Régulos Black Muda a História

Régulos

Enquanto Régulos preparava a próxima memória, desta vez de uma reunião de comensais que ocorrera na semana anterior, ele refletia que mostrar as memórias de sua infância fora mais difícil do que ele tinha imaginado. Reviver os horrores que tinha presenciado em casa lhe havia deixado com um bolo no estomago e um gosto amargo na boca. O jovem sacudiu a cabeça e focou na tarefa em questão. Com a ponta da varinha apontada para a própria cabeça, Régulos pensou na reunião, lembrando-se de todos os detalhes e principalmente, do rosto do traidor da ordem, além dos planos para os próximos ataques.

À medida que lembrava do momento, um fio prateado saia de sua cabeça, ligado à ponta da varinha. Quando Régulos terminou, ele despejou a memória na penseira.

- Está pronta diretor – disse ele, respeitosamente, ao bruxo mais velho, que ainda abatido pelas últimas duas lembranças, apenas assentiu com a cabeça, se levantando da cadeira e se dirigindo para o objeto mágico com a memória.

A lembrança foi rápida, apenas informando dos planos para atacar os McKinnon e os Prewett, além de, é claro, mostrar o traidor: Pedro Pettigrew.

Saindo da penseira, o velho diretor estava lívido.

Régulos conseguia entender o que ele estava pensando tão claramente como se o mais velho estivesse falando em voz alta:

"Pettigrew era o traidor?"

"Quando isso aconteceu?"

A descoberta de que um dos marotos é um Comensal da Morte tinha sido perturbadora para o jovem também.

Sem conseguir se forçar a dizer algo, o diretor acena para que Régulos coloque a última memória. A memória de Monstro.

Essa lembrança é incrivelmente informativa, mostrando Voldemort entregando a taça da Lufa-Lufa para Bellatrix, um diário para Lúcio Malfoy e confiando a localização de um anel e do Diadema de Ravenclaw para Alecto e Amico Carrow.

Régulos não tinha estômago para ver a memória de novo, então apenas observou as reações do outro bruxo, que visivelmente se desesperou ao descobrir que este último está em Hogwarts.

Por fim, a memória mostrou Voldemort levando Monstro para uma caverna, como eles passaram por cada armadilha e os efeitos da poção.

A memória terminou com Monstro sendo atacado pelos Inferi e abandonado pelo Voldy.

Os dois bruxos ficaram um tempo em silêncio. Régulos esperou até que Dumbledore tivesse processado o que tinham acabado de assistir para dizer:

- Lúcio tem uma câmara escondida embaixo da sala de estar, o caderno provavelmente vai ser escondido lá. Já Bellatrix... Ela deve colocar a taça no Gringotes amanhã.

O velho bruxo considera as palavras do mais jovem e diz:

- Então nossa melhor chance de conseguir a taça é emboscá-la no Beco Diagonal antes que ela entre no banco. As outras Horcrux devem ser tratadas com delicadeza. É melhor que ele não saiba que sabemos sobre elas até que seja tarde demais para ele agir. Mas o mais rápido possível.

- Talvez você possa organizar ataques simultâneos para aquelas localizadas nos Malfoy, na caverna e na vila. E eu sei que meu irmão e seus amigos conhecem Hogwarts melhor do que ninguém. Não faria mal perguntar para os marotos, tirando Pettigrew, se eles sabem onde Você-Sabe-Quem poderia ter escondido algo. – sugeriu o Black.

Os olhos de Dumbledore cintilaram por detrás dos óculos meia-lua, enquanto considerava as ideias apresentadas.

- Suas ideias têm mérito e gosto de como você pensa – aprovou Dumbledore, e então suspirou dizendo – Vou convocar uma reunião de emergência para lidar com Bellatrix imediatamente. Amanhã À tarde convocarei alguns outros, incluindo Sirius, para lidar com o resto. Você deseja mostrar suas memórias para eles também?

Régulos considera por um tempo. Ele sabia que mostrar as memórias era importante, mas... Se ele não estivesse em casa ao amanhecer, saberiam de sua traição e ficariam alertas, então o jovem disse:

- Se eu não estiver em casa pela manhã, ele irá saber da minha traição, Bellatrix e Lúcio também saberão e ficarão alertas. – ele suspirou – seria melhor eu ficar em casa como se nada estivesse acontecendo até o dia dos ataques. Mas você pode mostrar as minhas memórias. Elas são importantes e eles merecem saber.

Dumbledore se viu concordando com o rapaz:

- O que você fala tem sentido. Daria um ótimo estrategista, rapaz. – e dizendo isso conjurou dois pedaços de papel, tocando os dois com a varinha e estregando um deles para Régulos – O que você escrever nele irá aparecer para mim e o que eu escrever neste irá aparecer no seu e o que eu escrever neste irá aparecer no seu. Somente você conseguirá ler seu conteúdo. Conversaremos desta maneira. Criarei um para Sirius também, e o que ele escrever, aparecerá neste mesmo papel.

- Obrigado diretor – respondeu Régulos solenemente – E obrigado por me ouvir. Eu devo ir agora.

- Tenha cuidado jovem Régulos – disse Dumbledore se despedindo.

Régulos pegou sua varinha, saiu do quarto e, depois de verificar não ter sido visto, aparatou de volta para casa.