I - Pai

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Em Busan, vivia um garoto chamado Park Jimin. Ele tinha apenas nove aninhos de idade, sempre foi muito tímido e quieto, não dava trabalho aos seus pais.

Ele ainda morava com sua mãe e seu pai, Park Soora e Park Woobin. Ele passava mais tempo com sua mãe — já que seu pai vivia bebendo pelos bares o dia todo.

Jimin tinha medo de seu pai, tinha medo de quando ele gritava com sua mãe ou consigo, às vezes ele se encolhia na cama do seu quarto e chorava baixinho quando os adultos começavam a brigar.

Ele se sentia muito mal após cada discussão. A mãe sempre se perguntava do porque se casou com aquele homem e porque teve um filho com este, mas logo ela vinha com um sorriso doce e consolava o filho.

Há apenas um ano, seu pai perdeu uma irmã muito querida. Ele sofria com alcoolismo e, depois da morte de sua tia Yeji, ele piorou. Vivia bebendo, voltava para casa tarde da noite, às vezes Jimin nem via o pai durante o dia.

Ele odiava fazer parte daquela família, por que com apenas nove anos de idade precisava se preocupar com tais assuntos? Por que ele não poderia ter uma família normal? Uma infância normal?

Às vezes ele já chegou a se sentir culpado por ter nascido, ele sabia que a mamãe não estaria mais aqui se ele não tivesse nascido.

No contexto atual, Jimin estava ajudando a sua mãe a secar a louça enquanto a mais velha recolhia as roupas do varal. Estavam apenas os dois em casa.

O Park tomava cuidado para não deixar nenhuma louça de vidro ou de porcelana cair no chão, também se assegurava de não cair do pequeno banquinho que usava para conseguir ficar na altura da pia.

Ele estava concentrado em sua tarefa, até que escuta a campainha da casa sendo tocada, ele olhou curioso para a porta e para a área de serviços onde estava a mãe.

— Jimin, meu amor, pode abrir a porta para a mamãe, querido? — indagou, estava bem ocupada, olhou para o filho, que rapidamente assentiu.

O Park desceu do banquinho com cuidado para acabar não caindo, deixou o paninho que usava para enxugar a louça em cima da pia e correu ligeiro até a porta.

Quando abriu a porta, seus olhinhos cresceram e partiu os lábios grossinhos. Não entendeu o motivo da policial estar ali na sua casa. Continuou a ponderar a mulher à sua frente, estava muito curioso.

— Oi, oi, garotinho — a mulher se abaixou na frente do menino e bagunçou os fios escuros do Park, suspirando melancólica em seguida. — Sua mamãe está? — os olhos da policial se encheram de lágrimas mas um sorriso se abriu nos lábios finos da mulher.

— Ah, ela está sim. Quer que eu a chame? — perguntou, pondo o dedinho na bochecha gordinha, olhando atentamente a mulher à sua frente.

A policial sorriu com a fala do pequeno. Era bonitinho o jeitinho que o Park falava, mesmo tão novo já possuía uma linguagem tão avançada e culta. De fato ele era muito inteligente mesmo.

— Quero sim, meu anjo. — Nayeon sorriu e se levantou do chão quando Jimin já havia corrido para o fundo da casa para chamar sua mãe.

Jimin correu até a sua mãe, que estava na área de serviços. Foi até a mais velha e puxou o avental da mulher, em uma tentativa de obter a atenção para dela para si.

— Hm, o que aconteceu, filho? — pergunta, deixando as coisas em cima de um balcão de madeira a fim de dar atenção ao mais novo.

— Tem uma policial lá fora querendo falar com a senhora, mamãe. — disse, olhando inocente para a mais velha, que fez uma cara de desentendida.

Ela retirou o avental e seguiu até a porta da sala para saber o motivo da visita. Mas antes avisou que era para Jimin terminar de enxugar a louça porque o assunto que ela tinha à tratar com a policial era coisa de adulto.

Ele bufou mas fez o que a sua mãe havia de pedido, ele sempre obedecia.

No entanto, enquanto a mãe conversava com a policial, ele prestava atenção nas expressões das mulheres, estava curioso para descobrir o que tinha acontecido.

Quando percebeu sua mãe chorando e a policial preocupada e um pouco sentida também, não se importou com a ordem estabelecida e correu até a progenitora.

Começou a chorar ao ver sua mãe chorar também, abraçou o pescoço da mulher e olhava para a policial confuso. Ele estava sentindo tanto medo.

— Mamãe, o que aconteceu? Se machucou? — perguntou, mas sem respostas às suas indagações, sua voz estava embargada pelo choro, seu coração estava palpitando.

— Eu sinto muito, Sra. Park... — a outra mulher disse, olhando tristonha para a mãe.

Jimin encarava aquela situação confuso. O que havia acontecido? Por que sua mãe estava chorando?

— Bom, se me permitem, eu vou me retirar, com licença. — disse, retirando o boné da cabeça e fazendo uma pequena e curta reverência.

— Tchau, moça... — o garotinho disse pela sua mãe, que estava desabando em lágrimas grossas.

— É Nayeon, meu amor. Eu me chamo Im Nayeon. — sorriu angelical, tentando não mostrar que estava triste.

— Eu me chamo Jimin. — limpou as lágrimas dos olhinhos, ainda tristinho. Fungava pelo choro recente.

— Tchau, Jimin. — se afastou de uma vez da vista do Park, que só fez acenar para a mais velha.

Ele voltou os seus olhos para a mãe, ainda estava muito preocupado. Foi novamente até ela — que estava sentada no chão — e a abraçou apertado, dando conforto à mãe.

Aos pouquinhos, a mulher foi parando de chorar, olhou para o filho melancólica.

Como contaria isso a ele? Como?

— Jimin, olha para a mamãe, meu anjo — assim o Park fez. Soora passou seus braços pela cintura do garoto e o trouxe para mais perto. — O seu papai se foi, bebê... — voltou a chorar mais.

Jimin olhou perplexo para a mulher, suas mãozinhas ficaram trêmulas e a sua mente parecia não crer no que a sua própria mãe havia dito.

— O quê? — disse baixo, sentindo as lágrimas caírem uma a uma dos olhinhos castanhos do menino, seu coraçãozinho doeu muito ao ouvir aquilo. Ah, era tão doloroso. — Ele morreu, mãe? Foi isso?

A mulher não respondeu com palavras, mas sim com lágrimas. Isso insinuava que sim. Seu pai havia falecido...

To be continued...

Oioi, gatinhos. Tudo jóia?

Espero que tenham gostado da minha escrita e do primeiro capítulo da fanfic

Esse primeiro capítulo foi meio pesado, não acham? 😬

Mas logo, logo a fanfic suaviza.

O que acharam da Nayeon ser uma policial?

Essa é a terceira versão deste capítulo 😢 acabei apagando o ultimo agorinha sem querer 😞 fazia tempo que eu não o lia, então não lembro de tudinho.

É isso, meus amores 💕

Kiss, kiss 😙😙 and a big hug 👋


MERCY - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora