04. Mikaelson

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Hope Mikaelson

Hope estava encostada no Impala 67 dos irmãos, observando e esperando Sam finalizar a ligação para 911.

— Tem um corpo no cemitério. — o mais alto falou, arrancando uma risada de Dean e Hope.

— Sammy...— Dean tentava falar, entre risos, enquanto Sam sinalizava para ele permanecer em silêncio.

— Não, senhora. Eu estou falando literalmente, tem um corpo no cemitério, um corpo morto e... — Sam tentava continuar, mas a atendente acabou desligando a ligação. — Cara, que mulher mal educada.

Hope se levantou, andando até o rapaz e tomando o celular da mão dele.

— Gostaria de denunciar um assassinato. No cemitério municipal, indo em direção ao fundo da mata, à esquerda. — a garota falou calmamente e desligou o celular, entregando o aparelho para Sam, com um sorrisinho nos lábios. — De qualquer forma, foi um prazer inenarrável encontrar vocês rapazes, mas agora vou pra casa antes que tenhamos que explicar porque sabíamos a exata localização de um corpo na mata.

— Onde você pensa que vai? — Sam perguntou, segurando-a pelo braço.

Hope olhou para a enorme mão agarrada em seu punho e depois para os grandes olhos verdes e expressivos de Sam Winchester.

— Para casa, vocês deveriam ir para aquela pocilga que chamam de quarto de motel, antes que a chata da xerife Clarke apareça e ligue vocês aos assassinatos. — Hope soltou-se do aperto.

— Como você sabe que são assassinatos e não mortes naturais? — Dean interferiu.

A garota bufou, irritada, virando-se para o mais velho.

— Não acho que seja muito natural uma garganta dilacerada, Dean, não é algo que se vê nos jornais no dia a dia.

Sam deu um risinho, mas logo se recompôs, voltando à encará-la com a cara fechada. Ela sorriu, gostava do jeito como ele era extremamente expressivo.

— Você vem com a gente. — Sam falou.

— Desculpa gatinho, apesar da grande vontade em ficar a sós com você, big boy, estou doida pra cair na cama e...

Hope estava falando, mas parou quando sua audição aguçada captou o barulho de sirenes ao longe, não poderia dar a sorte ao azar dos irmãos entenderem que tinha escutado antes do som ser audível para todos.

— Pensando bem, big boy, até que vai ser divertido, vamos.

Hope passou por Dean, abrindo a porta e indo até o banco de trás. O mais velho arqueou as sobrancelhas, encarando o irmão que só deu de ombros e sentou-se no banco do carona.

— Você é meio bipolar. — Dean comentou, manobrando o carro e zarpando do cemitério.

A menina apenas sorriu, virando a cabeça para a janela. Um silêncio constrangedor se instalou no carro, enquanto Dean dirigia para longe do cemitério, pela janela, ela observou uma viatura de polícia indo no sentido contrário que eles estavam, em direção ao cemitério, pelo menos iam descobrir o pobre coitado destroçado no bosque. Hope suspirou, estava entalada com problemas até os dentes. Deveria ser um novato, somente um recém-transformado teria a ausência de cuidado e excesso de matança ao se alimentar, ou então, alguém estava tentando fazer parecer com que fosse um vampiro. De qualquer maneira, ela estava fodida, a lua cheia estava se aproximando, e os alunos da Escola Salvatore precisavam se preparar, não que ela se importasse com o bem-estar dos estudantes, só não queria ser importunada posteriormente com assuntos que não lhe diziam respeito. A carga de poder que Hope carregava era pesada, não apenas por ser a única de sua espécie, mas sim por carregar em seu sangue o fardo de ser a última da maioria de suas linhagens. E ainda tinha o fato dos irmãos Sam e Dean que ao aparecerem na cidade trouxeram mais problemas do que o necessário e ela não tinha conseguido descobrir nada sobre eles, exceto que eram irmãos que andavam armados, sabiam sobre vampiros e não podiam ser compelidos. Será possível serem vampiros? Ela achava que não era possível, eles terem tido algum tipo de reação curiosa ao encontrarem os corpos, e não tiveram. Estavam preocupados. Se sabiam sobre vampiros, deveriam saber que verbena tem efeito tóxico. Muitas questões sem resposta. Hope nem ao menos reparou que o carro tinha estacionado, por estar tão entretida em seus próprios pensamentos.

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