Capítulo 9: Entre a Memória e a Dor

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A atmosfera no galpão é tensa, carregada com a agonia de André, a presença misteriosa nas sombras e a incerteza do que virá a seguir.

A voz distorcida ecoa novamente, a mesma pergunta repetida: "Vocês se lembram do dia 15 de agosto de 2013?" No entanto, as mentes de André, Sofia, Lucas e Rodrigo permanecem em branco, incapazes de recuperar as memórias que parecem estar trancadas em algum recanto obscuro de seus cérebros.

A frustração da voz distorcida é palpável, e a figura misteriosa parece perder a paciência. Em um movimento rápido e violento, um facão é empunhado e pressionado contra a perna de Sofia.

O grito de agonia rasga o ar, ecoando no galpão enquanto Sofia se contorce de dor. O sangue se mistura com o chão frio, uma visão aterradora que aumenta ainda mais o terror que envolve o grupo.

— Por favor! Parem com isso! — suplica André, sua voz carregada de desespero.

A figura misteriosa permanece implacável, sua presença aterradora não deixa espaço para negociação.

Sofia luta para manter a compostura, a dor se tornando uma torrente avassaladora. Ela encara a figura mascarada com olhos cheios de desafio, recusando-se a ceder à ameaça.

E assim, no meio dessa provação, o grupo se encontra em um estado de desespero e determinação.

O vídeo é projetado em uma tela improvisada, mostrando um momento doloroso do passado. Laura está ali, vulnerável, enquanto é humilhada diante de todos. A cena é angustiante, cada risada e zombaria ecoando no galpão como um eco de crueldade.

André, Sofia, Lucas e Rodrigo assistem em horror, o impacto da cena reverberando em suas almas. Eles sentem a injustiça e a dor, mas a lembrança dessa situação parece estar trancada em algum canto obscuro de suas mentes.

— Isso... isso não pode ser real. Não me lembro disso. Não é possível... — murmura Sofia, sua voz vacilante.

Lucas franze a testa, a incredulidade pintada em seus olhos.

— Não me lembro disso. Isso não pode ser verdade.

A figura misteriosa observa a reação dos quatro amigos, sua presença silenciosa e aterradora. O vídeo continua, as cenas de humilhação se desdobrando diante deles.

A sensação de impotência é avassaladora. Eles estão confrontados com um passado que parece estranhamente desconexo de suas próprias memórias. A dúvida e o desespero se entrelaçam, criando uma teia de angústia.

O galpão se enche com os gritos de agonia de Rodrigo, ecoando como um lamento de desespero. O mascarado, impiedoso, continua a arrancar suas unhas, uma a uma, como se estivesse extraindo a própria essência de sua alma.

— Parem, por favor! Eu... eu não me lembro! — roga Rodrigo, sua voz rompida pela dor, lágrimas misturando-se ao sangue.

Cada negação só parece intensificar a brutalidade do mascarado. A cada resposta que não é a que ele espera, uma nova unha é arrancada, a agonia se prolongando.

O sangue escorre como uma torrente, pintando o chão de vermelho. Rodrigo luta para manter a lucidez, sua mente uma tempestade de desespero e horror.

André, Sofia e Lucas observam a cena, seus rostos contorcidos pela impotência. Eles estão presos em um pesadelo do qual não podem acordar, testemunhas de um tormento inimaginável.

A figura mascarada permanece implacável, sua determinação não vacila. A sala é preenchida com o som macabro das unhas sendo arrancadas, uma sinfonia de sofrimento.

E assim, no centro dessa tortura infernal, o grupo se encontra em um estado de desespero e horror.

A agonia no galpão é palpável, uma mistura de gritos, gemidos e soluços de dor ecoando pelas paredes. Rodrigo, com as mãos dilaceradas, luta para conter os gritos, seu corpo tremendo de dor.

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