Capítulo 2

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Narrador

Lili caminhava pelas ruas voltando do seu trabalho, ela escutava música, para chegar mais rápido em casa, lili pegou um atalho, caminhou em direção ao beco, com a mente cheia de problemas por causa do trabalho, ela suspirou enquanto andava

Em um beco ela caminhou e de longe viu uma coisa se mexendo,  andou com cuidado se aproximando, viu o homem alto uniformizado deitado no chão sangrando, parecendo estar muito mal, nesse momento ela sentiu seu coração apertar

Lili viu ser um soldado enorme com uma máscara de caveira, ela se assustou um pouquinho, mas tirou os fones e escutou o gemido de dor e logo ficou com pena

-senhor soldado... Tudo bem? - ela perguntou nervosa vendo seus machucados

Ghost olhou para ela quase inconsciente, ele a olhou vendo o uniforme de garçonete e a cara dela que parecia preocupada, ele quase não conseguia responder, só caiu uma lágrima de seu olho, seus grunhidos de dor eram fortes, Ghost, apesar da intensa dor que o consumia, fixou seus olhos nos dela com determinação

Então lili se aproximou e ficou de joelhos no chão ao lado dele e viu que sangue saia em qualquer parte do uniforme que ela tocasse

-onh meu deus...  - Lili diz com uma carinha de preocupada

Sem saber que fazer ela olhou para ele, não sabia onde tocar, pois tinha medo de machucar, respirou fundo, após isso ela sabia que não podia deixar ele ali, ele iria morrer se não tivesse ajuda, viu que ghost tentou se mexer e não consegui

-N- não se envolva nis-so...não sabe on.de está se metendo -ele disse com voz áspera, sua respiração ofegante dando um grunhido

-Deixe-me aliviar um pouco da sua dor, você não precisa enfrentar tudo sozinho.. - lili disse nervosa

Ela tentou levantar o homem, mas não conseguiu ele era um soldado de 1,85 de altura ela não conseguiria, ghost olhou o tempo todo ele não conseguia se mover, ficou olhando nos olhos dela, vendo a bondade neles, Lili fez a máximo de força que pode e conseguiu o levantar, sua roupa de garçonete já estava toda suja de sangue

Caminhando com ele, Lili o arrastou com determinação enquanto ele lutava para se manter consciente e ajudar no esforço. Apesar de sua condição quase inconsciente, Ghost tentava colaborar, fazendo o máximo possível para facilitar

Sem forças, Lili chegou em casa e o levou até seu quarto, ela sabia, estava sendo louca de colocar um homem em sua casa, mas ela não poderia deixá-lo morrer como um animal na beira da estrada

A casa dela era bem humilde, mal tinha reboco nas paredes, os móveis eram velhos, mas era tudo muito arrumado, a simplicidade não a fazia infeliz, mesmo com recursos limitados, ela era capaz de oferecer cuidado e hospitalidade com um coração generoso.

Colocou ele em sua cama deitado, após isso ela se sentou para descansar, Lili respirava pesadamente, enquanto ela recuperava o fôlego, seus olhos encontraram os de Ghost, percebendo a tristeza escondida em seu olhar.

- esta muito machucado vou cuidar de você... -disse ela suavemente, sua voz carregada de gentileza, ghost parecia ter concordado com a cabeça

Começou a tirar a roupa dele com cuidado ela estava com medo que ghost pensasse que ela estava se aproveitando, então fez com o máximo de cuidado, tirou as roupas o deixando de cueca, Se assustou quando viu tudo o corpo machucado e sangrando com roxos por toda parte, machucados pequenos, mas sanguentos, ele tinha um físico incrível mesmo

- oque fizeram com você soldado? - ela perguntou preocupada sabendo até ele não iria responder por agora

Ghost lançou um olhar sombrio, Lili caminhou até a cozinha e encheu um balde de água e pegou um pano, colocou o balde em cima do bidê do lado da cama, molhou o pano e começou a passar pelo corpo dele limpando o sangue acumulado, ela tinha pena, às vezes ela passava em um lugar e ghost gemia de dor, o gemido dele era rouco e grosso

- desculpe... - falou e respirou fundo

Voltou a limpar o pano e passar novamente, quando ela limpou tudo, passou pomada em seus machucados e colocou os seus curativos rosa nos machucados dele, ghost balançava a cabeça de um lado para o outro por conta da dor, percebendo a dor ela parava um pouco, limpou suas costas colocou curativos também, Cada gesto cuidadoso de Lili, cada curativo aplicado e palavra de consolo, era recebido com uma mistura de surpresa, ghost mão estava acostumado ser cuidado,

-Não precisa se incomodar - rosnou Ghost, sua voz áspera

Lili escutou pela primeira vez aquela voz grossa responder, ela sorriu fraco, pois ele conseguiu responder, Lili manteve seu olhar nele, sem se deixar intimidar pela grosseria de Ghost

-Bem, você não está sozinho agora. Vou cuidar de você, quer goste ou não. Todo mundo precisa de ajuda às vezes, mesmo os mais durões... - falou calma e sorriu fraco

Apesar de sua relutância, a tensão nos ombros de Ghost começou a ceder lentamente. Ele ainda mantinha uma expressão de desconfiança, mas havia algo nos olhos de Lili que o fazia reconsiderar. Talvez, apenas talvez, ele começasse a entender que a aceitação da ajuda não era um sinal de fraqueza, mas sim um ato de coragem em si mesmo

Lili se aproximou, pegando o paninho com cuidado com suas mãos, Lili levou com cuidado em direção à máscara de Ghost. Ele engoliu em seco, seus olhos implorando para que ela não continuasse.

- n-não quero te assustar - disse sua voz carregada de dor, e grossa como se usasse efeito

Ele não queria, ofuscar sua afeição por baixo da máscara, odiava seu rosto, não queria

Ela tirou a máscara lentamente, encontrando o rosto de Ghost marcado pelas cicatrizes. Ele fechou os olhos, quando finalmente viu o rosto de Ghost sem a proteção da máscara, Lili ficou momentaneamente sem palavras. Apesar das cicatrizes, sua beleza transparecia de uma maneira única e poderosa, Ela encontrou coragem para sorrir de volta para ele, seus olhos capturando toda a essência da pessoa incrível que estava à sua frente

-Você é lindo... -  disse ela com sinceridade, sua voz suave como um sussurro de confiança

Era difícil para ele aceitar a ideia de que alguém poderia ser tão genuinamente bom, mas a presença de Lili o convenceu de que talvez, apenas talvez, essa bondade fosse real, Seu olhar vagou pelo rosto de Lili, procurando sinais de falsidade, mas encontrou apenas sinceridade

Ela segurou o rosto de Ghost com cuidado, os olhos deles se encontravam, Lili viu os olhos dele cheio de lágrimas, por ela ter tirado a máscara, ela fez carinho em seu rosto bem leve, com movimentos suaves, ela passou o pano em seu rosto, removendo o sangue e revelando as cicatrizes antigas que marcavam sua pele. Enquanto ela trabalhava, Ghost permanecia imóvel, seus olhos fixos nos dela

Lili se afastou, puxou o cobertor e o tapou, O corpo de Ghost relaxou e ele fechou os olhos por um momento, permitindo-se sentir um breve alívio

- descanse... Vou fazer uma sopa... - Lili disse saindo do quarto

Ele não querendo ajuda... Ela vai amolecer o coração de pedra dele!

❤️❤️

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Ajuda fatal - Ghost Simon rileyOnde histórias criam vida. Descubra agora