Mais uma vez Isabell acordou assustada, sentindo dor no pescoço, sempre naquela mesma região. Mas havia uma outra sensação ali também, uma estranha...
Era prazer.
Prazer que a assustava por se refletir entre suas pernas.
Talvez os livros que tinha encontrado escondidos num dos escritórios das madres, os mesmos com conteúdos bem diferentes que tinha passado lendo até tarde nas últimas noites, estivessem contribuindo para os sonhos nada inocentes que andava tendo.
Assim que ela respirou fundo e olhou à sua volta, viu que as garotas do quarto que era dividido ainda se levantavam enquanto outras arrumavam suas camas.
— Outro pesadelo?— Alguém perguntou.
Isabell virou-se para o outro lado e encontrou o olhar de Tânia que a fitava com preocupação. Logo a morena assentiu com a cabeça.
— Você anda tendo muitos pesadelos ultimamente. Acorda com dores e parece sempre perdida em pensamentos. — Ela sussurrou. — É melhor comunicar a uma das madres sobre isso, talvez elas possam te ajudar...
Um sorriso debochado se formou dos lábios de Isabell.
— Me ajudar como? Fazendo rezas? Ou chamar um padre para me exorcizar? — Questionou-a.
Tânia suspirou.
— Às vezes você me irrita com seus deboches. — Sussurrou a loira, antes de se levantar e começar arrumar sua cama.
Já Isabell se levantou com as imagens do sonho presentes em sua mente, pegando o uniforme que ela sempre deixava dobrado ao topo das roupas de seu baú que ficava em frente à cama junto de suas peças íntimas, logo pegando a toalha que nunca colocava para secar devidamente, sempre pendurada na beirada da cabeceira de sua cama. Dois minutos depois, estava na fila para o banheiro que as garotas daquele quarto dividiam, aguardando para tomar banho.
Às 8 em ponto da manhã, todas as 87 garotas que moravam no Orfanato Feminino de Londres desceram enfileiradas pelos três lances de escadas até chegarem ao salão de refeições no térreo, onde se arrumaram nos bancos e esperaram em silêncio pela chegada de sua mentoras, professoras e diretora.
Menos de dois minutos depois, uma fileira com 20 madres entrou, sendo que nove estavam vestidas com seus típicos trajes cinza escuro e onze com trajes pretos. Logo depois entrou uma mulher que aparentava estar na casa dos trinta anos, e que usava uma blusa branca com blazer e saia longa cinza. Essa era a diretora.
Até perderia tempo explicando as características, nomes de cada uma delas para que você, caro leitor, pudesse imaginá-las melhor, porém, não há necessidade de fazer isso, já que Isabell nem lembrava o nome de algumas e de outras ela nem se importava em saber.
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Adotada Por Vampiros
VampireReescrevendo o livro! Ser adotada foi algo que Isabell acreditou que já não lhe era mais possível, até que foi escolhida por uma família que ela seriamente acredita esconder algo. Isso sem contar, é claro, com o fato de que o filho mais novo de sua...