Klaus se acomodou no divã, dando um suspiro logo depois. Os lumes verdes olhavam para o teto logo acima, o mesmo cercado por quatro pilares de pedra, perfeitamente esculpidos e moldados com ondulações nos extremos, sustentando cortinas que agora estavam presas a estes e dando a visão do loiro naquele divã posto do alto de uma sobreposição de piso de três degraus no centro do pequeno salão.
— O que foi, Klaus? — Rayna quis saber, ainda que sua atenção estivesse no livro que lia no pequeno espaço logo ao lado, ligado àquele salão.
O caçula nada disse, tomando um gole da garrafa de vidro com líquido vermelho que deixara ao lado do divã.
— Acho que ele está meio deprimido... — Vladimir disse, após virar-se na cadeira que estava num canto, em frente a uma mesa onde antes escrevia uma carta para um novo contratante que recentemente entrara em contato para adquirir seus serviços. O olhar, sempre muito bem analítico, caiu sobre o irmão, demorando-se ali.
Ao ouvir aquilo, Rayna fez o mesmo, virando a cabeça até encontrar Klaus jogado naquele divã azul royal.
— 'Tá com cara mesmo. — Ela concordou.
O loiro respirou fundo, ainda fixado na imagem do tato, mesmo que a mente não estivesse ali.
— Eu não estou deprimido. — Alegou, tomando coragem para se colocar sentado novamente, com as costas apoiadas no móvel. — Apenas... confuso. Estou tentando assimilar algumas coisas.
— Como o quê? — Vlad questionou, buscando ajudar o mais novo dos três.
— Tem a ver com a garota?
Klaus assentiu ligeiramente com a cabeça, a mão passando de forma pesarosa sobre os fios claros, o gesto deixando os mais velhos atentos, afinal, eram poucas as vezes que o Durand caçula parecia ter coisas o atormentando. Klaus sempre foi alguém muito bem resolvido, elucidado em seus julgamentos diante de uma situação, logo, vendo-o daquela forma, causava estranheza a todos ao seu redor.
— Ela é uma incógnita para mim. — Revelou, pensativo. — É fato que eu sempre esperei reencontrá-la, sempre imaginei como ela seria crescida, afinal, a única lembrança que eu tinha era de quando não passava de uma bebê...
— Acho que entendo... — Rayna sussurrou — Eu também ficaria assim se tivesse sido prometida ao Domenic desde pequena e só o reencontrasse anos mais tarde. Seria estranho... eu seria uma estranha para ele e ela para mim. — Refletiu.
Klaus se pôs de pé e bebeu mais do líquido que tinha consigo.
— Aí é que está. — Ele proferiu, segundos depois, descendo os poucos degraus e dando alguns passos sem rumo pelo espaço. — Ela não me é estranha, pois eu já a tinha visto...
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Adotada Por Vampiros
VampireReescrevendo o livro! Ser adotada foi algo que Isabell acreditou que já não lhe era mais possível, até que foi escolhida por uma família que ela seriamente acredita esconder algo. Isso sem contar, é claro, com o fato de que o filho mais novo de sua...