𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐨

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The Serial Killer.

21:06h .
A respiração dentro da máscara era preparativa, pronto para libertar a raiva e as memórias fracas do passado.

Nem sempre os monstros sabem que são monstros.
Mas a projeção era algo interessante.

Eu observava os grandes edifícios escolares, com longos pátios de recreio.
O ensino básico que eu havia frequentado quando mais novo.
Eu prometi a mim mesmo que iria me livrar de tudo aquilo que me perturbava, aquilo que eu ainda poderia me livrar.
E o que era psicológico seria mais difícil, nem que eu arranque minha própria cabeça e deixe minha alma fugir.

Com o corpo afundado no assento de meu carro inativo.
A máscara negra na qual apenas deixava meus olhos visíveis.
A pequena caixa de fósforos balançava em minha mão, a arma preta vagueava acostumada na outra, e na mesma mão a lâmina que eu usaria para cortar a pele de algum infeliz que ousasse me impedir.

Eu estava certo do que iria fazer agora mesmo.
Os grandes portões da escola estavam cerrados, mas o cadeado ainda estava aberto, provavelmente o último segurança ainda estava lá dentro, verificando os últimos detalhes ou transando com uma professora qualquer.

As memórias frustrantes passam em minha cabeça como um filme antigo.
Eu me lembro perfeitamente das vezes que minha cabeça foi afundada no vaso sanitário.
Das vezes em que tentaram me apunhalar pelas costas, das vezes em que minha cabeça foi mergulhada no prato de comida da cantina.
Eu me vingaria de todos eles, um a um, irei descobrir quem são hoje, e acabarei com o prazer da vida.

A destino da vida contribuiu para quem sou hoje.
O Serial Killer mais procurado da grande cidade Nova-iorquina.
Juntamente de Chase, o único cara que confio com meu sangue em mãos.
Ambos nos protegemos com estas máscaras faciais.
Chase é um cara inteligente, ótimo em computadores assim como eu.
Possuímos o mesmo poder e o dividimos irmamente.

Eu não me considero boa pessoa, mas também não me considero um vilão terrível.
Não é como se o Homem-Aranha estivesse tentando me pegar pelas ruas de Nova York.

Um vilão apenas é vilão se a história for contada pelo herói.
E visto que meu dever é preservar a segurança de mulheres e crianças inocentes, eu me considero bom pra caralho. Eu tenho um grande orgulho, e ninguém o derruba.
Mas como fazer os demais enxergar meu real objetivo? Eu não preciso dessa merda de qualquer maneira.

— Antix. Aksel, porra! — Murmurou Chase sem qualquer paciência através do aparelho auditivo e comunicativo que havia instalado em meu ouvido, para que assim eu pudesse me comunicar com ele em situações discretas como essas.

Voltei para a realidade finalmente, deixando os fantasmas em minha cabeça falando sozinhos.
— Estou ouvindo. —
— Seguinte, o guarda está na sala de ciências e química, entre por trás, o portão é alto mas ele não te verá se for rápido. — Explicou Chase, que cuidava das câmeras de segurança da escola através do sistema em seu profundo quarto.

Chase, o garoto de 26 anos, cabelos de mel, sempre amarrados em um bolo de cabelos que parecia como sua segunda cabeça quando ele colocava a máscara.
Chase é do tipo que tem uma aparência Hippie, daqueles que ficam pedrados de erva, entendem o bonito sentido da vida e dormem em uma caravana na praia.
Mas na verdade ele não tinha nada haver com paz e merdas assim, a única parte que pode se afirmar é o jeito em que ele se entope em um bom enrolado de erva.

— Se você não me avisasse como entrar eu não saberia. — Resmunguei em ironia, deixando meus olhos revirarem.
Pronto para alcançar a maçaneta da porta do carro e sair.

Punk Obsession - The Serial Killer.Onde histórias criam vida. Descubra agora