Capítulo 13

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— Ô minha filha, fica até o final da semana, eu me preocupo tanto com você sozinha naquela cidade perigosa

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— Ô minha filha, fica até o final da semana, eu me preocupo tanto com você sozinha naquela cidade perigosa. É cada coisa que vejo no jornal!

— Eu já falei para senhora parar de ver essas coisas, eles só dão notícia ruim. — Respondi à minha avó enquanto terminava de enxugar a louça.

Estava na casa da minha avó em Santa Bárbara, no interior de Minas. Toda vez que dava um pulo por aqui, rolava aquela faxina básica e eu deixava tudo nos trinques. Ainda iria trazê-la para morar comigo e proporcionar a vida de Rainha que ela sempre mereceu. Minha vó ralou muito na roça e trabalhando para outras famílias desde cedo. Estava mais do que na hora dela relaxar e curtir.

— Tô velha, mas não tô morta, Jú. Gosto de me manter informada.

Eu ri balançando a cabeça. Vovó era teimosa como ela só. Nisso as três gerações de mulheres Barboza haviam vindo iguais. A Valentina era um anjinho em forma de criança, sendo, portanto, a única a não carregar esse bendito gene de família.

— Sei, mas eu realmente não posso ficar, vó. Eu... — hesitei na hora de mentir, mas era necessário. — Eu consegui um bom dinheiro do meu acordo no salão e acho que consigo montar alguma coisa bem legal, estou só esperando a resposta do moço aqui.

— Não tô gostando disso minha filha, quem é esse homem? Você o conhece pelo menos?

Minha avó não gostava de nada que era feito pela internet.

— Relaxa, dona Rose, meu Deus! Onde a Vavá está? Eu sei que ela é quieta, mas estou achando silêncio demais.

— Foi levar a boneca pra brincar com os pintinhos. Deixa a menina, Ju, aposto que não tem nada disso para ela na casa da sua mãe.

Notei uma sombra passando pelos seus olhos ao mencionar a minha mãe, elas brigaram há anos e nunca mais se falaram. Eu não a julgava, estava quase fazendo o mesmo pra falar a verdade.

Assim que cheguei do hotel e peguei a Vavá na casa da vizinha, arrumei tudo que minha irmã e eu tínhamos de importante e vim direto para cá. Não esperei minha mãe chegar em casa e nem deixei recado, estava farta de seu egoísmo. Eu provavelmente não voltaria a morar com ela.

Aproveitei esses dias de sossego procurando um lugar legal para montar um salão onde eu pudesse ter um quartinho e morar nele. E ao que tudo indicava eu tinha achado o lugar perfeito. O preço do ponto estava justo e a negociação era feita diretamente com o dono, um tal de Romero. Ele me mandou instagram e facebook com várias fotos do imovel e comentários de clientes; parecia tudo certo.

— Por isso eu quero deixar Vavá com a senhora até poder me estabelecer e assim que tudo der certo eu vou dar a vida de princesa que vocês sempre mereceram. Vamos morar nós três bem juntinhas, para sempre.

Ela me fitou com um sorriso zombeteiro.

— Uai que história é essa de morar para sempre comigo, vai ficar pra titia é?

Leiloada para o CEO - Casamentos Milionários - Livro 03Onde histórias criam vida. Descubra agora