II | Misto De Sensações

11.2K 1.1K 1.1K
                                    

"Tudo sobre você me dá arrepios, e eu nem te conheço

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Tudo sobre você me dá arrepios, e eu nem te conheço. "

O ambiente aos poucos se acalmava ao passar dos minutos. O salão era preenchido somente por alguns parentes e umas pessoas que meu cérebro não recordava muito bem.

O cômodo enorme já estava quase vazio, com pessoas indo para lá e para cá pegando seus pertences para finalmente irem embora.

As canções de jazz e clássicas foram encerradas já alguns minutos atrás quando o meu pai deu um ponto final para a festa e senti que sim, foi um aniversário e tanto!

Meus olhos forçavam fechar e meu corpo já estava mole por causa do sono em excesso.

Esfrego o meu olho esquerdo com cautela para não estragar a maquiagem que foi se apagando ao rodar do baile.

- Pai. - Chamei a sua atenção tocando em seus braços firmes e esticados. - Estou indo dormir. - Bocejo, pôndo a mão na boca antes de cumprir a ação.

- Vá, querida. Eu irei acompanhar os poucos convidados até a porta e vou dormir depois. - Explicou ele, se virando para mim.

Roberts olhou para os fiapos soltos de cabelo no topo de minha cabeça e em seguida pairou seu olhar sobre meus olhos.

- Feliz aniversário mais uma vez, minha filha. Estou extremamente orgulhoso de você. - Seus olhos insistiam marejar enquanto pousava sua mão em cima da minha cabeça, bagunçando os fios que nem por uma salvação se safariam de seu carinho extravagante. Vamos chamar o meu pai de bebê chorão.

Sorrio sem mostrar os dentes.

- Agora vá dormir. Boa noite. - Ele dispensou, tirando suas mãos de mim e voltando para a famíla.

Subo as escadas e adentro o meu quarto escuro, tomado completamente pela noite.

Me sento na beira da cama e me livro rapidamente dos sapatos que machucavam um pouco meus pés. Esfreguei a traseira do meu pé, em busca de alívio e relaxamento no mesmo.

Levanto-me da poltrona indo em rumo ao banheiro e deixando meu corpo tomar o controle da situação.

Eu estava em frente ao espelho, olhando o meu reflexo invertido no vidro.

Deslizo a ponta dos dedos no colar de safira que aquela mulher que eu nem ao menos sei seu nome me deu. Ele foi o primeiro presente a ser usado por mim e que eu realmente fiz questão de usar. Até mesmo o presente de meu pai não foi tão especial quanto... Esse.

Não entendia o que exatamente me causou essa vontade de tanto usá-lo. O colar em si não tinha nada demais, portanto, uma voz dentro de mim clamava para que eu o usasse logo.

Logo me perdi no abismo daquelas pedras delicadas e em cada detalhe prata muito bem trabalhada. Parecia que a mulher misteriosa havia o comprado no céu e me trouxe.

Adelina | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora