Park Jimin, um jovem de 26 anos, viu sua carreira na dança decolar ainda na infância. Rico e acostumado a ter tudo o que queria na hora que desejava, Jimin desenvolveu uma personalidade mimada, mas, no fundo, isso era apenas uma tentativa de chamar...
"Talvez isso seja apenas um pensamento desejoso Provavelmente um sonho sem sentido Mas se nós nos amássemos novamente, eu juro que te amaria da maneira certa." Back to december - Taylor Swift.
Paris. Dia 7 de outubro de 2023.
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Estava caminhando pelas ruas do centro da França, com as mãos no bolso do meu casaco e um pequeno sorriso no rosto, cumprimentando aqueles que passavam por mim. Apesar de ser muito conhecido na região, todos respeitavam meu espaço e mantinham a distância quando não estava no trabalho.
Seguia por um longo caminho, aproveitando o ar fresco que batia contra o meu rosto e bagunçava um pouco os fios loiros do meu cabelo. Isso me trazia uma sensação de liberdade, me fazia sentir vivo, da mesma forma que a dança fazia. Em momentos assim, tudo parecia se encaixar – o ritmo do mundo e o meu.
Não demorou muito para eu chegar ao local marcado e, ao adentrar, percebi que já estava um pouco além da minha hora. Mas isso pouco importava para os outros; o que me incomodava era a minha pontualidade. E então, ao me aproximar, ouvi uma voz doce que me fez sorrir.
━ Papai, você demorou tanto! Estava preocupada! - Senti os pequenos braços de Haru me envolvendo com força, seu rostinho se afundando em minha barriga enquanto ela se aninhava ali. Não pude evitar uma risada, ouvindo o som da sua voz carregada de carinho e preocupação. Ela sempre conseguia derreter meu coração com esses gestos simples, mas tão cheios de amor.
━ Me desculpe, minha princesa, o papai perdeu a noção do tempo. - Senti ela concordar com a cabeça, mas sem me soltar por um segundo sequer. Soltei uma risada e me abaixei um pouco, beijando delicadamente sua bochecha gordinha, a única parte que ela havia puxado de mim, enquanto o resto de sua aparência era quase uma cópia exata do seu pai alfa.
Seus cabelos, negros como a noite, caíam em cachos delicados ao redor de seu rosto, e seus olhos, tão escuros e brilhantes como jabuticabas, pareciam duas constelações cintilando no céu. Sua boquinha pequena, com aquele formato irresistível, lembrava a de seu outro pai, e até a pintinha abaixo dos seus lábios a tornava ainda mais adorável, como uma lembrança viva de quem ela era.
Cada traço, cada gesto, cada olhar dela me fazia lembrar dele, e ao mesmo tempo, eu me via nela de uma maneira que só um pai poderia entender. Ela era um pequeno reflexo do que já vivemos, mas ao mesmo tempo, era única, algo novo e lindo que o destino nos deu.
━ Vamos dançar de novo hoje? Vamos encontrar o padrinho? Vamos passear? Vamos, vamos? - Sua euforia era contagiante e me fez soltar uma risada suave. Olhei à frente e vi o segurança da minha pequena, Kim Namjoon, um alfa de porte imponente com seus cabelos acinzentados. Sempre costumo chamá-lo de "coala", mas ele mais parecia uma dessas geladeiras enormes que você encontra na casa de avó, tão grande e robusto. Ele era um pouco mais velho que eu, e, por incrível que pareça, acabei criando um carinho imenso por esse alfa meio bobão e pelo seu marido. Ambos se tornaram figuras paternas para mim, aqueles que estavam sempre lá quando eu precisava.