[13] Hot

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Não sejam leitores fantasmas, comentem!

Encarando intensamente o comprimido, pergunto-me no fundo de meu âmago até quando continuarei ingerindo essa droga, na esperança de que meus demônios vá embora.

São noites, dias, meses e anos a fundo me drogando com essa mísera pílula aguardando o dia de minha libertação, ansiando o dia em que poderia não ter mais dependência neste remédio.

Ele não me adianta de nada, há tantos anos que o tomo sem uma pausa correta, que meu sistema se tornou imune a droga. Mas continuo a ingerir, é automático, tenho a convicção de quê irei me curar, estou em um estado tão decadente que meu psicológico acha que estou me curando, que o remédio voltará a ter efeito.

Está tudo bem.

Meus pesadelos a cada dia que passa, tomou uma proporção de intensidade fora de meu domínio, não sou capaz de controla-los como antes, na verdade nunca pude. As memórias terríveis do que vivi nunca estiveram tão vivas, este sofrimento está me matando por dentro.

Eu quero me salvar, requeiro de ajuda, porque eu entendo que sozinho não conseguirei. Por mais incapacitado que me sinta por socorrer amparo, por mais fraco que eu me sinta, não posso continuar deste modo.

E tomando o comprimido, almejando ser a última vez, pude sentir conforto e o saber quem é minha cura.

Me retirei da sala de professores da universidade, me encaminhando pelos corredores do campus em busca de um lugar tranquilo sem que possa ser incomodado, se me lembro bem, em alguns instantes os alunos seriam liberados para a pausa de suas aulas antes de retomarem seus afazeres diários.

Me encostei na parede de um dos corredores pouco frequentado do campus, aqui não contém câmeras de segurança ou pessoas chatas andando como moscas sem um rumo coerente, apenas fofocando da vida aléia sem reparar na vida miserável dela própria.

Retirei um maço de meu cigarro de menta de dentro de minha jaqueta de couro, pondo a droga entre meus lábios o acendi sentindo o alívio percorrer minhas veias. Soltei a fumaça perfumada dentre meus lábios, idealizando que meus problemas desaparecessem no ar juntamente com a fumaça.

— Nossa! Fica ainda mais gostoso fumando senhor Jeon! — abri meus lumes, tive o desprazer de visualizar Hanna parada a minha frente.

Não me importei com sua presença, a ignorei voltando a tragar meu cigarro. Hanna com pouco tempo de convivência, conclui que é um ser insuportável, um ser fútil e sem dignidade de si mesma.

Admito que ela é linda, mas não vale absolutamente nada, além de quê, não é ela a quem requeiro de companhia e elogios. Não é ela quem eu quero tocar, a garota está propensa a me dar tudo de si, eu reconheço, no entanto, não será ela que me terá.

A darei a chance de apenas sentir que estou a fim de seu corpo sujo e tocado por qualquer um com um pau no meio das pernas, deixarei ela se iludir um pouquinho.

— O que faz aqui? — lhe questionei sem me importar de fato, eu sei o porquê veio. Sorri de canto soltando outra fumaça no ar.

— Eu sabia que precisava de companhia, presumi que eu sou adequada a este posto — arqueio uma sobrancelha por sua insinuação descarada, a observei mexer nos próprios seios de propósito, sua intenção era passar a imagem de que fosse algo inocente e sem segundas intenções.

Mas Hanna quer apenas uma coisa, e bom, eu também só quero uma coisa dela.

— Oh, é mesmo? — me fiz de desentendido — mas não me recordo de ter solicitado sua presença, Hanna — rebati a estudante de economia.

Sweet BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora