Park Jimin, um jovem de 26 anos, viu sua carreira na dança decolar ainda na infância. Rico e acostumado a ter tudo o que queria na hora que desejava, Jimin desenvolveu uma personalidade mimada, mas, no fundo, isso era apenas uma tentativa de chamar...
"Você sabe que eu não posso Te mostrar quem sou, te dar quem sou Não posso te mostrar minha fraqueza Então coloco uma máscara para ir até você Mas eu ainda quero você." The Truth Untold- BTS(ft. Steve Aoki)
Paris, dia 9 de outubro de 2023.
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Observei Haru dançar, cada passo executado com uma perfeição encantadora. Apesar de ter apenas sete anos, ela já era uma das melhores dançarinas que eu já vira. Era evidente que amava cada movimento, e isso enchia meu coração de orgulho. Ela havia herdado esse amor de mim, algo que compartilhávamos profundamente.
Senti o aroma distinto dos feromônios de Taemin antes mesmo de ele parar ao meu lado. Quando olhei para ele, notei um sorriso orgulhoso em seus lábios enquanto observava Haru dançar. Não poderia ter escolhido pessoa melhor para ser o padrinho da minha pequena.
- Cuidado, logo ela vai roubar seu lugar - Taemin disse com aquele sorriso característico, iluminando seu rosto de maneira única.
Sorri, negando devagar com a cabeça.
- Nossa menina cresceu, né?
- Cresceu - respondi, com um misto de orgulho e melancolia na voz. - Parece que foi ontem que ela estava dando seus primeiros passos, e agora... Olha para ela.
Haru girou com graça no centro da sala, seus olhos brilhando com entusiasmo. Era impossível não ser cativado por ela. Taemin cruzou os braços, seus olhos não desgrudando da pequena.
- Ela tem algo especial - ele disse, a voz carregada de admiração. - Vai conquistar o mundo, tenho certeza disso.
Assenti, sentindo uma onda de emoção me atingir. Haru não era apenas uma criança talentosa. Ela era uma luz em nossas vidas, alguém que nos fazia acreditar que o futuro seria ainda mais brilhante. E, naquele momento, com Taemin ao meu lado e Haru dançando como se o mundo fosse seu palco, tudo parecia exatamente onde deveria estar.
Lembro-me como se fosse ontem do dia em que Haru decidiu nascer. Quando a peguei em meus braços pela primeira vez, aquele pequeno bolinho quente e tão frágil, ouvi seu choro ecoar pela sala. Naquele momento, todo o sofrimento e as dificuldades pelas quais passei pareceram valer a pena.
A jornada até ali não foi fácil. Fui julgado, maltratado e desacreditado por muitos. Mas, apesar de tudo, nunca deixei que as críticas me derrubassem. Continuei caminhando, mesmo que fosse difícil, sempre com a cabeça erguida, carregando no coração a certeza de que estava fazendo o melhor para ela e para mim.
Minha família, que deveria ter sido meu porto seguro, virou as costas para mim. Fui expulso de casa no dia em que meu pai descobriu sobre a gravidez. Suas palavras de raiva ainda ecoam na minha mente, mas foi o olhar decepcionado de minha mãe que mais me feriu. Ainda assim, foi ela quem, no fim, convenceu meu pai a não me abandonar completamente. Não foi por apoio, mas talvez por culpa, que ela intercedeu.