Elis Cardoso é uma investigadora da polícia que viu sua vida mudar totalmente em apenas um ano com a morte de sua irmã mais velha.
Agora Elis tenta criar a sobrinha junto de sua irmã mais nova, e após uma mudança de prédio e uma ligação de madrugada...
Capítulo três:Investigando ainda mais (França não é tão ruim quanto parece, talvez um pouco pior)
"Há um lugar onde a luz não irá te encontrar Dando as mãos enquanto as paredes desmoronam Quando isso acontecer, estaria bem atrás de você - everybody wants to rule the world"
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Elis
A delegacia tá bem caótica, só não mais do que a minha cabeça.
Se eu fugi do França? Me poupe né.
obviamente sim.
Se França sabe quem é a minha mãe, ele sabem quem é o meu pai, e isso me preocupa.
Eu realmente não esperava que França reconhecesse meu sobrenome, o identificasse a minha família daquela forma.
E bem, agora ele tá sabendo.
A delegacia tá movimentada hoje, denúncias, investigações, e muita gente andando e falando ao mesmo tempo.
E você pensa que eu tenho um minuto de paz? Não.
Tem exatos 43 minutos que Roberto, um velho fudido de 56 anos de idade tá me enchendo e tentando falar comigo, enquanto eu ignoro completamente.
Roberto, casado á 33 anos, 4 filhos, o homem da família tradicional brasileira que tem 5 amantes e mais uns 3 filhos fora do casamento.
Respiro fundo tentando manter meu emprego até que ouço uma voz de fundo me chamando.
-Docinho!
Eu realmente queria levantar a mão pro céu pra Deus me levar, porque não era possível uma situação dessas. Eu não digo que odeio França, talvez um pouco porque sua presença me.incomoda, eu não sei a razão mas me incomoda.
França sabe sobre a minha família, o pelo menos a parte mais conturbada dela, e isso é a minha preocupação.
- França.- respondo sem nenhuma emoção quando vejo a figura próxima de minha mesa interrompendo qualquer conclusão de assunto que Roberto pudesse ter.
França mantinha suas expressões faciais mesmo com a cegueira, seu rosto trazia um leve carranca de preocupação, porém seus lábios levemente rachados possuíam um sorriso sarcástico que mostrava algumas linhas de expressão que seu óculos escuros não conseguia esconder, sua barba grisalha bem cuidada e seu cabelo cabelo não tão bem cortado traziam um adorno á ele, seu cabelo parece tão macio que me deu uma leve vontade de tocá-lo.
-Nelson França?- questiona Roberto parecendo no mínimo, surpreso- então você é o Nelson França né? Lembra de mim?
-Não, não lembro- a voz de França gotejava sarcasmo- agora com licença...?
