Quem é você?

117 17 29
                                    

- 𝐌𝐈𝐃𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓; 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟗

OLIVIA COOPER

O vento estava mais forte e o céu estava nublado, mesmo assim eu ainda conseguia ver os pontinhos brilhantes naquele céu escuro. Fui até a beirada do terraço, e apoiei os meus braços no corrimão. Aqui de cima a única coisa que eu escutava eram os sons que os bixos faziam, aquela música alta já estava me cansando.. na verdade, acho que toda a minha bateria social foi embora desde ontem.

Queria poder ser uma estrela, assim eu seria especial alguma vez na vida. Desse jeito eu teria algo de especial, eu seria notada.. mas, no final das contas acaba que vale a pena estar viva.

Enquanto eu encarava o céu, comecei a me sentir estranha.. olhei para baixo e meus olhos ficaram embaçados, aquela bebida tinha alguma coisa

Cheguei para trás, me afastando do corrimão já que eu estava com medo de cair. Quando eu tentei dar mais um passo para trás, acabei tropeçando em meu próprio pé, mas antes que eu pudesse cair, alguém me segurou.

— De nada — Escutei aquela voz familiar.. Me levantei e me recompus. Me virei e olhei para a pessoa que tinha me segurado. Era ele mais uma vez, Mason.

— Oque você tá fazendo aqui? — Digo tentando deixar meus olhos abertos

— Não importa, você tá com um cheiro de álcool horrível, e tá morrendo de sono — Ele diz cruzando seus braços

— Álcool? Você tá louco? — Digo julgando ele pelo olhar — Já te falei para me deixar em paz, você não cansa? — Digo fechando os olhos. Ele tinha razão, eu nunca me senti tão boba e sonolenta como Agora

— Discutimos isso depois, impossível conversar com você desse jeito — Ele diz se aproximando e pegando no meu pulso, porém eu me afasto, tirando brutalmente sua mão do meu pulso

— Não me toca — Digo quase caindo novamente, porém consegui me equilibrar — Já te disse pra você sair da minha vida, chega, eu não aguento mais isso. Eu já tenho que aguentar meus pais dentro de casa, agora também tenho que fugir de vários caras querendo me matar — Quando percebi eu tinha começado a chorar, não acredito que eu estava tão sensível desse jeito, realmente eu estava totalmente bêbada

— Não acredito que você está chorando na minha frente de novo — Falou impaciente, se aproximando de mim, eu já não sabia mais oque estava dizendo.

— Eu odeio tudo isso! Eu queria ser amada pelos meus pais — Digo entre choros.

— Tá bom, agora chega, vamos para casa, anda logo — Ele diz se aproximando e me puxando para perto dele.

— Não, não quero ir para casa — Faço birra. O garoto bufa

— Então, vamos fugir

— Tanto faz — Apenas me joguei em cima de Mason. Eu já não tinha nenhuma coordenação motora, apenas queria dormir e chorar. Nunca estive bêbada, foi uma má experiência, não acredito que quem está me ajudando é Mason, um criminoso.

Mason me segurou enquanto eu encostava a cabeça no seu peito. A única coisa que me lembrei foi ele me pegando em seu colo e me levando até um carro desconhecido

— Não acredito que eu tô fazendo isso.. — Escuto ele murmurando enquanto me colocava dentro do carro.

Mason dirigiu até um local e quando percebi eu já tinha adormecido. Ao acordar, percebi que a ventania estava mais forte. Estávamos dentro do carro, Mason estava sentado no mesmo banco que eu na ponta do banco tirando minha sandália do meu pé enquanto a porta do carro estava aberta. A gente estava em frente a praia.

𝐌𝐈𝐃𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓.Onde histórias criam vida. Descubra agora