Capítulo 32

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Daemon Targaryen

Caminhei até o quarto dela novamente, eu tava segurando uma bandeja de comida porque assim que ela acordar se ela precisava comer algo para poder recuperar as forças, destranquei a porta do quarto e entrei

Perto da cama coloquei a bandeja ali e fiquei do lado dela levando a mão até seu rosto, olhando ela dormir serenamente, apareceu um anjo e ela realmente era, essa era nossa diferença, a diferença entre o mal e o bom

- rhaenyra... acorde.. - daemon fiz carinho em seu rosto

Rhaenyra acordou e me olhou, ela se mexeu na cama e eu a segurei, ela fez uma cara de dor, eu feliz por ela ter acordado, deu um beijo na boca dela, e ela sorriu fraco, eu não estava preparado para agora que ela estava totalmente consciente conversar sobre a perda do filho mas eu precisava

-Daemon... o nosso bebê- Rhaenyra respirou fundo, seus olhos cheios de tristeza e dor.

-Come um pouquinho... depois conversamos sobre isso - falei, tentando manter minha voz firme enquanto segurava a bandeja de comida para ela. Rhaenyra concordou com a cabeça, aceitando a sugestão por enquanto, sabendo que a conversa difícil teria que acontecer

Rhaenyra comeu em silêncio, e eu fazia carinho em seus cabelos, tentando oferecer algum conforto, Ela parecia gostar do gesto, mas seus olhos estavam cheios de lágrimas que começaram a rolar pelo seu rosto

eu lutei para conter as minhas próprias lágrimas, mostrando força para ela, querendo transmitir que eu estava ali para ajudá-la, apesar de toda a dor que ambos estávamos enfrentando, o silêncio na sala era preenchido apenas pelo som  do choro dela, uma melodia triste

-Eu estava tão feliz... eu iria te contar hoje... afinal, o Viserys tinha aceitado... ele disse que... um herdeiro é uma benção - Rhaenyra falou entre lágrimas, sua voz embargada pela tristeza e pela perda

Quando ouvi isso, fiquei confuso, pois pelo que meu irmão tinha dito, ele não sabia sobre esse filho, muito menos teria mencionado que ele seria uma benção. Minha mente viajava por memórias de mais cedo, recordando os olhares enigmáticos de Viserys. A confusão se misturava com a preocupação, criando um turbilhão de pensamentos enquanto eu tentava entender a verdade por trás das palavras de Rhaenyra

- como viserys sabia? Oque? oque ele fez a seguir? - daemon perguntou com a voz trêmula

Minhas mãos cerraram-se em punhos involuntários. Uma fúria silenciosa pulsava em minhas veias enquanto eu processava

- ele disse que eu estava cansada e tinha que ir descansar.. então ele foi bom, e mandou um chá.. para eu descansar, foi uma atitude boa da parte dele.. tava feliz ele disse que estava contente pelos nosso filho - ela disse suspirando

O ar ao meu redor pareceu se transformar em chamas, alimentado por uma raiva tão intensa que nem mesmo os dragões de Valíria poderiam igualar. Minhas mãos tremiam com a intensidade dessa emoção avassaladora, e meu coração batia como um tambor selvagem, ecoando a fúria que queimava dentro de mim.

A traição, agora revelada em toda sua crueldade, se enraizava em um ato vil e sinistro. Meu próprio sangue, meu irmão, tinha orquestrado a perda do meu filho

Uma onda de puro ódio, como um tsunami de escuridão, engolfou minha mente. As palavras se perdiam na minha garganta, substituídas por um rugido primal, um som que era uma mistura de dor, raiva e desespero.

Cada respiração era como fogo, inflamando meu peito, enquanto eu tentava conter a tempestade dentro de mim. Mas era inútil. A traição, a perda, tudo se misturou em uma dança de destruição

Minha visão se tornou turva com um vermelho intenso, e meu punho encontrou seu caminho até a parede mais próxima, deixando marcas profundas na pedra como testemunho da minha fúria incontrolável.

A imagem de Elara, indefesa e traída, dançava diante dos meus olhos. Ela, a mulher que eu amava mais do que a própria vida, tinha sido vítima de uma conspiração tão monstruosa que a mente humana mal podia conceber. E meu irmão, meu próprio sangue, era o arquiteto dessa tragédia.

O rugido  se transformou em palavras, gritadas com uma intensidade que poderia fazer os deuses tremerem, viserys pagará por isso

Cada gota de dor que ela sofreu será multiplicada e devolvida a ele mil vezes pior, eu farei com que ele conheça a verdadeira definição do sofrimento, uma dor tão profunda que fará seus gritos ecoarem pelos corredores do inferno

Me aproximei de Rhaenyra e dei um beijo suave em seus lábios, segurando suas mãos com cuidado, apesar da raiva que fervia dentro de mim. Olhei nos olhos dela, percebendo o medo que se refletia neles. Tentei forçar uma calma, transmitindo com meu olhar e toque que, apesar da fúria que sentia, ela estava segura ao meu lado. Queria ser o porto seguro que ela precisava, mesmo no meio da tempestade que nos cercava

- alguém ousou fazer algo tão cruel com você Rhaenyra? E mais importante, quem mais estava ciente da gravidez? - perguntei, minha voz tingida com a raiva que fervia dentro de mim, porém tentando manter a calma para passar para ela

-Daemon... porque está tão bravo? E comigo.. por eu ter perdido ou não contado? - rhaenyra pergunta, meio nervosa tentou entender a emoções, seu olhar inocente buscando uma explicação para a intensidade da minha raiva dele

- diga.. só me responda, alguém mais sabia? Ou fez algo que a magoou? - perguntou daemon tentando ficar calmo

- bom.. nelyssa sabia.. ela né humilhou, e entramos em uma briga, ela me derrubou..daemon ela rasgou as roupinhas que eu fiz com tanto carinho.. chamou nosso bebê de bastardo - disse lembrando do momento e uma lágrima caiu do seu rosto

Minhas mãos tremiam de raiva enquanto eu descobria o que Nelyssa havia feito, Cada detalhe, cada ato cruel, acendia a fúria dentro de mim, uma chama ardente de desejo de vingança

A imagem de Rhaenyra sendo humilhada, as roupinhas do nosso bebê rasgadas, tudo isso formava um turbilhão de emoções, transformando a raiva em um desejo incontrolável de justiça.

Minha mandíbula estava cerrada, meus punhos apertados, e um olhar gelado de determinação ardia em meus olhos. A fúria me consumia, alimentando a resolução de fazer todos os que a tinham machucado pagarem pelo que fizeram

Cada pensamento de vingança era como um trovão ressoando em minha mente, ecoando a promessa silenciosa de que ninguém mais se atreveria a tocar em Rhaenyra sem enfrentar a minha ira implacável

Com uma obsessão ardente por Rhaenyra, me aproximei dela e a beijei com uma paixão, como se buscasse fundir nossas almas em um único momento. O beijo foi repleto de desejo e adoração, como se eu estivesse tentando provar a mim mesmo que ela era minha, e ninguém mais poderia tê-la.

Em seguida, a abracei com uma intensidade que beirava a possessividade, como se estivesse determinado a mantê-la a salvo, protegendo-a de qualquer ameaça. Meus braços a envolveram com força, como se ela fosse minha posse mais preciosa

- eles pagaram querida... Quem ousou fazer mal a você vida... vai pagar! - murmurei com uma determinação feroz

Com um último olhar apaixonado, saí do quarto com uma fúria latente em meu interior, determinado a eliminar qualquer ameaça que ousasse se aproximar de Rhaenyra

Além de vingar Rhaenyra, eu estava determinado a vingar nosso filho, cuja vida fora cruelmente interrompida antes mesmo de começar. Minha raiva era direcionada não apenas para aqueles que haviam machucado Rhaenyra, mas também para meu próprio irmão, cuja traição e crueldade não seriam esquecidas. A vingança se tornou uma força motriz, alimentada pela necessidade de justiça para ambos, e eu estava disposto a ir até o fim do mundo para garantir que pagassem por suas traições

Estamos chegando nas 1k de estrelinhas obrigado gente realmente! Essa fanfic esteva sendo a pior que eu tinha lançado e com uns ajustes ela cresceu!

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Obrigado!

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