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Satoru estava frustrado e confuso.
Desde aquela noite você não havia falado com ele e o evitava. Sua despedida, no geral, foi estranha e um pouco vergonhosa. Duas coisas na qual Satoru não queria que você sentisse.
Ele queria que você se sentisse bem e, por um momento, achou que tinha conseguido, mas você escapou dele no minuto seguinte.
Sim, o sexo foi desleixado e rápido. Ambos estavam desesperados por qualquer contato que pudesse satisfazer suas necessidades e Satoru queria lhe dar aquilo.
Satoru ainda se lembra das últimas palavras que disse. Obrigada. Você sorriu gentilmente, mas era um daqueles sorrisos forçados que daria a um estranho após pisar esbarrar nele sem querer. Satoru não queria aquele sorriso e também não queria ser apenas um estranho para você.
No dia seguinte, Satoru foi atrás de você. Sem sucesso. Você passou o dia inteiro no trabalho. Ele fez isso nos próximos dias, esperando por você na porta do seu apartamento ou que você mandasse alguma mensagem ou que respondesse as dele. Nada. Era como se você nem ao menos existisse.
Ele desejou você. Pensou muito em você. A maneira como você o tocou e o encaixou dentro de si. E como o beijou e deixou que ficasse no controle. Satoru decidiu fazer algo com respeito. Na próxima vez que se encontrassem, ele era quem ficaria por cima e, assim, você não teria motivos para evitá-lo.
Não . Aquilo era uma loucura. Por que ele foi obcecado por alguém que só conhecia há alguns dias?. Afinal, Satoru já havia estado com muitas pessoas e nenhuma delas acendeu aquela curiosidade dentro dele. O desejo de tê-la só mais uma vez, ou, quem sabe, mais vezes.
Não poderia ser. Satoru ri de seu próprio pensamento ridículo. Você tinha alguma coisa parecida. Louco por você. Pelo seu corpo. Seu belo corpo. E por que você estava o ignorando?. Não. Aquilo não poderia acontecer. Tinha que fazer algo a respeito. Tinha que cuidar dele. Cuidar daquele desastre que você o tornou.
