Noites de Caça

O galpão n°10

O sol ainda brilhava, a loira desejava ter se lembrado de ter pego um óculos escuro, mas não sabia se isso seria bem aceito neste local, os raios de sol vinham diretamente em seu rosto conforme andavam seguindo o homem, eles haviam estacionado próximo a saída para o caso de terem que fugir rapidamente e agora eram levados até os armários para ganhar novos uniformes, os uniformes eram de cores diferentes e classificações diferentes, eles pegaram cada um uma cor, e então enquanto se trocavam, viram uma mulher que tinha uniforme de liderança brigando com o homem que os havia trazido para o local e dado a eles os seus uniformes, aproveitaram o momento de distração deles para cada um poder sair sem ser visto para os devidos locais, todos ao redor pareciam não se importar com a presença deles.

Bruno subiu e seguiu as placas que indicavam a área de comando, uma escada bem longa e com várias placas indicando setores, as paredes acinzentadas provavelmente feitas de placas de metal brilhavam como se nunca ninguém tivesse colocado as mãos naquele cenário, onde provavelmente estariam as câmeras e sistemas tecnológicos, Helena encaminhou uma mensagem de texto dizendo que ela estava correndo a caminho do local, e Love e Fletcher precisavam chegar ao local, mas precisavam do sinal de Helena. Foi quando se ouviu um barulho muito alto, os ouvidos de Love começaram a chiar, uma leve tontura afetava sua cabeça e então pode ser possível perceber o que estava acontecendo, uma enorme nuvem cinza no céu se espalhava, e sons de carros de bombeiros, uma explosão enorme havia acontecido e o chão todo tremeu, carros próximos começaram a fazer sons de alarme, e automaticamente todos do local começaram a se mover rapidamente de um lado para o outro tentando entender o que estava acontecendo, tudo isso aconteceu em poucos segundos mas a dor de cabeça da mulher ainda permanecia, mas era necessário que eles continuassem. 

A caçadora viu o carro deles estacionado e fez um sinal com os dedos para Fletcher, caçadores tinham toda uma longa lista de sinais para se comunicar, muitas vezes o silencio era a diferença entre sobreviver ou não. Os dois seguiram para o carro, nos bancos traseiros estavam os  equipamentos deles, duas pistolas simples improvisadas por Love, dois fuzis, sendo um deles o preferido da loira, e um arco com flechas explosivas em um material todo preto e reluzente. Ela se encarregou da bolsa com as armas de fogo enquanto fletcher segurava o arco, em meio a confusão eles observaram o galpão, era provavelmente o maior dos galpões, no estilo clássico grande e espaçoso, geralmente usado para armazenamento ou produção, as paredes metálicas ultrapassavam muito provavelmente sete metros de altura, e com certeza ele possuía muito mais que uns 50 metros de largura, pequenas janelas bem ao topo podiam ser observadas, mas elas estavam fechadas, uma porta grande bem no meio ao centro estava aberta, mas era visível que tinha uma parede atrás dela, e dois homens pareciam circular entre estarem do lado de dentro e estarem do lado de fora, analisando isso Love e Fletcher se entre olharam e então começaram a conversar baixo:

-Você já assistiu Thor 3 Fletcher? O filme da Marvel? - Disse Love.

-Sim, você está pensando em fazer o "ajuda aqui?" - Perguntou o garoto.

-Exatamente, vou esconder a pistola na cintura, você me corta com uma das suas flechas e fingimos que me machuquei, quando um deles for me olhar, eu atiro nele e você atira no que vier atrás - Disse a loira com um sorriso no rosto.

-Eu tinha pensado no mesmo - Respondeu ele sorrindo.

Então Fletcher retirou uma de suas flechas e com a ponta metálica que costumava ser usada para matar fez um corte na pele de Love um risco reto e longo o suficiente para que o sangue espalhasse para seu uniforme de forma visível, a dor na pele era terrível, o arder e o sangue escorrendo eram um pouco mais profundos do que eles haviam combinado, a mente da caçadora por alguns instantes se questionou se o aliado tinha algum tipo de ressentimento contra ela, mas sabia que em situações de nervosismo erros podiam ocorrer ainda mais para alguém jovem como ele. O rapaz então apoiou o corpo dela em seus ombros, e foi andando com ela até a entrada, ela fingia mancar e ter dificuldade, o lado interno do galpão era bem diferente do esperado, o ar ali era pesado com o cheiro de óleo de motor e borracha de pneu, a iluminação é fraca, com apenas algumas luzes que mal iluminavam alguma coisa, foi quando avistou um dos homens, ele era alto, usava um tipo de uniforme provavelmente bem forte, de imediato Love gritou por ajuda se direcionando próxima ao inimigo, quando fez isso o mesmo se aproximou como quem iria tentar ver o que aconteceria, e em um piscar de olhos a caçadora pressionou o gatilho várias vezes, vezes o suficiente para o inimigo simplesmente cair no chão desmaiado, o segundo ouviu o tiro, pois apesar de terem silenciadores ainda era possível ouvir o barulho a distância em que eles estavam, o que foi o suficiente para Fletcher preparar a flecha e mirar, uma flecha explosiva que foi direto na cabeça daquele segurança explodindo a cabeça do homem, uma cena um pouco nojenta, mas eles haviam sido bem sucedidos.