𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐫𝐞𝐞

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The Serial Killer.

A camisa negra abotoada com seus botões negros costurados.
Aberta o suficiente para deixar as tatuagens em meu peitoral visíveis.
A calça jeans preta, minimamente baggy, o cinto afivelado e duas correntes metálicas penduradas sobre o quadril, escorrendo sobre a coxa esquerda.
As botas pretas, cobertas de amarrações que fazia com que as jeans transbordassem pela boca das botas.
All Black.

Se tornava estranho quando eu estava em um lugar público sem aquele tecido negro sobre o perfil.

Ajeitava os óculos escuros sobre o olhar.
Estava me protegendo da luz solar? Não.
Não faça perguntas.
Chase diz que é atraente.

No clube.
Chase mesmo ao meu lado, intimidava o Bartender que servia o champanhe na taça de cristal mesmo atrás do balcão.

— Não tenha dó, coloque mais! — Exigiu o garoto dos cabelos amarrados, enquanto cerrava os punhos sobre o balcão e deixava o bartender nervoso.
Eu não duvidava nada que Chase simplesmente pulasse o balcão e fizesse o trabalho daquele.
Ele é muito perfeccionista.

Enquanto Chase exigia bebida como um rei, eu estava de costas para o balcão, com o peso carregando o balcão atrás de mim, os braços cruzados sobre o peito exposto, meus olhos varriam o lugar repleto de pessoas.
A música alta vibrava em meus ouvidos, a música aleatória do artista PitBull, suas músicas estavam em todos os clubes, e combinava perfeitamente com a ocasião.

Eu analisava cada um, aqueles homens que esfregavam os olhos nas mulheres que dançavam sobre as barras de Strip, as prostitutas disfarçadas e os compradores discretos.
Os adolescentes que certamente falsificavam à identidade para entrar ali.
Céus, eu já fui adolescente, mas será que um adulto de 26 anos pensava o mesmo de mim?
Eu apenas vejo pressa naqueles jovens.

— Pegue, velhote. — Murmurou Chase, inclinando a taça de champanhe em minha direção, enquanto me olhava com tédio.
O que me fez despertar e voltar minha atenção para ele. O apelido me fez soltar um rosnar, mas nada que esse inútil não tenha feito antes.
Chase era um cara que adorava aglomeração, adorava troca de saliva e muito mais, além de possuir aquele seu lado perigoso.
Mas ele sabia bem dividir as mulheres do crime.
Ou homens também, tenho as minhas dúvidas.

Descruzei os braços, pegando a taça de cristal que ele me oferecia, antes mesmo de eu poder olhar para o líquido espumoso dentro do vidro, Chase já estava derramando.
— Eu não te entendo, juro que não. — Soltei franzindo as sobrancelhas.
Chase apenas deu de ombros.

— Serena e seus amigos estarão entrando em cerca de 5 minutos. — Chase olhava para o relógio rastreador em seu pulso, com a taça na outra mão.
Não respondi, mas certamente ouvi.
Deixei o champanhe então escorrer entre minha garganta, esperando mais informações.

— Tony tem o cara? — Perguntei me referindo ao homem de Dave que havíamos sequestrado.
Bom, Tony era um dos caras que nos ajudava quando precisávamos. Eu e Chase fazemos disso algo nosso, mas quando são necessárias mais mãos, possuímos sempre vários homens a quem contactar.

— Oh yeah. — Concordou ele com um sorriso malandro, assim como uma criança que previa diversão.
Parte do nosso plano, era sequestrar um dos homens de Dave para usá-lo como isco, poderíamos simplesmente usar outros vários métodos para atrair Dave, éramos inteligentes o suficiente para isso, mas nós adorávamos nos divertir com aqueles que merecem, e como nada do que Dave e seus ajudantes fazem é agradável, então é merecido.
Concordei positivamente, apenas.

— Tony está me enviando fotos do coitado, estou tão ansioso para realizar o serviço. — Expos Chase como se estivesse recebendo nudes de alguma mulher.
Chase iria realizar o processo de distração, e eu iria fazer Dave sofrer.

Punk Obsession - The Serial Killer.Onde histórias criam vida. Descubra agora