Ajuda fatal - Ghost Simon riley

Capítulo 20

Narrador

Ghost estava na cozinha, estava tentando fazer uma sopa com as poucas coisas que ela tinha na geladeira, mesmo Lili estando no quarto, ele escutou os choros dela da cozinha, respirou fundo e continuou preparando a comida, ghost não parava de pensar como ele era culpado por tudo o que aconteceu com ela, ghost encostou às duas mãos na bancada e olhou para baixo

- Lili venha comer - ghost chamou alto e calmo

Colocou os pratos na mesa e escutou choros diminuir, ela demorou para dar sinais, quando ia se virar para a buscar, escutou passos e olhou para trás, viu Lili, ela estava com a sua máscara no rosto, Ele olhou para ela e sentiu a dor no peito

Lili tinha se tornado ele, com vergonha do seu próprio rosto, ela caminhou devagarinho até a mesa e se sentou, ghost observou, olhando nos olhos dela vendo aqueles pequenos olhos vermelhos de choro

Sentou na frente dela, na mesa, ele serviu o prato dela em completo silêncio, colocando bastante comida, pois, queria que ela se alimentasse direito, Lili olha com indiferença para o prato

- coma tudo - falou no tom da sua voz normal, se outra pessoa que não entendesse ele e escutasse, parecia que ele estava sendo grosso, mas ela entendia que ele estava sendo carinhoso em vez de grosso

- não estou com fome... - Lili disse empurrando o prato

Olhou para Lili e respirou fundo empurrando o prato para mais perto dela novamente, ele podia ver que ela estava quebrada, podia ver que Lili estava sofrendo e não dizia nada a ele, ghost queria poder ajudar de alguma forma

- Coma.. por favor tire a máscara sweetheart - ghost disse tentando ser mais gentil, mas sem sucesso

Ela olhou para o prato e levou a mão até a colher, Lili subiu um pouco a máscara e tomou um pouquinho da sopa,  Ghost viu Lili comendo e sorriu fraco

- coma tudo e quando terminarmos vamos fazer algo interessante - sorriu para ela

Escutando isso ela começou a comer a comida um pouco mais firme, a verdade era que Lili não queria se entregar para a dor, por mais que não sentisse vontade de fazer nada, ela não queria parecer frágil, porque na mente dela, ele não gostava disso

Após o almoço ghost caminhou até o sofá, se sentou colocando os pés em cima sofá, Lili em pé na sala o olhando pareceu curiosa, Ghost bateu com sua mão na perna dele,  meio que chamando Lili para se aproximar

Ela caminhou até Ghost e hesitou um pouco de ir para o colo dele, porém sentou no colo de Ghost, passou a mão pela cintura dela a puxando para mais perto com cuidado, sentiu os braços grandes e fortes dele a segurando, o frio na barriga e a tensão não era pouca

O mais velho pegou o livro segurando com uma mão e colocando na frente dos dois, Lili e ghost estavam deitados no sofá, lendo juntinhos, Lili lia baixinho para os dois, ghost levou a mão disponível até a cabeça dela e tentou tirar a máscara para fazer carinho nos cabelos dela, mas Lili não deixou, então ghost respirou fundo e fez carinho na cabeça dela, Lili adorava aquele carinho, ficaram pelo resto do dia lendo deitados no sofá, esquecendo dos problemas em volta

Um dia depois

Ghost estava na sala com máscaras na sua frente, ele lembrava que quando se conheceram ela tinha medo da máscara dele, então resolveu fazer uma melhor para ela, ele odiava o fato dela usar máscaras, pois achava ela perfeita, mas ele não brincaria com a insegurança dela e a obrigaria tirar a máscara, até porque ela nunca fez isso com ele

Havia pintado suas máscaras pretas, havia feito florzinhas na máscara, florzinha essas que eram mal feitas, porém com muito carinho, desenhou na máscara como se fosse um coelho, ele realmente não sabia se aquilo parecia um pouco infantil, mas era que ele queria fazer uma coisa contrária a caveira

A visão de um homem com quase 2 m de altura pintando máscaras com florzinhas era realmente engraçada, mas a história por trás daquela máscara era a coisa mais adulta que existia, a humanidade nele era a coisa mais bonita que existia, entenderem que nem tudo que é fofo é infantil, e sim que pessoas puras existem até no meio da escuridão e na maturidade

Ghost foi até Lili e colocou as mãos em seu rosto a levando até a sala, ele estava realmente se esforçando para não ser bruto ou sério demais com ela, Lili percebia que ele tomava cuidado, ela gostava disso, porém a mais nova não tinha mínima ideia que ele se culpava por isso

- tenho surpresas para você! - respondeu sério

Estando curiosa, deu um sorriso fraquinho e tentou abrir um pouco do olho, mas ele não deixou, foi até às três máscaras que havia pintado e pegou na mão, caminhou até Lili novamente

-abra os olhos... - ghost respondeu ansioso

Olhou para ela e depois para a máscara vendo as flores tortas que ele tinha feito e que ele achou que tinha feito muito direitinho, Lili abriu os olhos e deu de cara com as máscaras em sua mão, os olhos dela imediatamente se encheram de lágrimas vendo as florzinhas mal feitas que ele tinha feito, e pareciam que tinham sido pisadas..., mas ela, percebeu que tinha sido com carinho, Lili abraçou ele com força derrubando as máscaras no chão

Um pouco chocado com a demonstração sentimento dela, ghost retribuiu o abraço e viu a felicidade dela

- você é o melhor! Eu te amo meu soldado! - Lili falou alto em seu colo

Escutaram um barulho na porta que tinha terminado com o momento deles, Lili, olhou para Ghost e fez uma carinha, ela não recebia visitas, pois não tinha ninguém que visitasse, Ghost soltou ela e foi até a porta, Lili pegou as máscaras e se sentou no sofá para as olhar direto

Chegando até a porta Ghost abriu e deu de cara com soap, ele ficou um pouco confuso de seu amigo estar ali, olhou para soap, que parecia chocado ao olhar para o rosto de Ghost, Afinal nunca tinha visto o rosto dele, e ghost nem lembrava que estava sem máscara

- soap? Precisa de algo? - ghost perguntou na porta

- irmão, oi... Posso conversar com você? - soap perguntou e olhou para dentro da casa

Ghost olhou para trás, viu Lili no sofá com as suas novas máscaras e virou para olhar para soap

Ahhh as florzinhas mal feitas que pareciam ser pisadas!! Onhhh cacete! 😓🥹😭

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