pouco o impediu de derrubar a porta.
O que, pensando bem, talvez não tenha sido a melhor ideia. Agora que estavam mais perto, podiam ouvir a conversa lá dentro.
Ruídos molhados, depois a voz de Jack. "Isso parece... estranho."
"Bom estranho ou ruim estranho?" S/N desta vez, num tom de provocação que Sam reconheceu de mais de um flerte ouvido por acaso.
"Bom estranho", Jack disse e suspirou.
Oh Deus.
Isso não poderia estar acontecendo.
Enquanto Sam ainda estava se sentindo um pouco enjoado do que estava ouvindo, Dean já havia tomado medidas com suas próprias mãos. Com uma expressão dura no rosto, ele entrou na sala.
