capítulo 17

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Mina  POV.

Após um momento de choque, a sensação do desespero me tomou. Soltei-me do aperto em minha cintura e corri para a porta que desembocava no quintal. Mas estava trancada, rodei a maçaneta incansavelmente, mesmo sabendo que não abriria eu não era capaz de me desprender da esperança.

Precisava fugir, não suportaria que este homem me ferisse novamente, somente de estar na presença dele, meu corpo inteiro tremia.

Ele se  aproveitou-se do meu encurralamento para agir. Com apenas uma mão, ele prendeu meus pulsos atrás das costas e com a outra, puxou meus fios, deixando minhas costas coladas em seu abdômen. - Não vou deixar a minha menina fugir...

mina- Não quero nada com v-você, me solta, por favor - disse com dificuldade, pelo choro. Senti o aperto em meus pulsos aumentarem a intensidade.

- Eu sei - sussurrou rente à minha orelha - posso fazer o que desejar com você. Então tente não me irritar tanto, bebê.

Mina- O qué?

-Facilita as coisas, doce. Não quer ver seu papai nervoso agora, só depois que eu usufruir do produto. Ele riu, colando meu corpo na porta, por conseguinte seu corpo no meu

Eu poderia fazer qualquer coisa, exceto o que ele queria, mas não tinha como fugir. Não conhecia nenhum parente vivo e com certeza, não aguentaria muito tempo na rua com o inverno rigoroso.

- Vire agora. -  Tentei me soltar, mas senti um fio sendo preso ao redor dos meus braços, estava tão apertado que me machucava.

Tomado pelo desespero, tentei:

Mina- Posso conseguir um trabalho, faço o que você quiser, pai, não faça isso ... Sinto o líquido salgado descendo pelas minas bochechas, embaçando a minha visão.

Era irônico implorar ajuda para a pessoa que mais me feria? Como eu era tão ingênuo?

- Você sabe como funciona, Mina, é simples apenas obedeça e em troca, ganha o dobro do que um trabalho de meio período poderia te pagar em um mês. - As palavras saíram tão despreocupadas pelos seus lábios. Ele sabe como fiquel após Yifan me usar, mas somente riu antes de desaparecer pela porta. Como se nada estivesse acontecendo.

Eu não entendia como ainda tinha esperanças nele.

- Por que está com essa carinha tão triste? Vou fazer você se divertir, doce disse ele, estampando malícia em seu sorriso.

Mina- Me solta! dessa vez gritei. Isto aborreceu ele, seu sorriso sumiu e eu só fui capaz de sentir meu corpo sendo estiraçado no chão gélido. Parei de gritar quando ele ameaçou me chutar.

Não vou te machucar, apesar de Não vou te machucar, apesar de você estar se comportando como uma vadia, não vou chutar o minha menina. - Ele agachou-se e tentou acariciar meu rosto, não consegui desviar, portanto, apenas senti seus dedos asquerosos passando pela minha bochecha. - Parece ilusório de tão bela, mina.

Mina- Não me toca, imundo. - Queria que ele soubesse o quanto eu lhe desprezava.

Pensei que ele me socaria ou algo congênere, mas só lhe escutei rir.

- Vou fechar essa linda boquinha. Não entendi a sua intenção, todavia tentei afastar meu rosto quando ele se aproximou com um pedaço de pano. Novamente não fui capaz de mover-me, o que promoveu sua facilidade em enfiar o trapo na minha boca.

Ele me jogou em seus ombros e iniciou uma caminhada comigo se esperneado.

Ninguém possuiu empatia para me ajudar no momento em que passamos pela sala, eles sabiam o que aconteceria e ainda assim, não moveram sequer um dedo.

EU ME IMPORTO COM VOCÊ -michaeng-(GP)Onde histórias criam vida. Descubra agora