Park Jimin, um jovem de 26 anos, viu sua carreira na dança decolar ainda na infância. Rico e acostumado a ter tudo o que queria na hora que desejava, Jimin desenvolveu uma personalidade mimada, mas, no fundo, isso era apenas uma tentativa de chamar...
se eu te dissesse que te amava, me diga, o que você diria? The Neighbourhood - The Beach.
Miami, dia 7 de outubro de 2023.
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Estava finalizando mais uma sessão de fotos. A luz dos flashes ainda piscava ao meu redor, mas minha mente já estava em outro lugar. Na verdade, nem deveria estar aqui agora; meu lugar era em uma reunião da máfia.
Para o mundo, eu era um modelo renomado, conhecido em todos os cantos, com parcerias junto a marcas famosas e sendo embaixador de várias delas. A imagem perfeita de sucesso e glamour. Mas o que poucos sabiam, quase ninguém, era o que se escondia por trás desse brilho todo. A outra parte de mim. A parte que habitava as sombras.
Ser um alfa não era a coisa mais fácil do mundo, e não me atrevia a julgar os outros, pois eu sabia o quanto betas e, principalmente, os ômegas sofriam. Mas, ainda assim, havia algo que me incomodava profundamente. Ter que obedecer a alfas mediocres, aqueles que achavam que detinham o poder em suas mãos, que se viam superiores apenas pela sua classificação... Isso me deixava de certa forma enojado. Era como se a posição que ocupavam fosse mais importante do que a verdadeira força que vinha de dentro. Isso, para mim, era uma fraqueza disfarçada de poder.
'Estava atrasado para o meu curso, andando apressadamente, quase correndo pelos corredores da universidade. Foi quando, ao longe, vi um rapaz alto, provavelmente um alfa, com as mãos apoiadas nos armários de ambos os lados do rosto de um garoto menor, que eu apostaria ser um ômega. A postura do alfa era dominante, e a expressão no rosto do garoto parecia uma mistura de ansiedade e submissão, algo que se destacava no cenário agitado ao meu redor. Mesmo com a pressa, meus olhos não conseguiam desviar. Havia algo na cena que capturava a atenção, algo que me fazia querer entender mais.
— O que foi agora, filho da puta? Quando foi para me desrespeitar na frente dos outros, você serviu, né, seu ômegazinha de merda? — O grito ecoou alto pelo corredor, fazendo com que eu parasse instintivamente. Olhei ao redor e vi que ninguém parecia se importar com o que estava acontecendo. Todos seguiam seus caminhos como se aquilo fosse o normal.— Quer que eu te mostre o alfa que eu sou, loirinho?
A voz do rapaz era ameaçadora, e a tensão no ar era palpável. O garoto menor, provavelmente o ômega, estava visivelmente desconfortável, seu corpo rígido e os olhos evitavam o contato direto. Eu não sabia o que me irritava mais: a arrogância do alfa ou a indiferença dos outros ao que estava acontecendo bem ali.
A voz do alfa me deixava enojado, sabia que isso só acabaria me ferrando no final, mas algo dentro de mim não conseguiu deixar passar. Sem pensar, larguei todos os meus materiais no chão e me dirigi até os dois. Quando o idiota levantou a mão para atingir o rosto do garoto loiro, minha mão se moveu rapidamente para segurar seu ombro, puxando-o com força para trás, ficando entre os dois.