𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐧

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The Sexy Vampire.

Violinos no cemitério.
Estou com tanta raiva que cravei minhas unhas pontiagudas nas pétalas negras desta rosa.

— Que estranho.... — Murmurou Chaka, pegando nos pequenos pedaços de cartão branco com suas unhas azuis bebê, do mesmo tom de sua sombra espalhada em sua pálpebra.
Mesmo eu tendo cortado aquele cartão aos pedaços com uma tesoura de frango, eu me lembro exatamente o que estava ali escrito, e não penso que esquecerei tão facilmente.

Eu solto um grande suspiro com as sobrancelhas franzidas.
Estou em estresse completo.

Nós as três em meu apartamento, a claridade do dia está se indo embora do lado de fora, mas enquanto ainda há claridade vinda daquela janela da sala, apenas o lustre da cozinha, mesmo acima da ilha central, aquela lâmpada branca coberta de um vidro branco e fosco, está acesa, iluminando mesmo acima de nós.
Chaka sentada em uma das altas cadeira, com os pedaços de cartão cortados nas mãos.
Jen ao seu lado, a postura empinada porém relaxada, com uma taça de vinho tinto na mão, enquanto ela rodava aquele cristal, causando grandes tsunamis de vinho vermelho.
A beleza do vinho.

Foi á três dias atrás que eu fui "presenteada" por aquelas inúmeras rosas e aquela mensagem.
Tudo isso me deixa intrigada.
Eu tenho rosas vermelhas espalhadas por toda a ilha de mármore, algumas eu esmaguei com minhas próprias mãos, outras ainda irão sofrer com a minha raiva.
E a rosa com o destaque imenso, a rosa negra, não a esmaguei por completo ainda, nem sequer a cortei com a tesoura de frango, não pisei nela, nem coloquei fogo na mesma, apenas cravei minhas unhas nela uma vez.

— A polícia continua ligando para você? — Perguntou Jen, com o queixo apoiado na palma de sua mão.
— A última vez que recebi uma ligação foi ontem, na loja. — Respondi, levando a minha taça de vinho aos lábios, molhando então os beiços.
— O que eles queriam? — Agora pergunta Chaka, enquanto tentava juntar os pedaços de cartão cortados, ela estaria fazendo apenas por distração, pois eu já lhe havia contado o que ali estava escrito.

— Apenas mais perguntas, como se eu conhecia os homens que trabalhavam para ele....e entre outras no que diz respeito ao nosso relacionamento. — Finalizei dando de ombros.
Chaka apenas concordou.

— Você não tem ideia de quem possa ter lhe enviado as flores? — Questionou Jen, levando a taça de vinho aos lábios.
Neguei com a cabeça em seguida.
— Mas de algo eu tenho certeza, quem enviou as rosas foi quem assassinou Dave. — Confirmei.
Chaka e Jen concordaram o óbvio, quer dizer, era isso que afirmava no cartão.

— Já tentou olhar as câmeras do prédio? — Colocou Chaka, deixando que eu concordasse mais uma vez.
— Não há nada, como se a pessoa simplesmente não existisse, nem o porteiro sabe de nada, ele disse que tudo esteve dentro do normal, e depois me convidou para supostamente me mostrar algo dentro de seu carro.
Velho nojento. — Cuspi eu, a expressão séria e os dentes cerrados ao lembrar das tentativas daquele porteiro de me levar para onde quer que seja.

— A buceta de uma gótica deve ser assim tão inacreditável. — Expulsou Jen em um tom relaxado, o que me fez soltar uma leve risada.
Foi engraçado, admito.
Admito também que minha aparência é chamativa, mas ainda assim eu sou uma mulher como todas as outras.
Confesso que por vezes gosto de entrar na pouca vergonha destes homens, e tento assustá-los, dizendo que meu fetiche é sugar sangue durante o sexo, o que ás vezes realmente faz com que eles se afastem, e por outras vezes eu fico impressionada com o facto de que eles simplesmente dizem algo como:
"Querida, foda o meu sangue."
Ugh.

Punk Obsession - The Serial Killer.Onde histórias criam vida. Descubra agora