9 - Elos

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A tempestade passou. Pelo menos lá fora porque dentro desse apartamento ela está prestes a voltar, assim que Jimin acordar. 

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah 

E ele acabou de acordar. 
Depois do grito Jimin corre para a sala.

- Que merda é essa no meu pescoço Hobi?
- Se acalma Jimin.
- Não me pede calma - ele diz gritando 
- Olha os chacras...respira...equilibrio... namastê 
-Namastê vai ser minha mão na sua fuça Hoseok. 
- Minie, não adianta se desesperar, a gente precisa ser racional, toma esse copo de leite com canela.
Ele bebe de uma vez. 
- Não faz sentido Hobi. 
- Muita coisa anda não fazendo sentido. Mas olha... você antes de apagar disse um nome.
- Jungkook.
- Você lembra? 
- Lembro, mas achei que era um sonho, até acordar e ver essa marca no meu pescoço. UMA MARCA. Eu Park Jimin tenho um Alfa. Puta merda Hoseok.... Como eu posso ter um alfa? 
- Jimin isso aconteceu logo depois que você pegou o medalhão. 
- Isso deve ser amaldiçoado. 
- Não acho que seja uma maldição.
- E seria o que?
- Não faço ideia. Mas acho que temos descobrir. 
- Quem será que é esse Jungkook? Será que aconteceu alguma coisa com ele também? E ele surtar? Se for casado? 

Me distraio um pouco do surto de Jimin e me pego pensando no homem que eu vi. 
Ele tinha um perfume forte, de licor meio doce e amadeirado ao mesmo tempo. Provavelmente algum perfume muito bom, mas podia jurar que era seu cheiro natural. Mas seria impossível para eu sentir. 

- Jung Hoseok! Você está me ouvindo?
- Não... 
- Pelo menos é sincero. 
- Assim que o Jin voltar a gente vai para aquele cidade. 
- Não sei se vou conseguir esperar. 
Olho para o meu amigo e ele está chorando. 

🕛 🕚 🕙 🕘 🕗

- Eles morreram! Morreram! Pelo amor da Deusa. Deixem os mortos!

Taehyung gritava com Jungkook e Yoongi.

Após a noite de tempestade e a conversa entre Jungkook e Yoongi, os amigos resolveram conversar sobre aquela noite.
Estavam na casa de Taehyung, que ficou alegre ao ver seus amigos naquela amanhã, mas quando notou o motivo da conversa só queria sumir mais uma vez.

- Tae, isso não pode ser coisa da cabeça do Yoongi, até porque eu sinto o Jimin.
- Vocês estão malucos e não estão superando a fase de negação do luto. Pela mãe Jungkook você é médico!
- Eu sei. E sei que parece maluquice mas Tae... existe uma possibilidade.
- Que possibilidade? Me diz? Vocês viram a mesma coisa que eu vi. Vocês viram aquele maldito estábulo em chamas. Como podem me dizer que eles estão vivos. 
- Eu vi o Hoseok, Tae e o Jeon senti o Jimin. 
- Ótimo. E porque não sinto nada do meu irmão? Sabem porque? Porque ele está morto! 

- Vamos embora Yoongi, não adianta, ele não vai nos ajudar. 
- Ajudar em que Jungkook? Você acha que se houvesse a mínima chance deles estarem vivos eu não seria o primeiro a me agarrar a ela? Você não faz ideia do que eu sofro todos os dias. Revivendo aquele dia. A última coisa que falei pro Jin... 

Tae falava mais baixo e chorava sentado em sua poltrona, no canto da sala. 
Seus amigos, que estavam sentados no sofá em frente a ele, se levantaram. 

- Tae, pare de se culpar. - Yoongi disse com carinho se aproximando de Tae e abaixando para ficar na altura do rapaz que permanecia sentado. 
- Eu faria de tudo para ter o perdão do Jin... 
- A gente sabe Tae. - Jungkook se aproxima.
- Vocês ainda tem coisas para se lembrarem deles, vocês ainda tem ligação e o que tenho? a lembrança do meu irmão me chamando de cruel senda a última coisa que ele me disse...vocês não fazem ideia...
- ... Do quanto dó? - Yoongi completa. 
- Tae, a gente precisa entender o que aconteceu, nos ajude...
- Não sei como Jungkook. 

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