IV | Pote Misterioso

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O sol parcialmente escondido pelas nuvens sombrias e pesadas faziam com que a atmosfera se tornasse escura

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O sol parcialmente escondido pelas nuvens sombrias e pesadas faziam com que a atmosfera se tornasse escura. As gotas de água caíam levemente do céu, mas colidindo de maneira bruta em uma pequena parte da minha pele que estava nua. Os ventos gélidos quando encontrava meu corpo, geravam-me ondas de arrepios constantes.

As ruas agitadas da vala profunda de Virgyl que nomeio pelo mais famoso nome "inferno" me causavam dor de cabeça pela zoada de dezenas de pessoas falando ao mesmo tempo.

Geralmente nunca saio da minha zona de conforto, mas cá estou eu andando pelas feiras em busca de potes encantadores para a minha mais nova poção para acabar com Ophellia. Se essa der errado eu prometo que me mato e me culparei eternamente no quinto dos infernos.

Vários olhares curiosos estavam postos em mim como se eu fosse uma obra de arte ou uma pedra valiosa que estava rondando aleatoriamente pelas calçadas invisivelmente calçadas. É impossível distinguir o que é calçada e o que é a pista aqui embaixo.

Empurro a porta de madeira velha, soando em meus ouvidos um barulho de sino sinalizando que algum cliente havia chego na loja.

- Morgana! Quanto tempo! - Hector abre um enorme sorriso, mostrando os seus dentes surpreendentemente perfeitos detrás do balcão.

Anos se passam e ele está sempre o habitual: camisa branca de botão, uma calça bege um pouco folgada - ou está folgada de tanto que é velha - e seus sapatos da epóca de Cristo.

- Hector! - caminho até o balcão. - Como vai?

- Estou bem. Nunca mais a vi por aqui! Por acaso esqueceu de mim?

- Ah! Não, não! Não tem como esquecer de você. Aliás, você é o único que me vende e eu realmente pago, então... - pigarreei.

Hector solta uma gargalhada, animado em me ver.

- O que te trás aqui? - Hector arqueia as sobrancelhas, curioso.

- Quero um pote. - varro meus olhos pelas prateleiras repletas de objetos diferenciados. - Um pote vermelho. - especifico, apontando para o pote que está atrás do homem.

Hector se vira para alcançar o pote da última prateleira que me chamou a atenção.

- Quem é o alvo da vez? - ele indaga, colocando o pote em uma sacola de pano acinzentada.

- Ninguém importante. - rebato, apoiando os meus cotovelos no balcão na espera da minha compra.

Escuto ele respirar fundo, como se lembranças da minha fase rebelde e destemida houvesse lhe afetado.

- Tenha piedade, Morgana. - ele alerta, me entregando a sacola.

- Não é o meu forte, sabe? - brinco indo em direção ao lado de fora.

- É claro que não é. - ele sorri e me permito vê-lo sorrir pela última vez antes de sair completamente de sua loja.

[ † ]

Adelina | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora