Régulos Black Muda a História

Tiago

*Março de 1980*

Tiago congelou ao ver o antigo amigo ali.

Ele sabia que uma hora aquilo ia acontecer, mas ainda assim, foi como se o resto do mundo desaparecesse, e os sons ficassem abafados.

Eram apenas os quatro ali, se encarando.

Pedro foi o primeiro a descongelar. Ele tentou falar algo:

- Eu...

- Você não é mais meu irmão, Pettigrew – rosnou Sirius, o interrompendo e erguendo a varinha, pronto para o combate.

- Sirius... Tiago... Remus... Me... me perdoem... Eu estava com medo. – Pedro tentou novamente.

- Isso não justifica – Remus rosnou – Todos nós estamos com medo e escolhemos o lado certo.

Tiago não falou nada, ele poderia ter sido um babaca com Snape na escola (não que Snape não retribuísse com coisas ainda mais pesadas, causando lesão física e perda de sangue, Tiago ainda tinha as cicatrizes deixadas pelo Sectumsempra), mas ele sempre foi um defensor voraz de seus amigos. Principalmente Pedro, que era o que mais tinha que ser defendido dos garotos mais velhos da Sonserina. O pensamento de ter sido traído por ele o dilacerava por dentro, mas o Potter manteve a sua atenção nos movimentos de Pedro.

Aquele não era Rabicho, seu amigo, aquele era um Comensal da Morte qye tinha que ser detido.

Portanto, quando Pedro fez seu movimento, Tiago foi o primeiro a reagir.

O Comensal foi atingido por um simples Expelliarmus, ao mesmo tempo em que tentava lançar um estupefaça em Remus (que não foi bem-sucedido).

Se vendo sem a varinha, Rabicho tentou assumir a forma de rato, desta vez sendo impedido por Sirius (que estava decididaente furioso com o feitiço lançado na direção de seu noivo), que lançou um feitiço que impedia a transformação animaga.

Se vendo sem escapatória, o Comensal tentou implorar novamente:

- Pontas... Almofatinhas... Aluado...

Mas Remus não o deixou terminar, lançando um Petrificos Totalus.

- Você não é mais um maroto, Pettigrew... – fala Tiago, finalmente – Não pode mais nos chamar assim.

Sem nem olhar nos olhos do ex-amigo, Tiago utilizou o transporte mágico dos aurores para manda-lo para uma cela anti-magia animaga no Ministério.

Vencer essa batalha deixou um gosto amargo na boca de Tiago, mas ele sabia que era necessário.

Olhando os rostos de seus amigos, igualmente tristes, Tiago só queria descobrir que tudo não passava de um sonho, mas sabia que era muito real.

Ele sentiu uma vontade imensa de voltar para a sede e abraçar Lily e não soltar, mas ele ainda tinha trabalho a fazer ali.

- Vamos, gente – disse ele, a voz não mais que um sussurro – Ainda temos civis para evacuar.

A volta deles, a batalha continuava, só terminando cerca de duas horas depois, muitos comensais foram presos, alguns mortos (assim como alguns aurores), mas outros conseguiram fugir.

Voltando para a sede, Tiago se afundou no abraço de sua esposa, sentindo seu filho chutar em sua barriga, o lembrando de que ele havia feito a coisa certa.