One of the Girls

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Verônica Torres
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O relógio marcava as 23:41, a boate estava relativamente cheia, Prata e seu marido estavam aqui... E bem, Anita Berlinger, minha superior.

Não sozinha, estava sempre acompanhada de uma mulher, na primeira noite que vi era uma ruiva,depois uma loira e em seguida uma morena.

Não a culpo, é uma mulher solteira, o problema é meu por me privar de outras pessoas e insistir somente em uma.

Penso em me aproximar, porém o medo toma conta. Sinto alguém tocar em meu ombro, era Prata.

— Por que você não vai falar com ela.   

— Diz sugestivo.

— Ela está bem melhor sem mim... — Olho para o lado e a vejo com outra mulher.

— Nunca saberá se não tentar, vocês duas são tão confusas. — Segura em meu queixo e levanta meu rosto.

— Eu que sou, fizemos um acordo de que era sem compromisso, mas me apeguei.

— Acho que tem sentimentos vindos de ambas as partes, já viu ela se envolvendo em algum relacionamento? Talvez seja medo de se machucar.

— É, talvez você esteja certo,Prata.

— Eu sempre estou certo minha amiga. — Brincou ele.  — Vou te deixar sozinha para pensar.

Prata estava certo em partes, porém se não fui procurada por que eu deveria procurar? Esse pensamento latejava minha mente, resolvi afastá-lo e beber mais um pouco.

Nunca fui fã de álcool, porém em certos momentos acabava sendo meu escape.

Olho para o relógio e está marcando 01:23, já estava meio alterada. Depois de terminar mais um copo, fui em busca de Prata e acabo esbarrando em alguém.

— Desculpa! — Falo, antes que eu prossiga meu caminho a pessoa me puxa.

— Achei que não gostasse de beber, escrivã. — Merda, era a Anita.

— E você liga por um acaso?

— Sim, eu me importo contigo, Verô.

— Mentira! Se realmente se importasse não teria brincado com meus sentimentos esse tempo todo, não teria me trocado por qualquer uma que viesse na sua frente!  — Por que eu disse isso em voz alta? Burra!

— Sem compromisso, certo? Nem sabia que viria a essa festa.

— Certo, mas...

—Mas? — Me olhou confusa.

—Deixa pra lá. — Desisto de tentar me explicar pra essa mulher.

Saio de perto da mesma indo mais longe possível, entro em um dos quartos da boate, iluminado por uma luz vermelha, continha uma cama box e percebo que tem uma varanda. Pego uma garrafa d'água dentro do frigobar e vou até o lado de fora, sinto o vento gelado em meu rosto.

Preciso me acalmar, meus nervos estão a flor da pele. Me odeio por ter permitido que isso acontecesse, antes desse meu lance com a delegada, bem, um cara havia me pedido em namoro. Era tão gentil, bondoso, mas não era minha "praia". Coitado, se apaixonou logo por mim que não o amava e o deixava esperar. Parece que meu carma chegou cedo, a vida é engraçada.

One Shots VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora