XXVIII | Deixar o mundo queimar

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Eu apenas não posso deixar que você vá
Eu deixaria o mundo queimar por você
...
Assistindo tudo isso cair em chamas
Medo nos olhos deles
Cinzas chovendo do céu laranja-sangue
Eu deixarei todo mundo saber que você é minha.
LET THE WORLD BURN - Chris Grey

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CAPÍTULO 28

─ D E I X A R  O   M U N D O   Q U E I M A R

─ Descobrimos infiltrados de Virgyl. Esses humanos são astutos o suficiente para nos enganar a qualquer momento. Encontramos quatro deles nas redondezas, disfarçados como dois cozinheiros indefesos e dois soldados de batalha. Estamos quietos demais. Precisamos enviar um aviso poderoso para Virgyl, vossa majestade. ─ O alto cavaleiro de pele negra olhava para mim em uma grande distância cuja sala de reuniões concedia. 

─ O que sugere que façamos? Ficarmos quietos não é uma opção, vossa majestade. ─ Um outro cavaleiro que permanecia ao lado dos dezoito cavaleiros cruciais disse, com uma postura observadora, que parecia desdenhar cada movimento pensativo que eu fazia.

─ Posso dar uma sugestão, vossa majestade? ─ O cavaleiro de cabelo loiro, se curvou em minha direção, perguntando.

─ Prossiga. ─ Acenei com a mão.

O homem, que mais parecia um garoto perdido em meio neste alto palácio, pigarreou antes que seguisse:

─ Virgyl quer nos desafiar, mas um silêncio primordial será, sem dúvidas, uma decisão incrivelmente acertada. Manteremos nossas ações em segredo, conduzindo todas as estratégias e movimentos da batalha às escondidas. Dessa forma, surpreenderemos nossos inimigos quando menos esperarem. Faremos da mesma forma que Seraffim fazia no seu reinado.

O pronunciamento do homem pareceu irritar o cavaleiro ao lado, o que resultou em uma leve cotovelada no braço esquerdo do rapaz.

─ A ação que sugeriu é de longe a melhor opção. Ficarmos calados darão a entender que estamos fracos, além de que fraco e Drakória são palavras completamente opostas. Não ficaremos quietos, um guarda enfeitiçado levando três cabeças de guardas para o jantar. ─ Cruzei minhas pernas, meus braços confortavelmente apoiados nas braceiras da poltrona real. A sala estava silenciosa, exceto pelo crepitar das tochas nas paredes. Meus olhos percorreram os rostos de meus cavaleiros, um por um, certificando-me de que cada um deles entendia a seriedade de nossa missão.

Adelina | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora